O Livro Do Destino

O impossível de impedir


Quando cheguei em casa tentei pensar em um plano que eu conseguisse elaborar sozinha, mas ai notei que realmente iria precisar dos meus amigos, tive um estalo.

–Vou para a casa do Mike, ele pode me ajudar. Pensei

–Não! -Gritei voltando ao normal. - está próximo. Raciocinei, fiquei com raiva e tentei esquecer o que estava acontecendo.

Tive outro estalo, e sem querer me vi saindo de casa, virei a rua, mais três quadras e eu estaria na casa do Mike!

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Tentei me auto impedir, mas vi que não tinha mais controle.

–Meu destino deve estar tentando ajeitar as coisas. Pensei.

Quando tomei conta de mim de novo estava na frente da casa do Mike tocando a campainha. Assustei-me, mas o que mais eu poderia fazer para mudar o que já havia acontecido?

–Mike, atende a porta! Gritou a mãe dele de dentro da casa.

Do lado de fora eu estava falando “não, não atenda, Mike, Michael, não atenda” acho que estava ficando doida.

Mike abriu a porta e quase deu um pulo quando me viu.

–Julie? Perguntou.

–Pode me ajudar? Perguntei.

Ele abriu a porta.

–Entra. Falou achando estranho.

Fazia tempo que eu não o visitava.

–Mãe, a Julie está aqui. Falou Mike subindo as escadas.

–Oi, Julie, tudo bem? Perguntou a mãe dele saindo da cozinha.

–Tudo. Respondi.

O quarto do Mike estava todo bagunçado (como de costume) e deu para perceber que ele estava ensaiando algumas musicas na guitarra.

–Qual o problema? Ele perguntou.

–Hoje as pessoas que ficaram para recuperação vão entregar os exercícios, a secretaria vai ficar aberta de tarde, e de tarde só tem duas secretárias trabalhando. Falei.

Mike não pareceu empolgado com a novidade.

–Julie, tem certeza que quer fazer isso? Pense o seguinte: o livro está seguro com a secretária, se Amanda escreveu algo, isso vai acontecer e passar, depois seu destino está livre.

–Mas e se ela escreveu algo que pode influenciar o meu destino para sempre? Perguntei sentando em um pufe cheio de roupas.

–Ah, eu não sei. Ele respondeu.

Pensei um pouco.

–Você não precisa se preocupar o que tenha sido que a Amanda escreveu, você não sabe, vai achar que é Destino mesmo. Ele continuou.

–É que eu sei uma parte do que ela escreveu. Falei.

Ele sentou.

–O que ela escreveu? Perguntou.

–Não lembro. Menti.

Mike me encarou confuso.

–Você está realmente bem?

–Eu... Me aproximei dele.

Senti o estalo novamente, com muito esforço conseguir impedi-lo de me controlar.

–Preciso ir... e...

Ele me encarou assustado.

Saí correndo da casa do Mike sem dizer mais nada.