Acordei às 10 sem despertador, levantando em um pulo sem sono algum. Puxei minha mala debaixo da cama e abri-a para ver se estava tudo em ordem: Livros, roupas, doces, caldeirão, frascos suspeitos, e outros. Mas percebi uma coisa que eu nunca botei em meu malão: Um vestido preto com corpete, o corte na frente era acima do joelho porém ia estendendo em uma cauda no final. Tinha alguns detalhes prateados e várias camadas.

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— Mãeee – eu gritei do meu quarto segurando o vestido

—Que foi? - eu escutei o grito vindo do andar debaixo

— Vem cá por favor!

Ouvi os passos ecoando nas escadas indicando sua chegada. Ela abriu a porta de meu quarto e me viu segurando o vestido. Sorriu.

— E então, gostou?

— E o que seria isso?

— Nossa, quanta delicadeza – disse minha mãe revirando os olhos e sentando-se em minha cama

— Desculpa, mas por que você botou um vestido desse na minha mala?

— Bem, estava na lista de material – deu de ombros

— Que estranho...- eu disse mais pra mim mesmo do que pra ela

— Gostou? – ela disse impaciente

— Ahn? Aham adorei, sendo que eu nunca uso vestido então..

— Experimenta pra ver como fica

Me levantei e comecei a me despir. Parei e olhei pra ela.

— Que foi? – ela disse um pouco alto de mais contendo uma risada

— hum, dá licença?

— fala sério né Jul, eu sou sua mãe eu te vi peladinha desde –

— Tá bom! – eu disse já prevendo um discurso de mãe.

Me despi e botei o vestido, pedi pra ela amarrar o corpete atrás pra mim. Me olhei no espelho e eu não estava acreditando que aquela era realmente eu. Deixei a minha boca abrir um pouco.

— Você está linda, nem acredito que essa é a minha filha – disse meu pai entrando no quarto

— Puxa papai, valeu – eu disse ironicamente

Ele riu e me deu um beijo na testa. Todos ficaram me observando em silêncio até que minha mãe começou a chorar copiosamente

— Tá de brincadeira né? – eu disse me virando pra ela

— Des-desculpa mas é porque.. você está tão bonita nesse vestido e eu estou tão orgulhosa de você– minha mãe disse enquanto meu pai a abraçava e dizia para se acalmar.

Depois do ataque de minha mãe meu pai se levantou e disse pra mim:

— A gente tem que conversar depois sobre ontem – ele disse sério

Olhei pra minha mãe e nós duas começamos a ter um ataque de risos

— Vai falar que você não gostou de ontem? – eu disse maliciosamente – dava pra ouvir do meu quarto!

Meu pai ficou vermelho que nem um tomate.

— Tô brincando – eu disse gargalhando e dando uma piscadela pra minha mãe – agora saiam pra eu terminar de me arrumar. – Eu os empurrei pra fora do quarto, trancando a porta logo em seguida.

Me olhei no espelho novamente dando um longo suspiro

****

Desci correndo com a mala quicando atrás de mim desajeitosamente. Já eram 3:56.

— MÃÃE – eu disse descendo – PREPARA O PÓ DE FLU!

— Já está do lado da lareira – ela disse em um tom monótono

Cheguei na sala e dei uma olhada no espelho: uma blusa cinza de manga comprida,uma calça skinny preta e uma bota até o joelho preta também, pra completar um coque mal-feito. Joguei um pouco do pó de Flu na lareira e as chamas que antes estavam laranjas e vermelhas se transformaram em verde-esmeralda.

— Tô indo! – eu disse gritando pra minha mãe na cozinha

Ela veio correndo e me deu um beijo estalado na bochecha

— Quem sabe você encontra seu pai lá na Copa, o ministério vai fazer ele organizar umas coisas, eu acho.

— Mãe me larga, eu tenho que ir

Ela me largou e ajudou-me a carregar a mala até a lareira. Peguei um pouco de pó de Flu em minha mão e disse alto e claro:

— À TOCA

Vi minha sala desaparecer de vista numa erupção de chamas verde-esmeralda, rodopiei cada vez mais veloz segurando a mala firmemente, sentindo o frasco da poção no meu bolso comprimir contra meu peito ; lareiras difusas passavam como relâmpagos pela minha frente e estava começando a me sentir nauseada. Quando pensei em fechar os olhos fui desacelerando e estiquei com esforço uma mão para frente evitando cair de cara no chão da cozinha dos Weasley.

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— Boa tarde querida – Molly disse enquanto se abaixava para pegar minha mala

— Boa tarde Molly, deixa que eu levo.

— Não senhora, pode deixar comigo– ela deu uma piscadela e fez um gesto com a varinha e a minha mala começou a flutuar em direção às escadas.

— Fred! George! Venham ver quem chegou! – no momento que Molly acabou de dizer isso ouvi uma explosão vindo do quarto de Rony seguida de um grito. Obviamente Fred e George estavam lá.

Ri, é óbvio que eles estavam criando alguma coisa, eles não conseguiriam se segurar.

— Jul! Quanto tempo! – os dois gêmeos apareceram com os rostos sujos da explosão

— E aí, ruivos? – eu disse abrindo meus braços oferecendo um abraço em grupo.

Os dois vieram e bateram as cabeças na minha.

— Ai! – eu disse massageando a minha.

— Foi mal- eles disseram.

Nesse momento eu peguei o frasco e dei pra eles. Os gêmeos levantaram uma sobrancelha e perguntaram:

— O que é isso?

— Isso, senhores e senhores, é uma poção do amor – eu disse com o orgulho claro em minha voz

— Tá de brincadeira – Fred disse.

— Não. Foi até testada. Tá tudo certo. – eu disse passando por eles enquanto eles admiravam o frasco.

— Como vamos saber que funciona de verdade e que você não está tirando com a nossa cara – perguntou George

— Vocês não confiam em mim? – eu disse com um tom de ofensa exagerado e abrindo minha boca – vamos lá. – tirei o frasco da mão deles e destampei. – Tem cheiro de quê?

— Hum, doces – disse George aspirando mais a poção exageradamente – chocolate e da cozinha de Hogwarts

— Pra mim tem cheiro de doces, da cozinha de hogwarts também e... – Fred aspirou mais um pouco – do shampoo da Jul – ele disse sem saber o que isso significava

Fiquei vermelha na hora.

— Hum, okay. Ahn, que tal.. testar em alguém? – eu disse me atrapalhando nas palavras

— Tá bom – disse os dois gêmeos juntos – o que a gente tem que fazer?

— Bem, agora vocês só têm que pegar um fio de cabelo da pessoa que terão que se apaixonar e jogar na poção

George num movimento rápido pegou um fio de cabelo meu e jogou no frasco

— Ei! – eu disse massageando novamente minha cabeça – Enfim, agora vocês vão ter que dar a poção pra alguém.

Eu já estava tão acostumada com as loucuras dos dois que eu nem ligava mais em ser a “cobaia” de algumas coisas. Eles pegaram um copo despejando toda a poção lá e correu pro quarto do Rony.

— ESPEREM! É SÓ UM POUCO! – eu disse correndo atrás deles já me desesperando

Quando cheguei no quarto já era tarde demais, Ron já estava bebendo.