LEIAM AS 2 NOTAS.

Depois de uma briga e uma conversa Edward se acalmou.

Momentos depois eu ouvi a campainha tocar. Eu fui atender e então...

- Kaure... - Eu sussurrei chocada.

- Oi menina! - Ela disse e me abraçou.

- Como? Porque?

- Eu vim primeiro porque tenho que esclarecer umas coisas, primeiro, eu não sou só medium, eu sou uma bruxa, segundo eu vou ajudar na guerra, terceiro, eu vim visitar você, seu marido e as meninas.

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- Mas... - Eu disse tentando processar toda a informação.

- Mas nada! Vamos!

***

Então parece que cada vez que eu piscava uma semana se passava, quando vi, era madrugada do dia anterior a guerra. Pela manhã iríamos morrer provavelmente.

Lá fora todos estavam aliviando a tensão contando histórias, rindo, brincando...

Eu estava dentro da barraca com minhas meninas. Elas dormiam calmas, mas eu não conseguia pegar no sono...

Não sabendo que poderia já não ter isso amanhã...

Não sabendo que poderia perder alguém da minha família, não sabendo que eu poderia morrer, pior: sabendo que poderia perder minhas filhas e/ou meu amor.

Eu sai impaciente da barraca já não aguentando mais ficar parada. Vi Tanya sorrindo pra mim, ela se soltou do abraço de Dereck e entrou na barraca.

Edward se levantou de seu lugar e começou a me seguir. Eu fui andando floresta a dentro me afastando de todo mundo.

Logo senti os braços tão conhecidos circundarem minha cintura. Edward me virou e me empurrou delicadamente contra uma árvore. Ele me beijou carinhosamente e falou baixinho:

- Calma, tudo vai acabar bem amor, acredita em mim? - Ainda achava incrível como Edward me conhecia tão bem.

- Eu sei amor, mas não dá pra não se preocupar, é minha família e meus amigos que estão em jogo...

- Eu to na mesma situação, mas eu prefiro pensar que tudo vai acabar bem...

- Nossa, o senhor pessimista sendo otimista! Que milagre foi esse? - Eu brinquei.

- Não foi milagre, mas eu prefiro acreditar que tudo vai estar bem do que ficar sofrendo pensando que eu posso perder um de vocês, principalmente você e nossas filhas... - Ele disse fazendo uma careta e me abraçando.

Devolvi o abraço com força. Puxei seu rosto de volta pra mim e dei um selinho nele. E ficamos nos olhando. Só isso. Mais um dos momentos que não precisávamos de palavras. Eu olhava em seus olhos e via tudo o que eu queria encontrar. Eu via o medo também, mas isso era coberto por um brilho ali.

O mesmo brilho que vi quando me declarei pela primeira vez. O mesmo brilho que vi ao ele se declarar. O brilho que vi quando nos beijamos pela primeira vez e quando nos beijamos após sermos declarados marido e mulher. Era o brilho do amor. Um brilho intenso que mexia com tudo dentro de mim. O brilho que naquela hora acabou com meu medo. O brilho que eu percebi estar em meus olhos também por que vi o medo sumindo de seus olhos.

Edward então me beijou e começou a me puxar pela mão. Quando percebi estávamos longe do "acampamento".

Nós tínhamos voltado pra casa. Edward me levou para o quarto e nos amamos por um tempo.

Continua...