Uma Virada Do Destino [Dramione]
Capítulo 27
Capítulo 27
POV Hermione Granger
– Perdido, é?
– Sim. Ninguém jamais vai ser capaz de me fazer voltar ao que era antes.
– Porque não?
– Porque eu me perdi em você e sei que jamais vou achar meu caminho de volta. Nem se eu quisesse. Eu sou seu Hermione. Eu amo você.
Depois de ouvir isso é meio impossível você não sentir vontade de beijar a pessoa que está se declarando pra você. Ainda mais quando essa pessoa é um garoto loiro de olhos cinzas pelo qual você é completamente apaixonada. Beijei Draco até sentir o ar me faltar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Depois do beijo ele me abraçou e começou a passar as mãos pelo meu cabelo, fazendo carinho. Parecia algo que ele fazia inconscientemente, como se fazer aquilo fosse tão normal quanto respirar. Me apertei mais contra ele e encostei a cabeça em seu ombro.
– Não sei como vamos conseguir nos esconder de todos durante esse ano. – disse dando um suspiro.
– Durante esse ano?
– Sim. Já parece algo impossível desde agora.
– Não, espera. O que você quer dizer com “durante esse ano”? – ele disse se afastando um pouco pra me olhar com uma espécie de careta no rosto.
– Tenho quase certeza que vão nos descobrir antes.
– Ah bom. – disse voltando a posição original - Achei que você estava pensando em se livrar de mim.
– Não diga bobagens. – disse rindo.
Ficamos conversando e namorando e por causa disso perdemos a hora. Quando nos demos conta nós não só havíamos perdido o almoço como também o sol já estava se pondo.
– Preciso voltar pra Ala Hospitalar. – me aproximei de Draco e lhe dei um beijo leve.
– Você disse que ele estava bem. – ele fez uma careta.
– Ele está bem.
– Então porque você tem que ir até lá?
– Ele é meu amigo, Draco. Ele quase morreu hoje.
– Tem razão, desculpe. Eu só estava...
– Com ciúmes.
– É. Quando se trata de você eu sempre vou ter ciúmes.
– Não precisa. Eu estou aqui, com você.
O beijei de novo e fui correndo até a enfermaria. Quando cheguei Rony e Gina ainda estavam sentados na beira da cama e Harry dormia.
– Oi. Como ele está?
– Olha só. Quem é vivo sempre aparece. – a ruiva disse ironicamente enquanto eu me aproximava - Onde diabos você estava, Hermione?
– Desculpe, Gina. Fui falar com o Prof. Dumbledore e depois fiquei presa resolvendo algumas coisas.
– O que era que você tinha pra resolver que era mais importante que o Harry?
– Porque está sendo tão agressiva comigo, Gina?
– O Harry quase morreu hoje. Morrer Hermione, sabe? Seu melhor amigo quase morreu.
– É, disse bem, quase. Ele está vivo e está melhor do que se poderia imaginar.
– Querem parar de brigar vocês duas? Vão acabar acordando ele.
– Desculpe, Ron.
Gina não gostou nada de levar uma reprimenda do irmão e saiu pisando forte. Rony apenas balançou a cabeça negativamente e disse algo como “ela não tem jeito mesmo”. Me virei pra ele e então finalmente olhei direito pra Harry deitado na cama.
– Como ele está?
– Bem. Madame Pomfrey deu a ele algumas poções revigorantes e disse que pela manhã ele vai ser liberado. Ela tentou nos expulsar algumas vezes, Gina chegou a ter que sair, mas eu fiquei aqui. Ele perguntou por você. Mas me diz, conseguiu falar com Dumbledore?
– Sim. Ele soube que eram dementadores antes mesmo de eu conseguir falar com ele. Encontrei McGonagall nas escadas e ela me disse que Dumbledore voltou pro campo de quadribol pra passar o sermão neles. Eles deveriam guardar apenas as entradas e não ficar passeando pela propriedade. Minerva também disse que eram eles estavam fazendo a chuva piorar.
– Sério? Que estranho.
– O que é estranho? – disse um terceira voz.
– Harry! – Ron e eu dissemos juntos.
Me aproximei da cama e abracei meu melhor amigo.
– Está se sentindo melhor?
– Eu estou bem. Onde você estava? Sumiu a tarde inteira.
– Fui procurar Dumbledore pra contar sobre os dementadores. Quando voltei precisei resolver uma coisa.
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Aquela pergunta me pegou. Eu não tinha pensado em nada pra dizer e obviamente não podia contar a verdade. Tentei bolar alguma coisa pra dizer mas não conseguia e senti minhas mãos suando de nervosismo. Harry e até mesmo Ron, me encaravam com os rostos cheios de curiosidade e pela cara de Harry eu sabia que ele estava pensando não só em onde eu estava, mas também com quem eu estava. Fui salva quando Madame Pomfrey entrou na enfermaria.
– O que é que vocês ainda estão fazendo aqui? O Sr. Potter precisa descansar. Francamente, vocês dois, já pra baixo. Não estão com fome? Andem, pra fora. Está na hora do jantar.
Ela praticamente nos empurrou pra fora e antes que Rony pudesse pensar em começar a fazer as perguntas que eu sabia que ele queria fazer, eu o puxei correndo pelos corredores até o Grande Salão dizendo que estava morrendo de fome.
Eu realmente estava com fome e até chegar no salão pra jantar era única coisa na qual eu estava pensando, mas assim que dei uma olhada pra mesa dos professores e não vi Hagrid sentado pro jantar me lembrei do julgamento. Ele provavelmente ainda devia estar em Londres e só voltaria amanhã de manhã, mas acho que não faria mal perguntar depois.
Ron e eu nos dirigimos aos nossos lugares e ele não me fez nenhuma pergunta, para meu alívio. Gina ainda estava bastante emburrada e por isso não quis ficar perto de nós. Quando chegamos, ela se levantou e foi pra perto de Parvati e não nos deu nem um simples olhar durante todo o tempo que ficou no salão.
– Gina realmente ficou brava comigo. Preciso me desculpar com ela depois. – disse me sentando e começando a me servir de um pouco de purê enquanto Rony fazia o mesmo.
– Não se preocupe com a Gina. É normal, você sabe, os sentimentos dela pelo Harry e tudo mais. Ela acha que ele é prioridade pra todos como é pra ela.
– Ron, não deveria zombar dos sentimentos dela assim. Ela é sua irmã, sabe? Você deveria apoiar.
– Gina ainda nem tem idade pra ficar pensando nessas coisas. E bem, quando chegar a hora, é claro que vou apoiar. Melhor o Harry que outro garoto. E vamos mudar de assunto, nem nós deveríamos pensar nessas coisas ainda.
– Namorar, Ronald? O que tem de mal pensarmos nisso? Temos treze anos, eu sei, mas estamos nos tornando adolescentes. É a hora exata de começarmos a nos apaixonar e cometer os erros que não poderemos mais tarde. Não teremos esse luxo, depois do quinto ano nós precisamos nos concentrar nos estudos para os NOM’s e NIEM’s, porque eles é que vão definir o que faremos da vida.
– Você sempre tão profundamente preocupada com tudo não é, Hermione? Pare de tentar planejar tudo e prever o futuro. Você mesma sempre disse que Adivinhação é bobagem.
– E quem é que está falando de previsões?
– Acha que todo esse planejamento não tem nada a ver com prever o futuro? Planejamento é se preparar para o que virá, você tenta prever o futuro pra se preparar pra ele. Você pode não saber o que irá acontecer, mas quer estar preparada pra isso, começa a pensar nas possibilidades e se prepara para aquelas que tiverem mais chances de acontecer.
– Sinceramente, Ron, de onde é que vem tudo isso agora? Ultimamente, você tem estado estranho.
– Não sou tão idiota quanto pareço, não é?
Não esperava ouvir aquilo tudo de Ronald Weasley. E pior, o que ele acha que pensamos dele? Tentei interrompê-lo e explicar que nunca o vimos desse jeito. Ele era meio lerdo com certas coisas, claro, mas nunca um idiota. Ron só era... Criança demais, talvez. Inocente demais.
– Não, relaxa, Hermione. Eu sei que não é assim que vocês me veem, mas eu realmente sou bastante lerdo pra algumas coisas. É que ultimamente eu tenho tentado observar mais. E bem, acho que serviu pra algo, não é? Pare de planejar e viva o presente.
– Não podemos. Não enquanto Harry ainda corre perigo. Sirius Black ainda está por aí, pensando em maneiras de entrar no castelo. E Hagrid precisa de nós com toda a confusão do Bicuço.
– Ok, ok. Falando em Hagrid, o julgamento era hoje, não era?
– Sim. Mas ele ainda deve estar em Londres, ou à caminho. Falaremos com ele amanhã à tarde antes do baile.
– Merlin, ainda tem esse estúpido baile de Halloween.
– Não fique assim. Harry já vai ser liberado amanhã então vai poder ir conosco e...
– E? O que foi, Hermione?
– Droga! Como foi que eu pude me esquecer? Como nós três fomos esquecer?
– Esquecer o quê?
– Harry! Ele não pode ir ao baile!
– Mas hein?
– McGonagall. Ela proibiu Harry de ir ao baile por causa da confusão no dormitório quando eu e ele brigamos.
– Minha nossa. É mesmo, você tem razão. E agora?
– Agora nada. Não vamos a esse baile idiota.
– Mas, Hermione. Harry não iria gostar...
– Harry não vai ficar sozinho na torre enquanto nós dançamos e comemos.
– Porque eu sinto que ele não vai gostar disso?
Terminamos o jantar e subimos pra torre. O dia seguinte seria bem cheio e eu estava cansada. Bastou deitar pra que eu pegasse no sono, um sono intranquilo, cheio de dementadores e Sirius Black e Harry caindo da vassoura.
POV Draco Malfoy
Enquanto Hermione corria pra enfermaria, eu desci até as masmorras e fui procurar por Blás. Eu tinha largado ele lá sem nenhuma explicação e com a ordem de mandar Hermione pra mim. Era injusto. Entrei na comunal.
– Ah, aí está você. Vem, eu sei que você quer falar comigo, mas eu estou morrendo de fome.
– Blás.
– Depois do jantar, Malfoy. Meu estômago é mais importante que você agora.
Comecei a rir e subi com ele até o salão principal. Pansy estava na mesa, junto com Daphne, Crabbe, Goyle, Nott e a pequena Astória, irmã mais nova da Daphne. Blás e eu tomamos nossos lugares enquanto todos nos encaravam.
– Então. Vocês foram ao jogo? Sabem o que houve com o Potter? – perguntou Astória como que pra quebrar o gelo.
– É. Nós estávamos lá. – respondeu Blás. - Não vimos vocês, então ficamos em uns bancos mais baixos. A arquibancada estava lotada, ia ser difícil arrumar lugares mais pra cima.
– Porque vocês se atrasaram. – disse Daphne em reprimenda.
– E o que isso tem a ver? Era jogo da Grifinória, ia lotar de qualquer maneira. Principalmente a nossa arquibancada, todos queriam ver a Lufa jogando pra saber se aquele tal Diggory era realmente tudo que falaram. – Nott veio em nossa defesa.
– Pra que isso? O jogo já acabou. Blás e Draco assistiram longe da gente, Lufa venceu e o Potter quase vira patê. O que mais nós queremos? Acho que por hoje já chega.
– Tem razão Little-Greengrass. – disse encarando a pequena Astória – Vamos comer e deixar isso pra lá. O jogo já acabou e agora temos que nos concentrar em outras coisas.
– Como o que? O baile?
A simples menção da palavra baile fez o clima mudar completamente. Pansy ficou tensa, Crabbe e Goyle começaram a alternar o olhar entre Pansy e eu, Daphne segurou a mão da “amiga” enquanto Astória fingia não ter escutado nada e eu amaldiçoava Theodore mentalmente por tocar em assuntos delicados como aquele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Bem. Não sei quanto a vocês, mas eu realmente não tenho intenções de aparecer nesse baile.
– Ora, ora, Zabini. E eu pensando que você seria o primeiro a aparecer no salão a procura das moças desacompanhadas.
– Por quem você me toma, Nott?
– Faça-me o favor. Todos sabem que você e Draco formam uma dupla e tanto em se tratando de conquistar garotas e partir seus corações. Pensei que você teria companhia, Blás. E o Draco... Bem, o Draco dispensou a dele, né?
O som de um tapa ecoou pela mesa da Sonserina e todos se viraram em nossa direção. Pansy, que estava sentada entre Daphne e Nott, tinha se levantado e esbofeteado o rapaz.
– Meu relacionamento com o Malfoy só diz respeito a nós dois. Não se meta nisso, Theo, ou vai sentir bem mais do que a minha mão marcando seu belo rosto. E pro inferno com esse maldito baile. De onde Dumbledore tirou a ideia de comemorar o Halloween com um baile? - E foi embora pisando forte.
A pergunta foi ignorada e assim que Blás e eu terminamos o jantar eu o puxei na direção de uma ala qualquer do castelo que estivesse vazia para que eu pudesse contar meus devaneios sobre o Potter e sobre a tarde com Hermione. Blás, mais uma vez, deu total apoio ao meu namoro com a morena e se declarou como nosso amigo, confidente e protetor.
– Mas deixando isso de lado. O que foi esse jantar? Nott quer a sua cabeça.
– Ele está esquisito. De onde veio isso de ele nos reprovar?
– Theodore era nosso braço esquerdo, mas ele tem motivos pra estar bravo contigo, Draco, e o motivo dele se chama Pansy Parkinson.
– Braço esquerdo?
– Claro, afinal, você e eu somos o braço direito um do outro.
– Idiota. – disse rindo, mas parando em seguida – Mas ele também foi agressivo com a Pansy.
– Isso eu realmente não esperava. Mas ele deve ter tido os motivos dele, talvez uma das Greengrass saiba de algo. Eu não ousaria achar que Crabbe e Goyle com os intelectos que tem consigam entender o que aconteceu hoje. Mas mudando de assunto novamente, vai ao baile com a Hermi?
– Sabe muito bem que é impossível, seu engraçadinho. Ela disse que ia com os dois patetas.
– Então também devemos comparecer. – disse batendo o punho direito fechado na palma da outra mão - Vou dar um jeito de conseguir ao menos uma dança pra vocês dois.
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