XXI

CAPÍ

Capí caiu em cima de Viny, e juntos, cairam na água do pequeno lago.

– Desculpe! – murmurou Capí.

– Sem problemas. – Viny respondeu enquanto o ajudava a se levantar.

Todos estavam molhados das cabeças aos pés. Capí percebeu que Índio olhava para o lugar como se já estivesse ali antes. Observou também uma ponte que ligava uma pequena ilha no centro do lago ao outro lado onde era, provavelmente, a saida dali.

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– Onde estamos? - Caimana perguntou.

– Estamos na caverna onde eu escondi a Bola de Cristal.

Eles olharam para Índio que olhava para a caverna com ar indagador.

– Tudo bem, precisamos sair daqui. Deve estar tarde e com toda a certeza do mundo, estão á nossa procura, afinal, fazem dois dias que estamos sumidos.

– Ele tem razão! – Viny falou.

– Mas temos um problema! – Índio interrompeu.

– Qual? - Capí perguntou.

– Estamos na floresta da escola! É impossivel sairmos daqui sem alguém para nos guiar.

– E como você veio aqui sozinho? – Capí perguntou. Era estranho saber que Índio já esteve em um lugar como aquele, mas não soubesse como veio.

– Eu não vim sozinho. – Índio disse na defensiva. – Umas plantas malucas me trouxeram aqui.

– Plantas malucas? – Viny perguntou. Ele olhou desconfiado para Índio. – Você não está usando algo que tenha efeitos alucinógenos, está?

– Não é hora para brincadeiras Viny! – ele rebateu.

– Quem aqui é maluco?

– Quem disse isso? – Caimana olhou para as paredes da caverna apavorada.

– Ora! Mas que garota insolente.... ei! Cuidado!

Caimana deu um passo para trás, mas parou quando a voz falou. Ela olhou para baixo e Capí seguiu seu olhar. Aos seus pés duas figuras humanóides de plantas estavam ali.

– Uau! São Planvitas! – Capí exclamou impressionado. Sabia que as pequenas criaturas existia, mas nunca tinha visto uma antes.

– Planvitas? – Caimana e Viny perguntaram ao mesmo tempo.

– Sim! Plantas Vivas! – Capí respondeu com naturalidade e se aproximando da planta viva mais alta. – Que linda!

– Obrigada! – a planta agradeceu. – Meu nome é Óka.

Ela cobriu o rosto com suas pequenas mãos, envergonhada com o elogio de Capí.

– Ei! Não chegue perto dela! – a outra planta, mais baixinha se aproximou. Usava óculos escuros e Capí se assustou com a sua agressividade.

– Mas... – ele protestou.

– Não temos tempo! – Índio interrompeu mais uma vez. – Temos que sair daqui Mandy e Óka!

– Perai! – Viny falou com um sorriso de deboche no rosto. – Os nomes deles são Mandy e... Óka?

– Sim, porque? – Mandy perguntou erguendo os punhos.

Viny olhou para Caimana e para Capí e, não se aguentando, começou a gargalhar. Capí e Caimana também não resistiram e acompanharam Viny.

– Caramba... Nunca pensei que dois nomes virariam piada!

– Já chega! – Índio falou de mal humor. Capí ficou sério no mesmo instante, não queria que eles brigassem logo agora, depois de tudo o que fizeram juntos. E Índio parecia não estar para brincadeiras.

– OK! Mas se eles caçoarem de nós mais uma vez, vai ter briga e não vou ter dó viu? – Mandy advertiu-os.

– Como nos acharam? – Índio perguntou.

– Longa história. – Mandy resmungou virando-se e andando com Óka ao seu lado na direção da floresta. A floresta estava escura e coberta por uma névoa muito densa.

Caimana e Viny pegaram as varinhas.

– Não! É melhor ficarmos sem luz! A floresta é um lugar perigoso e luz apenas fará com que sejamos localizados. – Capí advertiu-os.

– Localizados pelo quê? – Viny perguntou, mas Capí lançou apenas um olhar que fez Viny se calar no mesmo instante.

Eles baixaram as varinhas e seguiram o caminho. As folhas que seriam os cabelos de Mandy e Óka, brilharam intensamente e os guiaram pelo caminho todo. Depois de muito tempo eles chegaram á clareira que Capí conhecia há anos. Eles ouviram um barulho por entre os arbustos e pararam.

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– O que é isso? – Caimana perguntou.

– Não sei... – Capí respondeu atento. Estavam em uma area considerada segura. Não era possivel algo estar ali á espera deles.

De repente, uma sombra escura saltou do arbusto detrás de Índio e o agarrou. Eles se prepararam segurando as varinhas, mas perceberam que não precisariam dela.

– Meu lindinho, onde você esteve esse tempo todo? Estava morrendo de saudades e preocupação.

Índio tentou dizer algo, mas não conseguia. Estava sendo esmagado pelo abraço de urso de Annie, e seria dificil fazê-la soltá-lo.

– Annie? O que faz aqui? – Viny perguntou.

– Como assim “o que faz aqui?”? – ela disse ofendida. – Estou á procura de vocês é claro!

– Mas... nós apenas... – Caimana disse.

– Vocês são loucos? – ela perguntou largando, finalmente, o pescoço de Índio, fazendo-o arfar por ar. – Vocês sumiram do nada e aparecem aqui? Este lugar é muito perigoso! Alem disso, vocês estão muito encrencados! A escola toda esta á procura de vocês e a Zô não está nada feliz com esse desaparecimento repentino! Vocês devem algumas explicações.

Capí olhou aflito para os outros Pixies. Essa troca de olhar significava apenas uma coisa: Realmente estavam muito, mas muito encrencados.