\"\"

Prólogo

BEVERLY HILLS, Mansão dos Weelow – 3:25 hs da tarde do dia 19 de dezembro.

-Srtª Weelow, Srtª Weelow. – a mulher morena e atarracada corria pelo grande aposento abrindo as cortinas e berrando a plenos pulmões. – Acorde, Srtª Weelow.

-Unnhhhruunnnaaa. – alguns grunhidos começavam a surgir de uma massa imóvel, coberta por lençóis de linho egípcio, 1600 fios.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-Srtª Weeeeeeelow. – a mulher esguelava-se cada vez mais.

-Drogla Marrrtla. – os grunhidos viravam insultos engrolados pelo sono.

-Vamos Srtª Weelow, é importante. – a mulher agora dava alguns cutucões no bolo de lençóis.

-Argh! Ainda é cedo, Marta. – uma garota apareceu por entre a bagunça da imensa cama king Size. Erguendo o corpo com os cotovelos apenas o suficiente para atirar um travesseiro de penas de ganso na mulher que tentava lhe acordar, errando miseravelmente por ainda manter os olhos bem fechados.

-Srtª Weelow! – a voz de Marta era severa. – São mais de três horas da TARDE, levante-se agora mesmo ou eu irei jogar água na Srtª, que Deus me ajude, mas eu jogo!

-OK, OK, você venceu Marta.

A garota sentou-se na cama, os lençóis escorregando de seu corpo para revelar a camisola de seda cor de rosa, La Perla. Ela tinha uma expressão assassina no rosto delicado e os olhos grandes e de um cinza indefinido vagavam pelo quarto atraz de algum objeto que pudesse atirar na empregada.

-Eu disse que era importante. – Marta se defendeu.

Passou as mãos pela cômoda de madeira clara e pegou uma liga de cabelo pink com glitter, prendeu os revoltos e longos cabelos cor de mel em um coque frouxo e assentiu resignada.

-Os seus pais já viajaram Srtª e nos deixaram algumas instruções. – Marta tentou olhar com doçura nos olhos da jovem enquanto fazia aquele comunicado, mas sabia, no fundo, que ter tato não adiantaria muita coisa. – Nós vamos nos mudar!

-O QUE? – retumbou pelas paredes expeças, o ultimo grito.