POV Snape

— Albus eu já melhorei. – disse quando já estava me sentindo melhor.

— Ainda não Severus. – foi simplesmente o que ele disse. – Concentre-se Lohane! – a garota já não aguentava mais, suas pernas perderam as forças e ela foi ao chão, Dumbledore não fez nada. Mas a garota ainda continuava com a varinha erguida. Tinha que admitir, ela era poderosa, esse feitiço era de um nível bem elevado para uma simples aluna do quinto ano.

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— Albus! – falei novamente, não sei por que, mas comecei a me preocupar com ela.

— Ainda não Severus! – o velho já estava me irritando. Era visível, a garota não conseguia respirar direito, suas mãos tremiam, quando ela fechou o olho meu coração faltou uma batida.

— Professor... – sua voz não passou de um sussurro antes de desmaiar. Rapidamente a peguei nos braços. Ela estava molhada de suor e muito gelada.

— Albus ela está gelada. – disse ficando de pé com ela nos braços.

— A coloque aqui. – ele disse transfigurando uma cadeira em um sofá. Fui até lá e me abaixei colocando ela com cuidado.

— Porque você não interferiu? – perguntei me virando para o velho. Ele caminhou até um armário e pegou um pequeno vidrinho.

— Ela que tinha que conclui o feitiço, se não, não daria certo. – o velho se aproximou e me entregou o vidrinho.

— O que é isso? – perguntei não identificando o conteúdo do fraco.

— Vai ajudar a repor a magia dela. – me ajoelhei ao lado da menina e levantei um pouco sua cabeça fazendo-a beber o liquido. – Ela é muito poderosa pra uma garota de 15 anos.

Notei que ela já começava a ganha uma cor, apesar de ser branca. Provavelmente a poção deveria está fazendo efeito.

Fiquei ainda um tempo ali, quando dei por mim estava alisando seu cabelo.

— Não se preocupe, ela é forte, vai ficar bem! – Dumbledore falou me tirando do transe que me encontrava. Rapidamente me levantei e me afastei.

— Eu sei! – caminhei até uma cadeira, apesar de não está mais com dor de cabeça ainda me sentia cansado. Dumbledore caminhou até sua cadeira e se sentou. Conversamos durante um bom tempo até ouvir um pequeno gemido. Viramos para a garota e ela estava sentada com as mãos na cabeça.

— Como se sente minha jovem? – o diretor perguntou indo em direção a ela, e eu o segui.

— Com dor de cabeça. Que ironia não?! – ela falou um tanto mal-humorado, lembrando um pouco de mim mesmo.

— É normal, você usou muito poder, seu corpo ainda está se recuperando.

— Deu certo? – ela perguntou ainda de cabeça baixa.

— Olhe você mesmo! – disse o velho com o seu costumeiro sorriso. Ela levantou a cabeça e me encarou.

— Desculpa. – ela falou friamente sem um pingo de emoção. Eu permaneci calado. Ela voltou a baixar a cabeça.

— Aconselho você à volta para seu dormitório e descansar. – ele mal terminou de falar a garota já foi se levantando, mas ainda estava fraca e cambaleou um pouco. – Severus você poderia acompanhá-la!

— Não precisa, eu posso ir só! – a garota falou com frieza.

— Até pode, mas e se desmaiar no meio do caminho?! – falei.

— E se eu desmaiar, o que você vai fazer? Me segura? Humf! Até parece! – ela falou sarcástica e caminhou lentamente até a porta. Eu bufei e a segui.

— Espero que tenha aprendido a lição! – falei enquanto caminhava para as escadas.

— Não! Não aprendi. – ela respondeu com ignorância. Essa garota era muito bipolar, uma ora ela está calma e educada e na outra é fria e mal criada.

— Olha como fala comigo garota! – ameacei. Ela apenas bufou.

No quarto lance de escada, ela parou para respirar. E se apoiou no corrimão.

— Tudo bem? – perguntei.

— Sim! – ela respondeu e continuou a andar.

No sexto andar ela não aguentou e quase caiu, mas eu a segurei.

— Deveria te deixar cair. – falei com um leve sorriso de deboche.

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— Teria... Sido... Bem... Melhor... – ela falava com dificuldade, mas ainda assim não deixou de me afrontar.

“Garota insolente!”

Peguei-a no braço e comecei a subir o resto das escadas, sorte que todos os alunos estavam em aula.

— Isso... Deveria... Entra... Pra história... O velho morcego... Levando... Uma aluna... Grifinória... Nos braços... – ela sorriu e tossiu com falta de ar.

— Cala a boca garota! – disse com um pequeno sorriso torto. Ela sorriu e encostou a cabeça em meu ombro. E isso me fez sentir uma sensação estranha que há muito tempo não sentia.