Capitulo nove.

No extremo norte dos reinos das estações todas as coisas eram feias e ermas. Conhecido por suas árvores desfolhadas, suas trilhas tortuosas e seus penhascos perigosos. Na terra, espalhavam-se pequenas pedras que impediam o percursos em charrete. E, embora chovesse com bastante frequência, naquele solo nada brotava, que tornava impossível a vida de qualquer animal.

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No meio desse lugar seco e deserto, havia um pequeno castelo protegido por um fosso fundo e vazio. Era bem antigo e decadente, feito de tijolos escuros e portas de madeira. Não se sabia quem o havia erguido, ou o porquê.

Poucas pessoas já o tinham “visitado” e poucas conseguiram sair.

O interior do castelo estava coberto por uma grossa camada de poeira. Teias quase tão antigas quanto a própria construção revestiam as janelas, embora não houvesse mais aranhas. Todos os cômodos e corredores estavam vazios, exceto por uma ou outra cadeira ou mesa encostada nos cantos.

A ala leste do castelo terminava em um salão enorme. As janelas se estendiam por toda a extensão do cômodo, deixando entrar bastante luz, mas eram tão antigas que o vidro distorcia a visão do mundo exterior.

Era difícil encontrar um lugar tão inóspito quanto aquele castelo. Mas, para uma mulher em especial, era o lugar perfeito para se esconder.

De alguma forma, a Feiticeira Vermelha conseguiu sobreviver. O castelo era um templo perfeito, onde poderia terminar o trabalho que começou há muito tempo.

A diabólica não era desconhecida ao local. Durante o ultimo milênio, quando esta ainda governava, já o tinha utilizado para preparar algumas poções.

Entrara recentemente em com tato com um velho amigo, pedindo-lhe que viesse ajuda-la. E então esperou, certa que este chegaria a qualquer momento, pois ele lhe devia a vida.

A Feiticeira abriu os olhos e mirou profundamente o caldeirão que estava a sua frente.

-De quanto tempo ainda preciso dispor até que chegue a mim o vingador? – perguntou.

A silhueta fantasmagórica de um homem apareceu no caldeirão. Falava devagar e suavemente, com uma voz baixa e rouca.

Enquanto a Feiticeira aguarda um velho amigo, outrora querido, o vingador viaja próximo, sem alarido.

O homem então desvaneceu. Após alguns instantes, três batidas altas soam do outro lado da enorme porta do salão.

- Entre – disse a Feiticeira

As portas se abriram fazendo um rangido terrível, e um homem entrou no salão. Era alto, tinha ombros largos, cabelos castanhos... Na flor da idade. Levava nas costas um arco e na cintura um facão.

-Meu vingador! – Ele atravessou o salão em direção a ela – Já faz muito tempo desde que nos vimos pela última vez, e sua aparência ainda me faz revirar o estomago.

- O seu senso de humor é incrível minha rainha – Respondeu sarcástico.

-Cuidado como fala. Sabes que deves tua vida a mim Vingador!

-E como poderia me esquecer? Vossa majestade me salvou – disse o homem – Eu certamente teria morrido não fosse por tua bondade.

- E, depois de todo esse tempo, continuo na mesma missão. Portanto, não choramingue, velho amigo. Tenho uma tarefa para você.

-Qual a tarefa? – Indagou o homem

-Preciso que encontre quatro pessoas, uma menina de cabelos louros e muito compridos, um rapaz de pele clara, olhos azuis e cabelo branco, outra garota com cabelos cor de fogo e um jovem domador de dragão.

- Tem como ser mais especifica?

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Ela hesitou antes de responder.

- Todos são herdeiros deles.

- Pensei que eles não passavam de lendas. – Se espantou

-Por mais que eu quisesse acreditar que sim não posso...

-Você é a Feiticeira vermelha não é?

-Sim meu amigo, sou a Feiticeira, verdadeira rainha de todos os reinos das estações!

- E eles estão ameaçando seus planos, senhora?

-Sim, e é por esse motivo que preciso de sua ajuda... Deverá mata-los!

-Ainda não entendo – falou ele – Qual relação deles serem descendentes dos antigos guardiões?

- Depois de minha derrota – começou – Uma nova profecia foi feita.

“Com a derrota do mal

Por mil anos se manterá aprisionado.

E quando o tempo se findar

Ele então será libertado.

Grandes guardiões nasceram.

Escolhidos pela Brilhante Estrela da Manhã.

Através da traição de um companheiro

E do sacrifício da herdeira

O mal finalmente morrerá

Afim de nunca mais voltar.”

- Agora entende a minha aflição vingador?

-Compreendo senhora e farei questão de matar um por um sem a menor piedade e...

-NÃO! – Interrompeu a mulher – A garota loira não pode morrer.

-Por que? – Questionou ele

-Ela está em meus planos... Você deve persuadi-la, encanta-la. Melhor! Faça com que a menina se apaixone por você.

-Essa é a parte mais fácil minha querida – Falou convencido – Com grande prazer cumprirei o que me pede.

-Agora vá meu Vingador de Sangue! Cumpra a missão e a recompensa que te darei valerá mais do que possa entender.

-Por favor minha rainha, sabes que não gosto desse nome.

-E como quer que eu lhe chame? – Perguntou ela.

- Flyn... Flyn Rider vossa majestade.