Fix You

Hold On


Era como se ela de repente estivesse usando óculos para uma dificuldade de enxergar causada pelo amor.

Hinata já corria para casa e suas lágrimas não estavam mais contidas. Como poderia ter sido tão idiota a ponto de achar que ele iria lembrar algo tão besta, sem importância. Era, afinal, só um mês. Mas foi aquele pequeno, simples e insignificante ato que a fez enxergar o que foi incapaz durante mais da metade desse um mês. Ele não a amava. Ela se tornaria chefe do clã e seria prometida para outra pessoa. Alguém que somente seu pai aprovasse.

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– Hinata-chan!

Ela ouviu seu nome, mas não quis parar, não quis desacelerar. Ela só queria correr para casa. Só queria ficar sozinha. Mas a voz foi ficando mais alta.

– Hinata-chan! Espere!

Ela estava cansada. Ter o coração partido e usar aqueles óculos imaginário lhe causavam um cansaço físico extremo. Ela diminui o ritmo. Caminhou. Parou. Levou as mãos ao rosto.

– Hinara-chan! O que houve? – a voz já havia a alcançado. Mãos seguravam seu ombro. – Por favor, converse comigo.

Ela tirou as mãos do rosto ao mesmo tempo em que tentava limpar as lágrimas.

– Eu estou bem, Kiba-kun. – ela respondeu mais fria do que queria soar.

– Não, não está. Não adianta mentir. – ele não sabia o que fazer, era visível. – Você sabe que pode contar comigo.

– Naruto-kun... Nós... E-ele... – ela não queria falar. Era algo tão idiota.

– Diga. Deixa eu te ajudar. – ele a abraçou e esperou ela se acalmar. O choro, antes compulsivo, transformou-se apenas em um rosto vermelho e um pouco inchado.

Kiba guiou a menina até o banco mais próximo e a fez sentar. Ainda aninhada em seu peito, ela sentia-se cada vez melhor.

– Está tudo bem. Vai passar. – ele passava as mãos pelos cabelos lisos e escuros dela.

Após alguns minutos ela se desvencilhou e olhou para ele.

– Desculpe. – disse enquanto passava as mãos pelo rosto, a fim de tirar qualquer resquício de água.

– Não precisa se desculpar. Você sabe que eu estou aqui pra você. – olhou no fundo dos olhos da menina e tirou uma mecha de cabelo que pairava sobre a lateral de seu rosto. – Sempre estarei aqui pra você. – e ele não pôde deixar de esconder o olhar apaixonado.

– E-eu só... – ela se afastou um bocado e respirou fundo.

– Não precisa me contar se não quiser. – ele disse tirando a mão do rosto dela. Talvez estivesse indo rápido demais.

– Eu sei, mas é que... – ela olhou para o lado e ponderou conversar com o garoto sobre sua relação com Naruto. Talvez ele não fosse a pessoa certa, mas naquele momento ela precisava de um apoio. – Naruto-kun se esqueceu do nosso aniversário de um mês. E eu sei que ele não sente por mim o mesmo que eu sinto por ele. Eu o amo. – três palavras que perfuraram o coração de Kiba como uma kunai. Mas ele continuou ouvindo, sem ao menos demonstrar dor ou tristeza. – Mas ele não vê. Faltam quatro meses para eu me tornar chefe do clã e eu só poderei casar com um herdeiro Hyuuga. Eu não sei o que fazer.

– Você tem que fazer o que é melhor pra você. Se ele não te ama, se ele não te trata como uma princesa, como você merece ser tratada, então ele não vale nada, Hinata-chan.

– Mas... É como se eu ainda tivesse esperança.

– Você pode ter esperança, claro que pode, afinal é isso que faz com que nós continuemos vivos. Mas você também tem que manter os pés no chão. Você tem que aproveitar esses quatro meses. E acima de tudo, você tem que lutar pelo que lhe faz feliz.

Um momento de silêncio se instalou. Ela pensava e se deixava influenciar pelas palavras doces e estimulantes de Kiba. Ele tentava ao máximo fazê-la se sentir bem. A luz fraca de um poste iluminava o banco.

– Obrigada, Kiba-kun. Você é um ótimo amigo. – disse enquanto se levantava. – Um dia você vai achar uma garota que seja perfeita pra você. – Deu um beijo no rosto do garoto e se virou.

– Quem sabe um pouquinho mais pra esquerda ficaria mais interessante, Hinata. – Ela congelou ao ver o loiro com os dentes cerrados enquanto olhava para ela e para Kiba. – Aí eu teria um motivo melhor pra acabar com a raça dele. – continuou Naruto enquanto se aproximava.

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