As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam
A Despedida
Depois da comemoração da noite passada, dos pequenos amassos de Kanes e Eddie e de Pedro ter estragado o clima, chamando os dois outra vez, na manhã seguinte, Pedro e Susana foram chamados por Aslam, para conversar e caminhar. Aslam lhes havia dito que, já que eles já estavam bem crescidos, não voltariam mais para Nárnia. Porém, Lúcia e Edmundo voltariam. Susana havia ficado triste, pois ela havia criado uma grande simpatia por Caspian. Ou até mais do que isso. Caspian os viu caminhando com Aslam e notou a tristeza no rosto de Susana. Ele também havia gostado dela, desde o primeiro dia que a viu.
Kalene e Edmundo não se desgrudavam mais. Eles faziam tudo juntos, praticamente. Eles estavam mais felizes do que nunca. Kalene não sabia o porquê de Aslam tê-la chamado antes de chamar Pedro e Susana, para conversar.
Flashback:
–O que foi, pai? - Perguntou Kalene.
–Kalene, você ama Edmundo? - Perguntou Aslam.
–Amo como nunca amei ninguém. Mas por que a pergunta? - Perguntou Kalene.
–Fique com ele o máximo de tempo que você puder. Afinal, o tempo está acabando. - Respondeu Aslam, saindo para chamar Pedro e Susana.
Kalene havia ficado sozinha, pensando. "Mas que tempo?" perguntava a si mesma.
Flashback ends.
Naquela tarde, estavam todos reunidos em uma praça da vila telmarina para um pronunciamento de Caspian. Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia estavam em um lado, enquanto Aslam, Kalene e alguns narnianos estavam em outro lado. Kalene estava divina em um vestido branco, de alças e seu cabelo estava preso em uma trança lateral linda (imaginem uma mistura de tranças da Katniss com a da Elsa, de Frozen.)
Vestido da Kanes: http://www.roxx-online.com/roxxonline/viewProducts.cfm?mode=select&newSelection=y&dep_id=12&proId=208&cat_id=12
–Nárnia pertence aos narnianos tanto quanto aos homens. Qualquer telmarino que queira ficar e viver em paz é bem vindo. Mas a aquele que desejar, Aslam o levará para o lar de nossos antepassados. - Disse Caspian.
–Já faz gerações que nós deixamos Telmar. - Disse um telmarino.
–Não nos referimos a Telmar. - Disse Aslam. - Seus antepassados eram marinheiros errantes. Piratas que aportaram numa ilha, e nela acharam uma caverna. Uma rara fenda entre este e aquele mundo. O mesmo mundo de nossos Reis e Rainhas. É para esta ilha que posso enviá-los. É um bom lugar para qualquer um que queira recomeçar.
–Eu vou. - Disse o principal general de Miraz. - Eu aceito a oferta.
–E nós também. - Disse a Lady Prunaprismia, carregando seu filho e acompanhada de um homem.
Os três deram um passo até chegarem perto de Aslam.
–Porque foram os primeiros a decidir, vocês serão felizes neste outro mundo. - Disse Aslam, dando um leve rugido.
O rugido de Aslam fez com que uma árvore, que estava ali, se dividisse ao meio, deixando uma fenda. Os três telmarinos seguiram pela fenda e desapareceram. Alguns telmarinos ficaram com medo, outros disseram que aquela fenda os levaria a morte, causando alguns tumultos. Ripchip e seus ratos se aproximaram.
–Senhor, se meu exemplo pode servir de alguma coisa, passarei com onze ratos sem demora! - Disse Ripchip.
Pedro e Susana se entreolharam e souberam que aquela era a hora.
–Nós iremos. - Disse Pedro.
–Iremos? - Perguntou Edmundo.
–Mas o quê? - Perguntou Kalene, confusa. - Papai!
–Vamos embora. Chegou nossa hora. - Disse Pedro. - Afinal, não precisam mais de nós aqui. - Ele entregou sua espada para Caspian.
–Como assim não precisamos? Você enlouqueceu, Pedro? - Perguntou Kalene, agora nervosa. Aslam lançou um olhar para ela que deu a entender para ela se acalmar.
–Vou cuidar de tudo até que voltem. - Disse Caspian.
–Esse é o problema. - Disse Susana. - Não vamos voltar. - Caspian olhou tristemente para ela.
–Como assim não vão voltar? - Perguntou Kalene.
–Não vamos? - Perguntou Lúcia.
–Vocês dois vão. - Disse Pedro, olhando para Lúcia e Edmundo. - Pelo menos, foi o que ele disse. - Pedro olhou para Aslam.
–Por que? - Perguntou Lúcia. - Eles fizeram alguma besteira?
–Pelo contrário, minha cara. Mas tudo tem seu tempo. Seu irmão e sua irmã aprenderam o que podiam neste mundo. É hora deles viverem por conta própria.
–Tudo bem, Lu. É tudo muito diferente do que eu pensava. Mas estou conformado. Um dia, você compreenderá. Vamos. - Disse Pedro.
Pedro, Lúcia e Edmundo foram se despedir de seus amigos narnianos. Lúcia abraçou Trumpkin firmemente. Eles eram bons amigos, assim como ela era com o Sr. Tumnus. Edmundo fez uma reverência para Caça-Trufas e Pedro fez uma para o centauro líder. Após isso, Lúcia abraçou Kalene. Ela era uma velha e querida amiga também.
–Adeus, Kanes. - Disse Lúcia. - Vou sentir saudades.
–Também vou, Lu. Também vou. - Disse Kalene.
Assim que Lúcia a soltou, Pedro se aproximou e apertou a mão da Princesa. Ele sabia que se a abraçasse, Ed poderia lhe dar uma surra.
–Adeus, Pedro. Boa sorte lá. - Disse Kalene.
–Kanes, posso te pedir um favor? - Perguntou Pedro.
–Claro que pode! - Respondeu Kanes.
Pedro se aproximou e sussurrou no ouvido dela.
–Se o Caspian fizer alguma besteira, limpe a sujeira dele. Sinceramente eu confio mais em você do que nele. - Sussurrou Pedro, brincando.
Kalene riu daquilo e fez Edmundo ficar com ciúmes e se aproximar dos dois.
–O que disse pra ela? - Perguntou Edmundo.
Kalene sorriu e sussurrou para Edmundo o que Pedro havia lhe dito, o que o fez rir também. Pedro se afastou para deixar os dois se despedirem de forma adequada. Susana não chegou a se despedir de Kalene, pois estava ocupada se despedindo de Caspian.
–Vai voltar mesmo? - Perguntou Kalene.
–Se Aslam diz que vou voltar, então eu vou voltar. - Respondeu Edmundo. - Mas eu não sei quanto tempo vai levar...
–Não importa mais. Já te esperei por 1.300 anos, não pode ser uma espera mais longa, não é? - Disse Kalene. - Sinceramente, eu não queria que você fosse. Agora que finalmente nos entendemos...
–Eu vou voltar, eu prometo. Me espera? - Perguntou Edmundo.
–Espero sim. - Respondeu Kalene. - Vou recusar todas as propostas de casamento de reis vizinhos.
–Hm, acho bom. - Disse Edmundo, enciumado.
Na verdade, ela nunca havia recebido uma proposta de casamento, mas porque ainda era muito "nova". Agora, mais velha, quem sabe.
Eddie repousou a mão sobre o rosto de Kalene, e ele só fazia isso quando estava prestes a beijá-la. E aconteceu. Ele a beijou de um jeito passional, como se nunca mais fosse vê-la. Claro que com todas aquelas pessoas ali, eles tiveram que parar não muito tempo depois de terem começado.
–Eu te amo. - Sussurrou Edmundo. - Não se esqueça disso.
–Não se esqueça de mim. Eu sempre irei amar você. - Sussurrou Kalene.
Eddie, então, se juntou aos irmãos para irem embora. Naquela mesma hora, Susana estava beijando Caspian. Lúcia, Edmundo e Pedro olhavam para aquilo, completamente confusos.
–Aposto que quando eu for mais velha eu vou entender. - Disse Lúcia.
–Ah, vai por mim. Você vai começar a realmente viver quando entender. - Disse Edmundo.
–É, eu notei o quanto você entendeu disso. - Disse Pedro, dando um tapinha nas costas do irmão.
Susana se juntou aos irmãos e os quatro deram uma última olhada antes de irem. Olharam para Caspian, para Kalene e para Aslam, consecutivamente. E então, sumiram. Estavam novamente na estação de trens. Assim que o trem chegou, os quatro pegaram suas malas e adentraram o trem.
–Será que tem um jeito de nós voltarmos? - Perguntou Edmundo.
–Já está com saudades dela? - Perguntou Lúcia, brincando.
–Enquanto estamos aqui eu sempre vou ter saudades dela. - Disse Edmundo. - E além dela, eu também deixei minha lanterna nova em Nárnia.
Os quatro sorriram e Edmundo notou um pequeno papel no bolso. Como havia parado ali, ninguém sabia. Quando ele tirou, era um pequeno pergaminho dobrado. Ele desdobrou e ali tinha uma mensagem escrita.
"Ainda estou zangada com você.
–K. "
Ele riu novamente e guardou o pergaminho novamente no bolso, seguindo viagem com os irmãos.
Continua
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!
Fale com o autor