Amor Real

Sempre achei que fosse verdade.


Carlisle Cullen é filho bastardo de um homem rico e uma humilde provinciana, passa seus primeiros anos na fazenda de seu pai, e é tratado como um peão, sofrendo com fome, frio e maus tratos. Com trabalho e estudo se torna médico cirurgião. Até que seu pai- cujos filhos legítimos e sua esposa haviam falecidos anos atrás- o reconhece em seu leito de morte como filho e herdeiro. Carlisle é decidido, audaz, nobre, valente, generoso, de poucas palavras e aparentemente duro, mas no fundo é terno e amável. Como foi carente de família, deseja ferventemente uma esposa e filhos.

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Esme Anne Platt é filha do importante general Inácio e Augusta Platt. É bonita, distinta, inteligente, de caráter alegre e sociável. Foi educada na fé católica e sob as normas morais de sua época. Esme é boa e carinhosa, importa-se com o bem estar de sua família e adora seu pai. Como toda senhorita da aristocracia sabe de moda e etiqueta, aprendeu bordado, costura, pintura, um pouco de piano, dança e cozinha. Sabe cuidar de uma casa e atender com esmero os convidados. É apaixonada por Charles Evenson, um militar sem fortuna.

Charles Evenson é filho de uma família humilde, estuda no Colégio Militar, onde recebe preparação e educação. É conversador, não tanto por convicção, mas por obediência às leis militares. É apaixonado por Esme e sabe que sua família jamais permitirá esse relacionamento, porém não desisti de cortejar a moça.

Trindade – Século XIX

Inácio Platt foi obrigado há uns anos a se retirar do serviço militar por problemas de saúde. É um homem bom, nobre e inteligente, porém falta firmeza em seu caráter, deixando sua esposa Augusta no comando da casa e dos negócios. Augusta é conservadora, autoritária e muito persistente em conseguir seus objetivos. É mãe de Esme e Jasper, ama muito seus filhos e sempre busca o que é melhor para eles, desde seu ponto de vista. É tolerante e até permissiva com Jasper, por ser homem, mas intransigente com Esme. Para Augusta, o mais importante é o prestígio da família e a boa posição econômica.

Jasper é o típico playboy da cidade. Simpático, agradável e engenhoso. Vive se metendo em confusão, acha que trabalhar é uma coisa humilhante e é viciado em jogos. Por Inácio não estar mais ativo em seu serviço e pelos gatos excessivos de Augusta e Jasper, a família Platt se encontra a beira da falência. E como solução para salvar sua família da ruína, Augusta decidi arranjar um marido para Esme.

POV CHARLES.

Há muito não via Esme e estava morrendo de saudades de vê-la. Havia ameaça de guerra por perto da cidade e com isso havia muito serviço para fazer. Estava encarregado de treinar uns soldados novos. Isso ocupava bastante o meu tempo e pouco sobrava para ver Esme. Rosário era dama de companhia de Esme, ela sabia do nosso envolvimento e era encarregada de entregar meus bilhetes a Esme, mesmo sendo de contra gosto ela o fazia, pois gostava muito de Esme e lhe queria bem. Havia marcado às 15h no jardim de uma casa que se encontrava abandonada, sempre nos encontravámos lá. Era o nosso cantinho, o nosso lugar. Porém, hoje eu não tinha certeza se Rosário havia conseguido lhe entregar o bilhete, pois já era 15h45min e nada de Esme aparecer.

POV ESME.

Eu sempre ouvi de meu pai que eu poderia escolher meu marido, quando a hora certa chegasse. Hoje percebo que isso não é verdade. No fundo isso não me importa, ou serei de Charles ou não serei de ninguém. Charles pode não ser rico, mas é educado, inteligente, honesto e me faz feliz.

- Filha, você precisa entender que nossa situação não está nada boa e que por isso você precisa se casar logo. O cerco está se fechando contra nós. Precisa escolher alguém antes que todos saibam da nossa ruína e não lhe reste nenhum pretendente a altura.

- Eu sei mamãe, irei escolher.

- Acho bom. Porque se não escolher eu escolherei por você.

Fiquei nervosa com a pressão de minha mãe. Sabia que ela não brincava com as palavras que dizia. Imediatamente fui conversar com meu pai. Ele seria o primeiro a saber da minha decisão.

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- Queria falar comigo filha?

- Sim papai. Você sempre disse que eu poderia escolher com quem me casar e ...

- É verdade. Você já encontrou alguém que lhe interesse?

- Sim!

- E o que ele é?

- É militar, assim como o senhor, é muito inteligente, educado e honesto, mas... Pai ele não é rico.

- Como??? Esme isso eu não posso permitir.

- Mas o senhor disse que eu poderia escolher.

- Permitir que escolhesse, mas não posso conceder sua mão a alguém que não pertence a mesma classe social que nós.

- Mas papai.

- Sem mais Esme.

Subi imediatamente para meu quarto e não pude conter as lágrimas que teimavam em cair. Isso não podia estar acontecendo comigo. Como o dinheiro pode ser mais importante que o amor? Sentia-me mal e indisposta, acabei lembrando que Charles me esperava naquela tarde. Eu já estava muito atrasada e torcia para que ele ainda estivesse a minha espera.

Quando cheguei ao jardim, fiquei muito contente por ele ainda estar ali. Logo lhe contei sobre o ocorrido.

- Não fique assim meu amor. Eu irei falar pessoalmente com seu pai e pedirei sua mão em casamento.

- É sério?

- Sim meu amor, confie em mim. Tudo dará certo.

Só assim conseguia acalmar minhas angústias, quando Charles me abraçava e me beijava eu me sentia completamente feliz, esquecia de todos os meus problemas e de todos em nossa volta que faziam de tudo para nos separar. Estava prestes a dar 17h, já estava tarde e tinha que voltar para casa, antes que dessem por minha falta. Tristemente me despedi de Charles e fui seguindo meu caminho.

Já estava próxima do portão de minha casa, quando um colche passou e um homem começou a me olhar. Ele não parava de me encarar, fiquei assustada e entrei correndo para dentro de casa.