The Aurors

Eu sou a razão.


Vejo vários aurores entrando na minha frente, impedindo que eu possa partir. É sufocante ficar presa naquele quarto no meio de tantas pessoas.

Por mais que elas estejam próximas de mim, eu me sinto longe de tudo. Sem ninguém. É perto de Adam que eu posso viver. Mas eu só quero ir pra casa para que possamos viver nossas vidas normalmente.

Depois de alguns minutos que passaram lentamente e silenciosos, ouço o som de três batidas na porta. Há uma pausa e batem novamente. Logo após outra pausa as batidas vem seguidas mais três vezes.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

April se dirige até a porta com a varinha em punho e abre o trinco. Com a porta entreaberta, olha para fora e sorri. E então a abre.

Vejo Adam apoiado no batente da porta, com o casaco de couro chamuscado e algumas cicatrizes no rosto. Seus cabelos castanhos escuros e bagunçados.

Seu olhar se encontra com o meu e não hesito em correr até ele, que me recebe de braços abertos.

- Adam! - Digo, apoiando meu queixo em seu ombro.

Solto-me e sorrio para ele.

- Eu estou aqui. - Murmura, afastando alguns cabelos do meu rosto e jogando-os para trás junto a trança. - Está tudo bem?

- Bem melhor com você aqui. - Digo.

- Eu pensei que estivesse junto com os outros. - Disse ele, acariciando meu rosto. - O que a trouxe aqui sozinha?

- Estive com eles. - Respondo. - Aposto que já sabe de tudo, não é?

- Eu sei que Klaus está nas mãos do Ministério. Acompanhei a tudo no semanário bruxo. Que ideia louca a de vocês! - Exclama ele. - E ainda não estou acreditando que Lawrence é o novo ministro.

- Você sabe que não é ele, não sabe? - Pergunto.

- É claro que sabemos! - Disse Cory, parando ao lado de Adam.

- Eu sempre desconfiei. - Respondeu-me Adam. - É por isso que não lhe disse nada da missão. Resolvi ir atrás de todos aurores desaparecidos. Íamos esclarecer tudo com Lawrence quando voltássemos.

- Você é maluco! - Digo, dando-lhe um tapa no ombro. - Não tem ideia do quanto fiquei preocupada!

- E você não tem ideia do quanto fiquei preocupado ao vê-la nas fotos do semanário junto aos outros atacando o ministro! - Ele me fitou. Seus olhos eram escuros, quase pretos. - Mas conte-me: por que está sozinha?

E então disse-lhe tudo. Desde quando fugimos do Ministério até a discussão no bar.

- Você não devia ter deixado-os. - Disse me ele. - Sabe como as pessoas são na hora de fúria. Ele disse aquilo no calor do momento. E é claro que eu estaria vivo. Você é a razão para eu estar vivo.

Subitamente Adam levou seus lábios aos meus, e deixei que ele prosseguisse com o beijo. Foi como se estivéssemos sozinhos, sem nada que pudesse nos impedir. Eu sou a razão.

Mas estávamos errados. Aurores nos cercavam nesse momento e em breve teríamos que enfrentar o falso Ministro e todos os quais trabalham para ele.