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Capítulo 4 - Cogumelos e besouros. O que você andou fazendo?


Capitulo 4 - Cogumelos e besouros. O que você andou fazendo?

Pov Narrador

O medo já havia ido embora há muito tempo, foi ficando divertido à medida que a ruiva se acostumava. No começo, quando estavam caindo, só conseguia pensar no impacto e na dor que viria com ele.

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Pelo mais puro instinto, agarrou ao garoto de chapéu de palha que ria demasiadamente usufruindo da máxima diversão extraída do simples ato de saltar de árvore em árvore como um macaco hiperativo. Esse, por sua vez, apenas mostrou-lhe sorriso cheio de dentes, fazendo-a ruborizar por mais de um motivo.

Pensou em soltar, mesmo que fosse por poucos centímetros, apenas para aliviar a proximidade, mas o medo de cair a impedia de sequer cogitar a ideia.

Ao olhar para baixo e constatar a altura em que se encontravam a reação de chegar de ficar mais próxima à Luffy e esconder o rosto no peito do garoto com os olhos cerrados com força foi apenas mais um impulso.

Mas o tempo curou de forma que a ruiva rapidamente se habituou ao frio em sua barriga causado pelas constantes quedas.

Luffy deixou um sorriso brilhante tomar conta de seu rosto ao avistar algo ao longe. Agora no chão, corria para conferir se era de fato o que ele pensava.

Sim, eram eles mesmos, besouros dourados por toda parte, qualquer outra pessoa não ligaria ou poderia até mesmo sentir nojo se um desse chegasse perto demais, mas o capitão infantil e seu gosto por coisas estranhas corria atrás deles com os olhos brilhando como uma criança, às vezes dizendo algo como “Sugooi”. (*)

A navegadora gananciosa, por sua fez, assistia aquilo com uma gota cômica se formando em sua cabeça como se dissesse “Você só pode estar brincando comigo”.

Chegava a ser engraçado ver um jovem em seus plenos 19 anos agindo como um pirralho, principalmente quando esse homem não é nada mais nada menos do que um pirata procurado pelo governo mundial com a cabeça-prêmio de 400 milhões de berries.

Ele certamente não era como Arlong ou qualquer outro capitão, talvez fosse isso que ela gostava tanto no menino do chapéu de palha. Claro que ele dava trabalho, era como cuidar uma criancinha que não se pode tirar os olhos por um segundo e ela já quebrou alguma coisa ou se meteu em confusão, mas todos concordavam que não poderia valer mais a pena.

E falando em não poder tirar os olhos dele...

—Namii! Sugoi! É cogumelo do riso! — Gritou Luffy enquanto engolia o cogumelo de caule branco e a parte superior que se alternava entre as cores verde, amarelo e preto e então desatou em risadas exageradamente altas.

Nami sentiu-se soltar um leve riso ao assistir Luffy testando todos os cogumelos que via a sua frente. Azul com bolinhas brancas, amarelo claro com listras vermelhas, laranja com espinhos, verde com manchas rosadas, roxo com espirais mais claras e muitos outros, cada um causando suas respectivas reações ao capitão infantil: riso, raiva, choro...

A expressão risonha e Nami rapidamente muda para uma de preocupação.

—Luffy! Não coma isso! — Finalmente disse tirando o membro do reino Fungi de coloração avermelhada com desenhos que lembravam pequenos sóis de tom mais escuro das mãos do garoto. — Esse é o cogumelo-que-cresce-por-todo-o-corpo, se você comê-lo, crescerão milhares deles em você.

Luffy encarrou o fungo por um momento antes de dizer:

—Oh, parece aquele que eu comi na ilha da Hancock. (*¹) — Comentou para logo em seguida desatar em risos. Ele colocou a mão no queixo. — Hm... Mas eu não me lembro do que aconteceu depois, só de acordar sem roupas e de algumas meninas me observando e perguntando se poderiam ficar com a minhas kintamas.(*). (*²)

—MAS O QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA FAZENDO NAQUELA ILHA?! — Oh, ela sabia que nada de bom poderia vir de um homem em uma ilha só de mulheres. O que poderiam ter feito lá?

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Luffy pôs-se a rir novamente.

—Foi engraçado, eu fugi com a Margaret, ela era legal, mas estava sempre me fazendo perguntas sobre as minhas kintamas, então eu acabei do banheiro da Hancock... Hm... Ela estava tomando banho em uma banheira grandona, eu achei que ia me afogar lá dentro. Mas depois de alguns desafios, ficamos amigos e ela tirou as roupas para me mostrar uma coisa, mas eu prometi que não ia contar para ninguém.

“Ah, ela também era engraçada estava sempre me perguntando se eu queria casar com ela.”

Levando em conta o orgulho da navegadora gananciosa, pode-se dizer que talvez ela nunca admitisse isso, mas aquelas simples frases inocentes a incomodavam, mais do que isso, era um sentimento estranho.

Ela provavelmente diria para si mesma “Não esperava que Luffy pudesse mesmo ter algo com a imperatriz pirata, estou surpresa, apenas isso”, mas mesmo que lá no fundo, ela sabia que não era verdade. Somente não queria admitir.

Era uma mistura de reações. Realmente estava surpresa, isso era eminente, qualquer um ficaria; raiva e tristeza também estavam presentes por motivos que a ruiva não poderia entender – ou talvez aceitar– curiosidade? Oh, provavelmente mais do que deveria.

—Ne, Nami, vamos continuar, aqui está chato. — O choramingo infantil de Luffy chegam aos ouvindo de Nami tirando-a de seus pensamentos.

—Ah, claro. — Virou a cabeça e respondeu mais baixo que o normal mostrando um tom de voz diferente que não foi reconhecido pelo capitão que logo estava a puxá-la novamente.

—Shishishi, deve ter algo bem interessante aqui em algum lugar, eu sei! — O garoto do chapéu de palha ofereceu-lhe um sorriso que se estendia por grande parte de seu rosto e se manteve mesmo depois do termino da frase.

[...] (Nota: considerem isso como uma grande quebra de tempo - diferente das pequenas que eu costumo fazer para poupar vocês de detalhes inúteis)

Já estavam caminhando fazia algum tempo e Nami estava segurando-se para não socar a cabeça de Luffy e obriga-lo a parar em algum lugar, apenas não tinha o feito ainda porque o sol já havia se posto e não queria ficar num lugar como aquele à noite, restava-lhe uma esperança de encontrar algum melhor.

A escuridão somente não era total pois contavam com a brilhante lua cheia e as incontáveis estrelas do céu noturno, de vez em quanto também era possível avistar um ou dois vagalumes.

Não pode deixar de notar a animação do companheiro ao gritar algo como “Olha ali Nami! Tem algo ali”, ela achou que era alguma coisa idiota novamente, como outro besouro ou qualquer coisa do tipo. Estava errada.

Fora avistado um conjunto de algumas árvores que encontravam-se bastante próximas umas das outras formando um tipo de circulo onde não era possível ver o que havia dentro por causas das abundantes folhas de todos os tons de verde possível.

—Vá mais devagar Luffy! — Tentava acompanha-lo, mas não encontrava mais forças para isso, estavam nesse ritmo o dia inteiro apenas diminuindo alguns minutos atrás.

O garoto parou fitando algo com os olhos brilhando e seu característico sorriso no rosto, ela estava ofegante e quando sente não estar mais sendo puxada, fecha os olhos respirando fundo para recuperar o folego e manter o equilíbrio, para apenas depois notar o que deixava o seu companheiro tão fascinado.

–Wow! – O som sai de sua boca como em um impulso, é tudo que consegue pensar.