Capitulo 22 – Merida

–Enfim, afirmo a vocês que sei onde cada um deles estão e para que eu os ajude, será preciso escolher, a quem desejam encontrar novamente? Soluço, Rudá ou Rapunzel?

O silencio se instalou na sala do trono. As sereia que haviam nos levado até a princesa, encaravam nossos rostos curiosas, aguardando ansiosamente a decisão final.

Eu e Jack entreolhamo-nos. Não sabíamos o que fazer. Não sabíamos a quem escolher.

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Dúvida... Quão terrível é ter dúvida, mas é preciso tê-la, mesmo nas piores e mais angustiantes situações, somente os estúpidos confiam cegamente em suas escolhas. E agora precisávamos agir de forma sensata e correta.

Ah! Claro! Rápida também.

–Merida, o que faremos? – perguntou o albino.

–Temos que escolher, Jack – disse irônica.

–Eu sei ruiva – retorquiu irritadiço – Quis dizer a quem.

Calei-me por um breve momento. Mesmo estando ciente das consequências e reconhecendo que talvez essa seja a última chance de encontra-lo, eu precisaria agir, precisaria ter forças. Levantar-me-ia e seguiria com a missão que me foi designada assim como ele também faria em meu lugar.

Eu sabia o que deveria ser feito.

E a minha decisão não me permitiria voltar a trás.

–Rapunzel – falei em alto e em bom som.

Os olhos da princesa Corine se arregalaram igualmente aos das sereias e de Jack, que encaravam-me sem entender.

–Desejamos encontrar Rapunzel – repeti.

–Ma-mas Merida, e quanto ao... – Jack começou, mas eu o interrompi.

–Nossa prioridade é a Princesa da Primavera, ela deve ser encontrada e levada de volta para o reino. Essas eram minhas ordens e eu as cumprirei – disse firme encarando Jack.

–E o Soluço? – perguntou. Ele parecia estar com... Pena?

Meu coração se apertou.

–Ordens são ordens – rebati – O Príncipe Hiccup ficará bem, não importa onde ele esteja – Impressionei-me com a forma como estava agido diante de todos. Acho que... Eu aprendi a fazer escolhas.

–Por que você esta fazendo isso? – indagou Frost já irritado – Podemos encontrar outro jeito de chegar até Rapunzel, sabemos que ela está no extremo norte, mas o Soluço...

–Basta! – Gritei.

Novamente o silencio desceu sobre o salão subaquático.

–Os fracos ficam em dúvida antes de tomar uma decisão – continuei, porém agora, de forma mansa – Os fortes, somente depois. Essa é minha decisão final.

Voltei-me novamente para a princesa e curvei em reverencia – Peço que nos mostre onde Rapunzel se encontra e como podemos chegar até ela ,minha princesa.

–Você, Merida. Princesa do Reino do Verão estaria disposta, caso fosse preciso, abandonar a pessoa a quem tanto ama em prol do bem do seu reino? E de Todo o império das estações? – perguntou autoritária.

–Sim, princesa. Eu estaria – respondi abaixando minha fronte a fim de esconder uma pequena lágrima que insistia deixar meus olhos.

Quando voltei-me novamente para encara-la, vi um sorriso gentil se formar em seus lábios.

–Você realmente é uma herdeira dos quatro grandes.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa senti o mundo ao meu redor embranquecer e um clarão me cegar.

“Aos poucos minha visão retornou. A sala do trono onde me encontrava anteriormente tinha desaparecido e em seu lugar um belo jardim se fazia presente.

Toda a paisagem era colorida e alegre. Os campos se estendiam para além do que os olhos podem ver e a paz... Oh! A Paz! Quão doce era a paz daquele lugar.

“-Merida “– ouvi uma voz retumbante chamar meu nome.

– Quem está ai? – Perguntei.

“-Não sabes quem sou?” – respondeu novamente a voz “ – Ou apenas não consegue me reconhecer?”

–Na verdade, não consigo te ver! Como posso reconhecê-lo se não me mostra tua face?!

“-Bem aventurados os que não virão, mas ainda sim creram “– afirmou.

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Da neblina suave que se espalhava pelo jardim pude visualizar a silhueta de um homem, que vinha a passos lentos e calmos em minha direção.

Então ele parou, de forma que ficava de costas para mim. Ao abaixar parte da túnica que vestia e revelando sua pele alva, eu pude ver.

Pude ver a marca de um punhal.

“- Você se mostrou digna perante mim, jovem Merida” – Continuou depois de vestir novamente a túnica e se virar para mim. Ainda não conseguia ver seu rosto – “Digna por preferir cumprir com suas ordens em prol daquilo que EU separei para ti.” – Estendeu sua mão em minha direção. Abriu-a. E um rubi escarlate flutuou até mim. – “Ao invés de seguir os desejos do seu coração.”

Tomando a forma de um anel ele se modelou em meu dedo.

Novamente uma forte luz invadiu meu campo de visão, as coisas começam a ficar turvas e ao longe ainda podia ouvir a voz do homem misterioso.

“- Herdeira de Escarlat, EU, que sou a brilhante estrela que surge ao amanhecer te escolhi, para ser uma Guardiã.”

Uma nova luz me cegou.

Logo, estava novamente de volta a sala do trono da princesa Corine.

–Merida! – ouvi o albino gritar meu nome – O que aconteceu com você?

Somente então percebi que estava ajoelhada e que não trajava mais meu tão costumeiro vestido verde. Em seu lugar, porém, estava um vermelho frente única, cor escarlate adornado com rubis e ônix. Minhas botas foram substituídas por sapatilhas negras com um rubi em cada uma.

Meus cabelos estavam mais domados, entretanto, continuavam cacheados e ruivos.

E como se tudo isso não bastasse para comprovar os acontecimentos anteriores com o homem do jardim, senti meu dedo anelar formigar e depois de finalmente olha-lo, vi que o mesmo anel estava nele.

–Eu falei com ele – murmurei.

–O que disse? – Indagou o albino.

–Eu falei com o home da estrela – disse um pouco mais alto.

Ele continuou a olhar autônomo para mim, enquanto Corine sorria genuinamente.

–Bem, a sua escolha foi Rapunzel – Disse ela atraindo a atenção e todas as pessoas presentes – E Rapunzel vocês vão encontrar.

Das espumas que a rodeavam imagens de um castelo se formaram, depois retrocederam aos poucos, mostrando um buraco recoberto por vários espinhos, logo em seguida a paisagem do reino das fadas e, finalmente, o oceano.

–Esse é o caminho que vocês deverão seguir para encontra-la – continuou enquanto levantava-se de seu trono – Uma de minhas sereias os guiará até lá. Mas antes, devo alerta-los que aquele buraco que vocês virão, não é um buraco qualquer, se os espinhos lhe arranharem, vocês cairão num sono profundo. Para evitar isso, creio que as fadas os ajudarão – Jack e eu apenas assentimos – Agora, por favor, entre minha querida sereia.

As portas da sala foram novamente abertas, por elas entrou uma sereia loira, de olhos acinzentados e calda cor ocre. Sua pele era clara e delicada, mas ela, no entanto, nadava de forma confiante e obstinada.

–Quero que conheçam sua guia – apontou a princesa – Diga seu nome minha querida.

–É Astrid, vossa benevolência – curvou-se em reverencia.