- Bem, parece que só sobrou esse aqui – E olhou com uma cara de desgosto para o ultimo túnel, ficou com medo. Só de pensar no que haveria dentro do túnel já o deixava assustado.

Mas entrou. As vozes ficaram maiores, mais medonhas. Arseus não tirava a Lâmina de sua mão.

- Porque o senhor não pede para que a lâmina dê luz? – Arseus ficou pasmo. Não sabia se atacava em todas as direções ou simplesmente deixava ser morto por uma voz medonha.

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- Vamos – A voz continuou – Eu a criei para te ajudar. Use-a!

- Pai? – Arseus achava que seria ele que criara a Lâmina – é você?

- Pelo Elíseos! Eu criei oque seu pai é hoje! Pense mais um pouco.

- H-H-Hades? – Arseus tremia demais – acertei?

- Sim! Sim! – Palmas soaram pelo longo do túnel – Agora use a Lâmina para iluminar este lugar. Está escuro demais, até para mim.

- Certo – e assim fez, pensou em pedir para que o ajudasse, mas achou que seria algo estranho.

Demorou um pouco, mas quando conseguiu olhou diretamente ao redor e contemplou um cenário de horror pior que no fim de uma guerra, havia corpos no chão e na parede, visões de pessoas morrendo. Arseus pensara ter visto Miguel na parede. Não... Bobagem pensou Arseus.

- Magnifico não? – disse Hades, Arseus virou e olhou detalhadamente para ele, era uma pessoa como outra qualquer, branca demais como se não tivesse visto o sol e tinha olhos negros penetrantes que poderiam enxergar o medo a distancia, e tinha um jaleco negro que, igualmente as paredes, espalhavam cenas de mortes. – Ora, veja só! Estou vendo que está espantado, cuidado para não sofrer um infarto – e soltou uma risadinha – sente-se.

- Não, obrigado.

- Bem – Hades fez uma cara triste como se descobrisse que o cenário não agradava Arseus – vamos mudar esse cenário de terror? Oque você prefere?

Arseus não disse nada, pois estava com mede de dizer algo errado e acabar morto. Mas pensou na casa dele, em como ele vivia e Hades captou a mensagem.

Trocou o cenário para a casa dele, Arseus se sentou e Hades ficou olhando sua expressão por um tempo, tentando descreve-la. Não conseguiu, então pensou que seria melhor explicar para ele:

- Creio que não saiba para que esteja aqui? – Arseus começou a olhar para o deus dos mortos com atenção – vamos começar pelo seu nascimento, seu pai mal virou deus e já pensou em ter um filho, quando você nasceu era desse tamanhinho – ele mostrou um pedaço de osso no chão, um braço talvez – seu parto não foi aquela maravilha. Digamos que Tânatos decidiu leva-la mais cedo, seu pai não podia acolhê-lo no Olimpo e então a única alternativa seria te entregar à Fred – Arseus ficou confuso, não sabia se chorava ou dava uma de machão em frente ao senhor dos mortos – seu pai pediu para mim ser seu padrinho. Eu aceitei nunca me pediram nada de importante na vida e na morte, eu adorei e com isso permiti lhe entregar as armas do Coliseu Inferior.

- Obrigado?

- Isso já é um começo.

- Então, qual é o desafio?

- Meu jovem afilhado – ele estalou os dedos e o cenário mudou, estavam em uma cidadezinha deserta com cinco portas com desenhos diferentes – Esse será seu desafio, ache seu jeito de derrota-los e saia dai vivo. Estarei com seu presente de vitória do lado de fora, não se preocupe eu assistirei tudo de fora.

- Tudo bem! – Arseus adorava presentes – Tomara que seja algo que valha a pena.

Hades soltou uma gargalhada e saiu.

Voltando ao Miguel. Estava apavorado e só olhava para baixo, ouvia as risadas das serpentes na cabeça da Medusa – rindo dele – ele deu uma olhada em suas coisas, alguns fiapos, néctar engarrafado e duas agulhas grandes – sua avó materna deu para ele, ela era um oraculo e entregou isso a ele dizendo que haveria um dia que necessitaria muito disso – Miguel pensara se seria agora que teria de usar, e, a cada pensamento ele ficava mais tentado a olhar para a Górgona.

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Foi ai que surgiu uma ideia, só pensava em ter metros de linha para terminar seu plano, que não foi um problema, arranjou um monte de cipó e transformou em linhas finas, e então começou a arquitetar seu plano.

Mas Medusa estava muito perto, e no desespero de Miguel ele lançou uma de suas agulhas, não surtiu efeito, pois acertou em uma arvore. Medusa se locomoveu para o outro lado da floresta, e Miguel lançou outra de suas agulhas – infelizmente outra arvore sofreu o dano – e agora Miguel estava indefeso, Medusa olhou para Miguel olhara para os dois lados – vira as duas agulhas – e percebeu que Miguel estava indefeso e saltou em cima dele.

Miguel abriu uma risada e disse:

- Cascavel idiota! – e a Górgona passou entre as arvores com agulhas, oque ela não viu foi que o fio estava conectado nas duas agulhas. Uma passada no fio e Miguel vira a cabeça de Medusa separada do resto do corpo.

Afrodite sorriu, vira o feito de seu afilhado que agora estava coberto de gosma de Górgona a se aproximou da cabeça da Medusa, Miguel achou um ato nojento, mas não disse nada, Afrodite usou uma aura para transformar a cabeça da Medusa em um lindo anel de cobras verde esmeralda.

- Para você meu habilidoso afilhado, conseguiu matar a Medusa num piscar de olhos, foi muito inteligente usar um cipó para fazer um fio.

- É. Pena que não dura muito tempo – O fio se transformara de volta em cipó – viu. Meus poderes são limitados.

- O anel ira te dar reforço, não confie totalmente nele. – advertiu Afrodite com uma cara seria como se soubesse que Miguel iria ultrapassar os limites do anel, enfim ela soltou outro sorriso.

- Certo, madrinha. Muito obrigado! – Miguel ficou entusiasmado com a ideia de aumento de poderes – isso será de grande ajuda. E agora, onde é mesmo a saída? – Miguel já estava com medo de sair novos monstros da mata.

- Bem. A saída é ali. Boa sorte meu afilhado. – ela abriu um buraco escuro que voltava para o túnel.

- Adeus madrinha! – disse Miguel sorridente, e foi embora.

- Adeus Miguel. – ela olhou pela ultima vez o sobrinho e voltou ao banho.

Miguel só pensava na cara de seus amigos de espanto por ver ele vivo. E agora ele tem uma arma na manga para derrotar futuros inimigos.