Os Homens De Nami
Capítulo 6
– Então... Essa é a casa? – Nami perguntou, com uma sobrancelha levantada.
Estavam em frente a um casarão um pouco afastado da cidade. Parecia completamente abandonado. Ela e Law resolveram cuidar da compra da casa, enquanto Luffy e Kid iam pegar o que restara deles. Perona e um homem estranho que mais parecia um vampiro gordo e okama chamado Hogback estavam mais atrás, organizando a papelada.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Bom... Medidas desesperadas para horas de desespero. – Ela deu de ombros – Apesar de que parece que está assombrada...
– Tem razão, Nami-ya. Aliás... Você não tem medo de fantasmas e coisas do tipo?
– E-Eu?! C... Claro que não! D... D-De onde v-você t-t-t-t-tirou isso? – Gaguejou em resposta. Era óbvio que tinha medo.
– Nami-ya, eu te conheço o suficiente para saber que está mentindo. – E nada escapava dos olhos perspicazes de Trafalgar (Eu tinha escrito "Trafalhar". Ainda bem que meus óculos chegaram). Principalmente se tinha algo a ver com a garota de cabelo laranja.
– Não enche, idiota! – Nami exclamou contrariada – Além do que, se três homens não conseguirem proteger uma dama como eu...
– Não termine essa frase, por favor. – Os olhos cinza fuzilaram-na.
– Certo, certo. – Concordou, virando-se em seguida para falar com Perona e seu chefe – Nós vamos dar uma olhadinha na casa, okay?
– Vão em frente, fiquem à vontade. – Hogback disse, com a voz irritante – Ah, é mesmo uma pena que a Cindry-chan não esteja aqui para mostrar a casa para eles...
– Cindry, Cindry, Cindry! Você só fala da Cindry! Toma jeito, homem! – Perona o repreendeu – Parece até um moleque apaixonado pela professora!
– Eu não me importaria em ter a Cindry-chan como professora...
– Vamos, Law, antes que a gente entre numa cena de novela. – Dito isso, a garota agarrou a mão do rapaz e entrou na casa.
– Isso é pra não ficar com medo, Nami-ya? – Ele ia perder a chance de zombar dela? Se sua resposta foi "Nunca!", acertou!
– Cale a boca, eu vou te bater!
Oo0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0O
– Eeeeeeeeeeuuuuuuuusssssssssss! – Luffy chamou.
– Não. – O outro resmungou. Os dois faziam um caminho completamente diferente do que estavam acostumados.
– Eu nem falei nada!
– O que é?
– Vamos comprar carne?
– Não.
– Por quê?!
– Por que não.
– Isso não é resposta! – Eustass deu um soco na cabeça de Monkey.
– E isso, é resposta?!
– Isso doeu! E você parece a Nami falando assim e me batendo.
– Cale a boca! – Kid rosnou, encerrando a conversa.
Oo0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0O
Trafalgar e Nami entraram na casa. Law sempre na frente, Nami agarrando sua camisa com toda a força. Algumas tábuas rangiam conforme pisavam nelas. Muitas paredes estavam com o papel de parede quase todo estragado e mofo crescia por entre os espaços. A pintura de várias portas e batentes de janela estava desbotada e a madeira corroída nas pontas. As tomadas pareciam não funcionar, tampouco os interruptores. Durante a busca, descobriram que as luzes da cozinha, do corredor e de um dos três quartos estavam queimadas, assim como a da sala de jantar. As escadas eram duvidosas, e algumas tábuas provavelmente precisariam ser trocadas. Havia muito pó, ao ponto de levantarem massas de poeira a cada passo. Teias de aranha e barulhos de ratos encerravam a cena.
– Esse lugar dá... – A moça começou, porém foi interrompida.
– Medo?
– Receio. Parece que vai cair.
– Tem razão, mas é o que podemos ter agora.
– Eu sei. – Replicou, abrindo uma das janelas empoeiradas do segundo quarto – Mas isso não muda o fato de-
– De...? – O homem estranhou a abruta finalização da fala – Nami-ya? – Fitou a mulher que estava paralisada, olhando fixamente para um ser de oito patas repousado na batente de janela. Aranha. Nami detestava aranhas.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– A...
– Nami-ya, mantenha a calma. – Ele pediu, aproximando-se da garota, que estendeu-lhe a mão, sem tirar os olhos da aranha.
– A...
– Ela é só um bichinho insignificante.
– A...
– Ela tem mais medo de você que você dela.
– A...
– Não se preocupe, ela não vai te fazer nada, eu prometo. Agora, mantenha a calma. – A cada frase, ele chegava mais perto. Até que chegou perto o suficiente para pegar a mão delicada que lhe era estendida.
–A...
– Venha, Nami-ya, vamos sair daqui com calma. – Pediu, puxando-a. Infelizmente, sua persuasão não durou muito. Assim que a puxou, a ruiva gritou com todas as forças:
– ARAAAAAAANHA!
Oo0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0O
– Eus, você ouviu alguma coisa?
– Não.
– Tive a impressão de ter ouvido a voz da Nami.
– Que seja. Agora pare de encher e me ajude a encontrar o caminho.
Oo0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0o0O
O rapaz puxou a garota de cabelo laranja para si e a abraçou. Nami agarrou sua camisa. Se existia algo que a deixasse com medo, era uma aranha. Quanto maior, pior.
– Tudo bem, Nami-ya. Ela já vai embora. – Disse, acariciando os cabelos alaranjados.
Law não queria soltar a garota, não quando podia tê-la tão perto de si e, ainda melhor, quando estavam apenas os dois, o que era extremamente raro. Aspirou ao doce aroma de laranja que apenas aquela garota possuía. Desejava que aquele momento durasse para sempre. Porém nada era tão perfeito assim.
– Cadê vocês, seu dois... – Kid parou na porta ao ver a cena, deixando as sacolas escorregarem de suas mãos.
– Eus? – Luffy mirou a cena e escancarou a boca.
– Er... O-Oi, meninos... – Nami cumprimentou.
–... O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – Eustass exclamou.
– TRAAAAFFYY! SOLTE A NAMI! – Monkey estava prestes a pular sobre ele.
– Tchi, impertinentes. – O rapaz resmungou. Tinham que atrapalhar justo naquela hora?
– CALEM A BOCA! – Quem gritou isso foi a única mulher do grupo. Afinal, quem mais era louco o suficiente para gritar com eles? E quem mais saía sem nenhum arranhão?
Ela se separou de Traffy, mesmo ele não querendo, e explicou. Contou sobre a casa e a aranha. Eles logo entenderam. Sabiam que a garota morria de medo de aranhas. Chegava a ser exagerado o medo dela.
– Não se preocupe, Nami! Eu vou te proteger de todas as aranhas e todos os fantasmas que aparecerem! – O D garantiu, batendo com o punho direito na outra mão aberta.
– Idiota, fantasmas não existem. – O ruivo retrucou, o péssimo humos implacável – Ei, pirralha, da próxima vez que ver uma aranha, não hesite em chamar.
– Eustass-ya, isso é algum tipo de tática de conquista?
– Cale-se! Apenas acho irritante ouvir essa louca gritar.
– Quem você está chamando de louca?!
– Tem outra mulher por aqui, pirralha? A propósito, aqueles dois esquisitos estão te chamando pra pagar a casa.
– Espero que você tropece em alguma coisa e quebre a perna, ruivo estúpido! – A moça exclamou e saiu do quarto, apenas para voltar alguns segundos depois – Ei...
– O quê? – Os três responderam em uníssono.
– Um de vocês pode vir comigo? – Os homens se entreolharam. Medrosa.
– Eu vou com você, Nami! – Luffy afirmou, pegando a mão dela e a puxando.
– Obrigada, Luffy! – Nami sorriu, segurando a mão grande dele e se deixando guiar.
– Maldito Mugiwara/Mugiwara-ya. – O moreno e o ruivo rosnaram.
Fale com o autor