Laços que não se Rompem

II - Madrugada Entre Beijos e Chuva


Laços Que Não Se Rompem


Fanfiction escrita por Akahime



Capítulo II - Madrugada Entre Beijos e Chuva



Para minha vergonha, encontrei uma daquelas peças íntimas presas no meu cabelo espetado. Agora eu não sabia aonde enfiar a cara mais, acho que fiquei vermelho, roxo, verde, rosa... não, rosa não, rosa é coisa de viado, já basta o sem noção do Sai ficar me chamando de bichinha sem pinto... Ah se eu pego ele... Sorte dele o Yamato-taichou estar sempre por perto, o que acaba me impedindo de tacar um rasengan na cara daquele pintor branquelo. Eu não admito isso em público, mas olhar para o Yamato-san me dá calafrios... Morro de medo dele... Já tive até pesadelos com aquela cara de maníaco que ele faz de vez em quando, acabo acordando gritando: “Onegai, não leve o meu rámen embooora...” aí eu costumo cair da cama e bater a cabeça no chão. (Pois é, já falei como cair de cara no chão duro e frio não é novidade para mim...¬¬’ Mas isso não tem nada a ver com a situação em que estou agora, fala sério, fico lembrando de cada coisa...



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Voltando ao tema original dos meus devaneios, eu estava totalmente sem jeito, ali, na frente da minha menina, tentando, em vão, esconder aquele pequeno pedaço de pano preto que fora “acidentalmente” parar na minha cabeça. Eu não sabia o que fazer com aquele pedaço de pano, fiquei tentando descobrir aonde enfiava aquilo, até que senti suas mãozinhas delicadas tomando o tecido das minhas mãos, rindo baixinho. Olhei para ela, e percebi que mesmo rindo ela continuava corada. Não consego entender o porquê, mas fiquei ali, olhando para ela, rindo toda tímida, e fiquei imaginando uma pancada de coisas bonitas para falar para ela, mas mesmo me esforçando não consegui falar nenhuma delas em voz alta. Seu riso para mim era música, e eu meio que entrava em transe quando ouvia o som de sua voz doce e tranqüila.



- Naruto... Naruto-kun...



Era a voz dela me chamando para fora de meus devaneios. Sorri, passando a mão novamente pelos cabelos, virando para encontrar aqueles orbes perolados que eu tanto amava. Ela já havia sumido com aquele bendito pedaço de pano, e me olhava rindo, acho que fiquei olhando para ela com aquela cara de paspalho de novo, ela vai achar que sou louco ou coisa parecida. Senti suas mãos tocando meu rosto, forçando-me a olhar dentro daqueles olhos de feiticeira. Ela sorriu, corou e abriu a boquinha rosada, me dando novamente o som da sua linda voz.



- S-sabia q-que e-eu a-amo q-quando v-você m-me o-olha a-assim?



Ela gaguejava, mas tinha um sorriso tão lindo na face que eu quase desmontei no chão. Que poder é esse que as mulheres têm de fazer os homens se ajoelharem apenas com um simples sorriso? E que sorriso... Fiquei babando de novo, até que ela me abraçou e disse, quase encostando aqueles lábios carnudos na minha orelha.



- Você não vai me levar para casa? Preciso ir logo, ou meu otou-san vai ficar bravo comigo quando eu chegar lá...



Ela falava as coisas de uma maneira tão inocente e pura que percebi que ela não estava querendo me provocar ou coisa parecida, ela não demonstrava conhecer o poder que exercia sobre mim, era tão cândida a minha menina... Já eu, me sentia um lixo por não ser assim tão “inocente” quanto ela, só de sentir o hálito dela perto do meu pescoço já senti um calor louco me subindo pelo corpo, a adrenalina percorrendo meu corpo numa velocidade extraordinária, o coração parecendo tambor no peito... Concordei com a cabeça, tentando controlar meus instintos, que me diziam para agarrá-la ali mesmo e enchê-la de beijos até deixá-la sem ar, e me afastei um pouco dela, tomando um pouco de ar e fazendo meu corpo lentamente voltar ao normal.



Saímos da casa da Sakura-chan e começamos a caminhar. O ar frio da noite estava me fazendo bem, meu corpo já não estava tão quente quanto antes, o que facilitava a minha vida. Comecei a conversar com Hinata sobre diversas coisas. Sobre a vida, nossas infâncias, tristezas, desafios para frente... Em certos momentos eu ficava triste, rolavam algumas lágrimas, as minhas pelos pais que nunca conheci pessoalmente e pelo ero-sannin, as dela por ser ignorada pelo pai diversas vezes. Ela me consolava nas minhas dores, me abraçava com carinho, levando embora minhas lágrimas e sofrimentos do passado. Com Hinata tudo era repouso, paz e felicidade. Ela sorria, e o meu mundo se iluminava de repente, como se o sol entrasse no meu coração e aquecesse minha vida que antes era tão triste e solitária. E realmente era... Assim como seu nome, ela transformara minha vida num lugar ensolarado, sem nuvens para atrapalhar nosso amor. Naquele momento eu teria morrido feliz, por finalmente estar com alguém que me amava e me compreendia como eu nunca havia sido em todas as minhas 16 primaveras...



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Ficamos conversando e rindo, sobre tantas outras coisas que não me lembro mais. Falamos bobeiras, e também sobre coisas sérias. Mas não estávamos nos importando com o que falávamos... Nossos olhos sim, diziam coisas nunca antes proferidas por shinobi algum, e que nunca seriam ditas por mais ninguém. Não havia Uzumaki. Não havia Hyuuga. Ali era apenas eu e ela: Naruto e Hinata, curtindo a companhia um do outro.



Resolvi mostrar para ela um lugar especial para mim, um lugar que encontrei no dia que fiquei sabendo da morte de Jiraiya-senpai. Era um lugar próximo aos domínios dos Hyuugas, então não demoraríamos muito tempo ali, apenas queria ver sua reação olhando a paisagem. Era um jardim secreto, escondido entre as casas, aonde pouquíssimas pessoas em Konoha iam, e que a essa hora da madrugada ninguém iria nos atrapalhar. Ela ficou maravilhada com a variedade de flores, cada uma mais linda que a outra. Ela ia de flor em flor, sentindo o perfume de cada uma, parecendo um beija-flor em seu habitat natural. O meu beija-flor.



Deixei ela ali um pouco, observando de longe a alegria dela, que aquecia o meu coração. Eu queria vê-la feliz, e sabia que ela amaria o lugar, já que ela era tão delicada, sensível e linda quanto o mesmo. Esperei ela em cima de uma ponte, e fiquei olhando o reflexo da água. Nele podia-se ver com clareza a majestosa lua, que mesmo coberta por algumas nuvens mostrava todo o seu fulgor, iluminando o lago e transformando-o num lugar encantador. Ok, ok... Sei que estou meloso demais, e não pareço o mesmo Naruto, deve estar achando que sou um bushin do original, não é? Mas sou eu mesmo, apenas um pouco mais maduro e com certeza atordoado ainda com esse sentimento novo, não é todo dia que a gente se apaixona, né?



Fiquei olhando novamente o reflexo da água. De repente, percebi algumas movimentações na superfície. Estranhei, e olhei para o céu. Senti uma gota de chuva cair direto no meu olho, o que ardeu um pouco. Logo começaram a cair gotas cada vez mais grossas, o que me preocupou e muito, não queria que meu doce beija-flor se molhasse. Fui até ela, expliquei a situação e, sem pedir licença, peguei-a nos meus braços e corri para um lugar seguro e seco. Novamente aquelas sensações de ontem à tarde começaram a tomar conta de mim, mas me controlei para não derrubá-la. Era tão delicioso senti-la em meus braços... Concentre-se, Naruto, concentre-se!



Pulei o muro da Mansão Hyuuga, esquecendo a boa educação que NÃO pude receber de meus pais, por motivos de força maior, não me importando com guardas ou o quem mais houvesse ali para me expulsar dos domínios do clã dela, mas estranhamente não havia ninguém ali vigiando. Olhei para o céu e percebi o porquê, uma forte tempestade se armava. Sem perder nenhum segundo, corri o mais rápido que pude, até chegar à varanda do quarto da minha amada.



Depositei-a no chão, controlando-me novamente, eu seria um perfeito cavalheiro. Ela se virou, me encarando, sorriu novamente e se aproximou. Eu sentia aquele perfume de rosas novamente querendo me tragar e levar minha razão embora, querendo me fazer perder o pouco juízo que aprendi com Iruka-sensei. Suspirei, sentindo o corpo formigar. Ela chegou mais perto, beijou levemente minha face dos dois lados, e estendeu os lábios rosados em minha direção, fechando os olhos. Não agüentei. Abracei a minha menina com uma das mãos, levando a outra a sua face, e comecei a beijá-la, no ínicio calmo, aos poucos se tornando sôfrego e apaixonado. Eu nada conseguia sentir a minha volta, novamente era só nós dois ali. Minha mente viajava, sentindo o sabor dos lábios castos da minha princesa, do meu amor. Eu sentia o coração dela pulsando forte de encontro ao meu peito, e sabia que ela também sentia as batidas do meu, talvez até mais fortes. Fiquei gravando o cheiro dela na minha memória, com certeza disso eu jamais esqueceria.



Nos separamos finalmente, para tomar ar. Sorri para ela, e novamente a abracei. Olhei dentro daqueles grandes orbes perolados e falei o que eu tinha ficado a noite inteira pensando, mas sem coragem de dizer em voz alta.



- Eu não vou te abandonar nunca, quero sempre ficar junto de você assim, Hinata-chan. E eu não volto atrás no que eu digo, pois esse é meu jeito ninja de ser. Eu nunca vou desistir de você, passe o tempo que passar.



Ela sorriu, meu encantador anjo luminoso sorriu novamente, corando de leve esta vez.



- Também quero sempre estar ao seu lado, Naruto-kun...



Ela me abraçou de novo, e fiquei perdido nas sensações maravilhosas que iam tomando conta de mim com cada palavra que ela falava.



- Nos momentos tristes e nos felizes também... Eu prometo que vou lutar por nós, meu amor, e vamos ficar juntos para toda a vida.



Nos separamos, ela entrou no quarto e eu saí da varanda, preocupado em não arrumar nenhuma confusão para ela. De longe ainda pude vê-la me mandando um beijo. Sentindo-me leve, ao sair dos domínios dos Hyuuga comecei a sentir melhor a chuva, um velho hábito meu quando resolvo pensar. E eu tinha muitas coisas a decidir, primeiramente tinha que bolar um modo de fazer o meu futuro sogro me aceitar como legítimo genro. Fui caminhando, sentindo a água da chuva molhar meu corpo, levando meus pensamentos para longe, muito longe... Para junto da bela menina dos olhos perolados.



Continua...



Segunda feira tem mais...


Mereço reviews... ou não...



Beijos para todos! XD