Suspirei alto e soltei os braços. Senti uma mão cobrir meus olhos e outra se entrelaçar na minha. Num sussurro gélido em meu ouvido, ele disse:
- Vire-se.
E de frente para mim ele me beijou.
Todos os outros corpos receptaram.

Suas mãos apertaram fortemente o meu quadril e eu abracei seu pescoço, agarrando seu cabelo. Seu beijo tinha um gosto próprio que, em meio ao calor de telo contra mim, me refrescava. Eu queria mais...
E sem ar nos separamos.

Olhei em volta, e ninguém parecia acreditar, vi Pansy levar a mão a varinha e sorri. Virei-me para provocá-la, mas Draco ainda não havia terminado, me abraçando de costas ele disse:
- Você não é nojenta, você tem o melhor dos sabores.
- Isso quer dizer que eu faço seu sangue ferver?
- De muitas maneiras.
Ele me soltou, e me virei para vê-lo,
Ele estava de joelhos.
Ah não! Ele não faria, faria?
- Hermione Granger, quer ir ao baile comigo?
Eu corei e sussurrei um sim. Ele se levantou e me pegou em outro beijo que me deixou tonta.

Na sala havia muita gente cochichando. Harry e Ron me encaravam incrédulos, mas eu não sei por que eles se importavam tanto afinal era eu que iria ter que beijar o Draco.
- Você esta falando sério sobre você e o Malfoy? - Harry.
- Sim. - Respondi calma.
- Mesmo depois de tudo o que ele fez? - Ron
- Ele não fez nada ruim só agiu como um completo idiota.
Eles me encararam como se só isso já fosse motivo suficiente.
“Só eu via. O nome e o sangue criaram um peso enorme que ele teve que carregar, ele nunca teve escolha.”

No fim da aula andei de mãos dadas com ele pelo corredor. Suas mãos eram grandes e frias, de um jeito muito acolhedor.
- Vamos matar o resto das aulas?
- Não.
- Por quê?
- Se o Snape nos pega, nós vamos para a detenção. - Eu gostava do jeito como o 'nós' soava.
- Como se você não quisesse ficar lá sozinha comigo. - Eu corei – Vamos, por favor. - Ele usou o tom firme e persuasivo, era irresistível.
- Mas vão ficar falando...
- Eu achei que você, mais do que ninguém, fosse a que menos se importasse. Agora eu me pergunto se vai aparecer no baile, ou se vai me fazer dançar com você nos cantos mais iluminados onde todos veriam e não poderiam pensar nada além do que está acontecendo. Onde você vai poder exibir o sangue- puro que te arrepia só com olhar, como um cavalo. - Ele começou sério, mas logo só me satirizou.
- Eu não te exibo como um cavalo.
- Mas eu ainda te arrepio com o olhar.
- Calado.
- Vou dançar com você onde quiser, nos cantos claros e escuros.
- Sr. Malfoy, você quer ficar comigo em cantos escuros?
Ele riu e então sorriu, sabia que havia vencido.

E enquanto corríamos para o lado oposto à sala, ouvi-o dizer:
- É por isso que eu te amo.
Como eu poderia negar algo que ele quisesse?

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