Shiroi Yama

Capítulo VI: Senhor Insensível


\"Shiroi Yama\"

Capítulo VI: Senhor Insensível


:: 19 de Março – 10 anos atrás ::

Takashima Kouyou sempre fora um garoto frio e calculista. Talvez, por isso, tivesse decidido seguir a carreira de detetive.

O loiro parou em frente ao prédio mais alto da redondeza, olhou-se no reflexo da porta de vidro. A camiseta branca e a gravata negra eram cobertas por uma jaqueta de couro de mesmo tom que ele logo tratou de tirar. Mirou as calças escuras e os sapatos pretos. Retirou os óculos escuros e entrou.

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O interior da construção camuflada de vidros era incrivelmente grande. Deletou de sua mente astuta o fato de que aquele lugar se parecia mais com um hall de hotel do que um prédio policial. Algumas poltronas e vasos de plantas eram espalhados pelo salão bem iluminado; havia até uma cafeteria! Kouyou estava indignado.

Caminhou a passos largos em direção a uma pequena mesa onde viu uma figura miúda de cabeleira vermelha.

— Ohayou. — Sua voz soara mais grave do que imaginara.

— Ohayou! Em que posso ajudá-lo? — Ele inquiriu, sorridente.

— Eu vim para...

— Ruki! — Sem dúvidas, Takashima odiava ser interrompido. A atenção do pequenino – que constatou ser Ruki – se voltou para um moreno, alguns centímetros mais baixo que o loiro, que caminhava arfante na direção de ambos.

— Com licença, só um instante. — Takanori pediu, saiu de trás da mesa e Kouyou viu como o ruivo era pequeno. O menor sinalizou para o outro, seguindo para um canto um pouco afastado de onde estavam. Takashima viu o moreno de lábios carnudos se desculpar ao levar um sermão, em seguida os dois se afastaram; Ruki caminhava de volta para sua mesa, e Aoi sumiu ao entrar no elevador e o mesmo fechar as portas.

— Gomen. — Matsumoto abriu um sorriso pequeno. — O senhor veio para...?

— Vim para o teste.


— Ah, sim. Claro. Por aqui. — Saiu novamente de trás de sua escrivaninha bem arrumada indicando o caminho para Kouyou.


Entraram em uma sala onde haviam três homens que o loiro desconhecia, já o quarto, era o mesmo que tomara um sermão do secretário. O quarteto conversava e nem sequer reparara na presença dos dois intrusos. Ruki bateu delicadamente os nós dos dedos contra a porta de vidro embaçada, chamando a atenção dos outros.


— Shiroyama-san, Suzuki-san, Takahashi-san, Kobayashi-san...


— Ruki! — Akira que estava sentado entre Aoi e Yune repreendeu o pequeno. — Nossos nomes devem permanecer em completo sigilo!



— Desculpe, Reita-san. Isso não se repetirá. — O ruivo abaixou o olhar constrangido. Kouyou só observava.


— É brincadeira, Taka! — O loiro riu diante do constrangimento do menor.



— H-hai... — Sua face ficara do tom de seus cabelos tingidos.

— Pode se retirar. — O homem que estava sentado ao lado de Eiji, na ponta da mesa, se manifestou, duro.



— Com licença. — Takanori saiu da sala ainda de cabeça baixa, a face rubra.


A sala mergulhou em silêncio. Kobayashi Hajime era realmente uma pessoa difícil de se lidar. Os outros três usavam roupas totalmente informais e pareciam não levar aquilo à sério, o oposto do amargo Hajime que usava um terno impecável e encarava Takashima como se este fosse uma aberração.


— Você é...? — O homem vestido de preto inquiriu.


— Takashima Kouyou.


— Errado! — Hajime bradou, socando a mesa e assustando seus colegas e primo. — Você é...?


— Uruwashi-kun?! — Akira se levantou de supetão ao reconhecer o rosto do outro, derrubando a cadeira no ato. E recebendo uma fuzilada furiosa de seu colega amargo.


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— Era assim que me chamavam na escola... — Kouyou disse, desinteressado. — Eu acho...


\"Que apelido fofinho!\" — Aoi riu em pensamentos.


— Suzuki Akira. — Reita sorriu. Os outros três apenas observavam, em silêncio.


— Prazer.


— Não, não. — Ele riu, sem graça. — Você não se lembra de mim?


\"Uruwashi-kun\" ergueu os olhos, tinha impressão de que conhecia aquele rosto antes, só não se lembrava daquela faixa no nariz do outro. Mas ele não conseguia raciocinar direito, a imagem do piercing de Aoi sendo mordiscado pelo mesmo não lhe saía da cabeça. Ele com certeza não estava em seu juízo perfeito. Não naquele dia.


— Ah, o macaco preto! — Reita enrubesceu. Seu passado era definitivamente negro, ele não seria esquecido tão facilmente. — Mas, mudando de assunto... Qual o teste?


Ao perceber que o assunto sobre os antigos tempos era uma \"banalidade\", Suzuki pegou sua cadeira e sentou-se novamente.


Takahashi Eiji indicou uma poltrona com a mão, fazendo um gesto leve, como se acariciasse o ar. Takashima sentou-se.


— Antes de mais nada... — O moreno entrelaçou as mãos sobre a mesa de madeira, sorrindo amarelo. — Qual seu nome, rapaz? — Era óbvio que Eiji já soubesse a resposta, o garoto falara o nome a apenas minutos atrás. Aquilo seria o começo do teste.


— Eu já disse, Takahashi-san. Meu nome é Takashima Kouyou.


\"Humph! Que moleque prepotente!\"— Kobayashi insultou o loiro em pensamentos. Quem ele achava que era pra falar daquele jeito com seu primo?!



\"Wow! Ele respondeu para o Yune!\" — Aoi riu, alegre, consigo mesmo.


\"Não começou muito bem, Kou. Já irritou Hajime...\"— Akira lamentou pelo amigo. Caso fosse aceito, sofreria nas garras do mais velho.


— Bem observado, Takashima-san, já sabe quem sou então? — Eiji sorriu. — Você é esperto. Agora, por favor, nos diga o seu poder, menino.


Oh, aquele homem só poderia estar de brincadeira! Não sabia com quem estava lidando. Kouyou não levaria aquele desaforo para casa, oh, não! Aquilo fora a gota d\'água para ele, fora chamado de menino na frente de terceiros e o pior de tudo, na frente de um ex-colega de classe. Sorriu maligno, um olhar sinistro percorreu sua face bem cuidada. Ato que não pôde ser notado pois sua franja lhe cobria o rosto.


— Vamos, moleque! Não temos o dia inteiro! — Bradou o homem vestido de preto.


— Poderiam me trazer... Uma cobaia...? — Ergueu a face, um sorriso falso nos lábios.


— Claro. — Eiji respondeu, bondoso. — Yuu, por favor... — Gesticulou levemente, Aoi meneou a cabeça e logo estava saindo da sala.


Minutos depois, vozes eram ouvidas no corredor que antes estava silencioso, aliás, uma voz era ouvida.


— Nah, Aoi-san, por que eu?! — Ouviram a risada curta de Shiroyama e logo após ele e Ruki adentravam o local.


— Obrigado por vir, Ruki-kun. — Agradeceu o anfitrião.


— Doita...


— Qual seu nome? — Esse seria o troco pela interrupção daquela hora, se bem que não fora ele. Mas, não importa!


— Matsumoto Takanori. — O ruivo respondeu com um \"quê\" de interrogação, as sobrancelhas erguidas.


\"Sonhe com os anjos, Matsumoto Takanori.\"— Takashima amaldiçoou.


— Mas pra q...? — Logo o pequeno parara de falar, ao mesmo tempo em que seus olhos perderam o brilho, ficaram vidrados. Ele assumiu a pose de uma estátua. Não se mexia.


— Ah, então você é um Ilusionista*? — Aoi perguntou, interessado. Já de volta a seu lugar.


O moreno não obteve resposta por parte do loiro. Apenas um sorriso desenhou-se na face alva.


Takanori, parado como uma estátua, apenas via as coisas ao seu redor acontecerem, não podia se mover. Estava ficando agoniado. Ouviu a voz do garoto a sua frente ecoar no fundo de sua mente.


De fato, aquele garoto não é flor que se cheire. O tom de voz zombeteiro fez com que os pelos da nuca do menor se arrepiassem. Seu segredo mais íntimo seria revelado?


~[ Sentiu-se ser envolvido por uma leve brisa carregada de más intenções, fechou os olhos automaticamente e ao abri-los, espantou-se. Já não estava mais na sala de comando. Estava parado em uma estrada de cascalho, com temperatura levemente fria. Viu o sol sob a montanha alta, coberta de gelo. Ouviu o som de água corrente, e ao se virar viu um pequeno riacho. Talvez estivesse alucinando. ]~



~[ Caminhou até o riacho e olhou dentro d\'água. Mas não pode ver seu reflexo. Ouviu vozes ao longe, virou-se. Viu a si mesmo e mais uma pessoa. Era Reita. Seu coração falhou uma batida. E estavam tão próximos, conversando. Ruki correu em direção a si mesmo e a imagem de seu amor platônico. ]~



~[ Mas por mais que corresse, nunca os alcançava. O ruivo corria e corria, gritava para ser ouvido, mas nada acontecia. Logo se cansou, decidi parar o ato que se tornou tão improdutivo e insignificante, talvez esse fosse o seu futuro. Ficar longe da pessoa que mais amava nesse mundo tão cruel. Pegou uma pedra da estrada de cascalho, e apertou-a fortemente, talvez pudesse descarregar sua frustração naquele objeto inanimado. Silenciou-se de modo que pode ouvir a si mesmo falando com Suzuki. ]~


— Aishiteru... Suzuki Akira. — O pequeno via, tristemente, seu eu movendo os lábios, proferindo palavras que ele próprio não teria coragem de dizer. Não teria coragem de se declarar a quem amava. Mas estava enganado.


Outra brisa, só que dessa vez, carregada de alívio, uma aura boa era transmitida.



Permitiu-se abrir os olhos mais uma vez, e viu-se novamente na sala. Olhos espantados miravam Matsumoto, em especial o loiro da faixa. Olhou espantando para o lado onde viu o sorriso maroto de Kouyou. Não estava entendendo nada.


— Wow, Ruki! — Aoi exclamou, embasbacado. O ruivo arqueou as sobrancelhas e pode jurar que havia um enorme ponto de interrogação pairando sobre sua cabeça avermelhada.


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— Ele não se lembra de nada. — Takashima disse, como se aquilo esclarecesse tudo.


— Então ele não se lembra que... — Shiroyama arregalou os olhos ainda mais, afinal, comparado a Kouyou que conseguia controlar os sentimentos alheios, controlar o gelo não seria de grande eficiência, seria?


— Absolutamente nada. — Ruki ora mirava o moreno, ora mirava o loiro, abria a boca, mas nenhum som era emitido. Olhou de esguela para o da faixa, e arrependeu-se. Viu o outro mirá-lo incansavelmente, quase não piscava os olhos. Também não seria exagero dizer que se abrisse mais um pouco sua boca, seu queixo tocaria o solo frio.


\"Então o secretariozinho desconhece o fato de que acabou de se declarar para Suzuki. Isso não é de grande eficiência.\" — Hajime menosprezou e cuspiu suas palavras venenosas sobre sentimentos tão puros de um jovem adulto que ainda estava descobrindo como era se sentir apaixonado. Que criatura insignificante Kobayashi era.


— Ja, Takashima-kun. Já que ainda não tem um \"nome\", por que não escolhe um? Afinal, vai precisar. — Eiji que até então se mantinha calado, manifestou-se subitamente. Deixando um Hajime perplexo e furioso; um moreno idiotamente feliz, já que poderia voltar mais cedo para casa; dois japoneses de cabelos tingidos continuavam alheios a tudo e a todos, e sustentavam olhares contra o chão, como se aquilo fosse a coisa mais interessante do mundo, juntamente com suas faces avermelhadas de vergonha; e um loiro de cabelos cor de mel extremamente convencido e cheio de si deixar que um sorriso formasse nos lábios tão bem desenhados.



— Que tal... \"Uruha\"?


[ ~ OooOooO ~ ]


Uruwashi – Bonito, lindo.


Ah, eu volteiiiiiii!!!! *-* *esmaga todo mundo*

Natal era terrível! Por quê? Porque era QUENTE! DD: x.x *apanha*


Obrigada por serem pacientes e esperarem por mim!! *0* *rola*

Então, o que acharam do capítulo? :D *medo*


Não esqueça do review!!!! Seu dedo não cai se você escrever um comentário de 4 linhas. Mas, se cair, relax, a gente costura! ;D soupobrenãotenhocola.oi

Mentchéra, não sei costurar Y-Y Mentira nojenta! /comofaz? D:


Nee, lembrando: Shiroi Yama atualizada a cada 2 semanas agora, hein. Gomen! Y-Y *se joga do penhasco*


Chega de lenga-lenga

Kissu


Postado em: 30/10/2009

(Feliz aniversário atrasado, Kai!!)