Rock Stars

Capítulo 13- O início do fim


Sasuke cantava a plenos pulmões. O som da melodia eclodia por todo o cômodo acompanhado da voz grave do moreno. Os óculos escuros acompanhavam o movimento da cabeça. Os coturnos batiam no chão e o som da bateria e da guitarra o abafava.

So you can find your White soul,

For you butterfly I will search for you

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Hello Hello It’s me, right, follow follow

Cool the heat butterfly,

Even if you try to get out

It’s too late, even if you forgive,

Oh you’re a butterfly

A música finalizou com a mesma batida forte que tinha começado. Os instrumentistas bateram palmas e Sasuke apenas os dispensou.

Estava sozinho na sala de ensaio em meio aos instrumentos. Ofegava depois de cantar com tanta força e intensidade. Mas aquilo não era o suficiente. Precisava de mais para extravasar toda a raiva que sentia.

Pegou a garrafa de vodka e tomou um longo e demorado gole. E por mais que tentasse nublar seus pensamentos dela a sua mente girava pensando nela. Ainda não entendia de onde vinha tanto ódio.

Bebeu mais um pouco da vodka pura balançando a cabeça depois que o líquido desceu rasgando por sua garganta.

Porém ainda sorria debilmente quando lembrava da mentira que ela tinha inventado. Tão ingênua! Por um momento tinha acreditado que aquele garoto era o namorado dela, mas depois tudo ficou aparente.

Pegou o celular olhando no visor. Já passava das nove. Tinha chegado ao estúdio ao meio dia. Aparentemente funcionava isolar os problemas dentro daquelas quatro paredes e cantar como se o mundo fosse acabar. Porém sair dali era como levar uma enxurrada de problemas novamente.

Sentou-se no sofá em tom bege e continuou bebendo vodka. De repente a garrafa foi arrancada de suas mãos. Sasuke subiu o olhar deparando-se com o loiro a sua frente. Ele carregava uma barra de chocolates e uma expressão nada amigável.

Surpreendentemente Naruto tomou um gole da bebida clara e sentou-se ao lado do amigo.

– O que é? Levou um toco de uma garota? – Sasuke perguntou irônico tomando a garrafa das mãos dele e bebendo mais um pouco.

– Quem dera fosse isso. – Retrucou mordiscando o chocolate. – Eu estava com Jiraya. Ele está furioso. Onde quer que a gente vá tem confusão. Começou com a volta para o Japão. Depois o acidente. Os rumores. E agora o escândalo na balada.

– Escândalo? Que escândalo?

– Todos viram Sasuke. Você com a suposta nova vocalista. Eu com a suposta nova vocalista. O Gaara com a suposta nova vocalista. Estão comentando e o Jiraya está louco. Não conseguiu falar com Shikamaru e nem com o Gaara e sobrou para mim.

– Hunf. – Bufou sem dizer mais nada. Mais uma vez ela.

– Ah Sakura. O que você fez a gente fazer? – Falava praticamente sozinho olhando para o nada com expressão de poucos amigos. Sasuke não via o amigo com frequência naquele estado. Talvez a volta para o Japão tenha sido a pior escolha a se fazer. Mas nada verdade todo o problema tinha sido causado pelos dois, se não tivessem ido até o local que ela morava e causado aquela bagunça com os fãs nada disso teria acontecido.

– Onde ela está? – Sasuke perguntou encarando-o.

RS

– Do que você está falando? – Sakura perguntou enquanto o encarava com o cenho franzido.

– Você não pode contar a ninguém sobre o beijo. – Gaara falou de maneira seca sem encará-la.

– Ah. Okay. – Disse de forma cansada. A rosada estava exausta e agora se encontrava dentro do carro de Gaara. Ela, obviamente, já esperava que ele viesse falar aquilo. Afinal ele era uma estrela e poderia fazer o que quisesse.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ele estava impassível, com a expressão fechada e taciturna que sempre portava. Nunca sorria e mesmo assim carregava uma tatuagem na testa com a palavra amor. O mundo era realmente contraditório.

– Espera. – Sakura se pronunciou em meio ao silêncio. – Você veio até aqui apenas para me dizer isso? – Gaara mordeu o lábio inferior e se virou para ela.

– Você não entende? Aqui as coisas são diferentes. Tudo é feito de maneira encoberta, ninguém sabe o que acontece quando bem escondido. Você causou problemas para a banda e estamos sendo crucificados por isso. Se descobrirem que nos beijamos a banda vai para o lixo e isso não é uma opção. - O tom dele era sério e quase medonho.

– Okay. – Foi tudo o que a rosada respondeu. Pouco se importava com o que Gaara queria. Não é como se fosse contar para todos o que tinha acontecido. Por simplesmente ter amizade com os integrantes tinha parado no hospital e sido perseguida na faculdade, além do que tudo o que sentia por Gaara era atração que podia ser substituída por alguém.

– Ótimo.

– Agora eu tenho que ir. Tenha uma boa noite. – Sakura fez menção de que ia sair, mas a porta estava trancada.

– Eu te levo até lá. – Foi tudo o que disse. O caminho tinha sido silencioso. Tudo o que se ouvia era o barulho da turbulenta Tóquio. A rosada indicou seu endereço para o ruivo que a levou até a porta do apartamento.

– Obrigada. – A rosada disse, mas antes de sair Gaara a segurou pelo braço. Os dois se encararam por alguns segundos, então o ruivo aproximou-se a beijando de maneira feroz.

– Eu precisava fazer isso. Pelo menos mais uma vez. – Ele falou de maneira rouca e a rosada saiu sem entender absolutamente nada. Ainda não sabia se estava sonhando ou se aquilo era um pesadelo conhecido como vida real. Nada fazia sentido.

A conversa que tinha tido com ele fora no mínimo esquisita. Ele chegou subitamente a jogou no carro dizendo coisas como: me desculpe, você estava bêbada e não há nada entre a gente. Esse papo tinha durado meia hora até que finalmente ele voltou ao seu tom cético e depois ele a beijara. A mente da rosada rodopiava enquanto ela subia as escadas de seu apartamento. O elevador estava quebrado e apenas teria conserto uma semana depois.

Entrou no apartamento e se jogou no sofá. Ligou para mãe apenas para desejar boa noite e dizer que estava com saudades e afundou seu rosto no travesseiro que tinha trazido de casa.

Estava cansada e confusa. Nada fazia sentido e tudo o que mais queria fazer era voltar para casa, mas não poderia fazer isso enquanto não terminasse a faculdade ou contasse para a mãe oi que estava fazendo. Em quem problemas tinha se metido!

Estava quase dormindo quando ouviu a porta abrindo. O único que tinha a chave de seu apartamento era Naruto então nem mesmo levantou o rosto.

– Naruto eu não estou no modo “levar bronca”. Depois você discute comigo e diz que ficar bêbada foi errado.

– Eu não sabia que fazia coisas como essa Srta. Haruno. – Aquela voz grossa não era do Naruto. Sakura arregalou os olhos e levantou-se encarando um homem alto e desconhecido.

– Quem é você? – Perguntou tentando não parecer amedrontada. A porta tinha sido aberta por uma chave e o homem trazia dois companheiros. Uma sensação gelada percorreu o corpo da rosada.

– Não se preocupe. Eu não vou machuca-la. – O home disse sentando-se na poltrona. Os “companheiros” o seguiram ficando a seu lado.

– O que o Senhor deseja? – Perguntou de maneira neutra, mas o medo corroía todo o seu ser.

– Eu desejo que você fique bem. – Respondeu com um sorriso no rosto. – Acho que também deseja isso não é mesmo?

– Sim. – Respondeu gaguejando e se amaldiçoou por isso.

– Nós somos da polícia. – Ele disse mostrando o distintivo. – Nós sabemos que o assassinato de seu pai foi investigado por um detetive contratado pela Srta.

– Sim.

– Esse detetive morreu. – Ele respondeu sem expressar nada.

– Como? – A rosada estava em choque.

– Assassinado e nossas suspeitas são de que ele foi morto pelo mesmo assassino de seu pai. – Os olhos de Sakura se arregalaram e o coração parecia ter parado. Ela estava pálida. – Ainda não podemos identificar a razão, mas suspeitamos que o seu pai tenha tido um embate com o assassino. Você estava oculta até sair em todas as matérias de jornais e revistas. Ele está atrás de você.- Sakura tremia e não conseguia respirar.

Antes de morrer o detetive tinha falado. Tinha mostrado a pista que denunciava o assassino e este possuía o emblema da Família... Uchiha.