Entre Dois Mundos
O garoto.
- Não sei Su, ele odeia seus livros. – disse Pedro.
- É verdade, péssima idéia. – disse Susana.
- Mas por que será que nosso pai não aprova Susana e eu? – se perguntou Lucia.
- Ele pensa que essas duas profissões não trazem o respeito. – respondeu Pedro.
- Respeito do que? – perguntou Lucia.
- Papai sendo general do exercito, conseguiu um grande respeito para a nossa família. E ele pensa que tendo uma escritora e uma veterinária como filhas, pode derrubar tudo que ele conseguiu. – explicou Susana.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Isso não é justo, ele tem que confiar em nós. Eu mesmo estou desconsiderando a idéia de ir para o exercito. – disse Edmundo.
- Não vamos mais falar de nosso pai, vamos conversar sobre outras coisas, como por exemplo: Lu, que tipos de animais você gosta? – a pergunta de Pedro pareceu animar um pouco Lucia.
- Todos os tipos, cachorros, gatos, passarinhos, tartarugas. Eu já vi um monte de animar, mas o animal que eu sonho em ver é um leão. – respondeu à caçula, um sorriso em sua face.
- Leão? Mas eles não são perigosos? – perguntou Susana.
- Nem todos. – respondeu Lucia, se virando para olhar a irmã. – Eu amaria conhecer um leão igual o Aslan.
- Lu, o Aslan é apenas um personagem. – disse Susana.
- Mas é o mais importante, foi ele que criou Nárnia. Eu gosto muito dele.
Os três irmãos sorriram com as palavras de Lucia.
- Imaginem se realmente fossemos para Nárnia. – disse Edmundo.
- Nossa! Seria demais. – exclamou Susana.
- Imaginem, conhecer os castores. Ver a criação de Nárnia.
- O que eu não daria pra ser Digory e Polly. – disse Pedro, sorridente.
- Ah, mas lembre-se da feiticeira branca. – disse Susana. – Ela deixou Nárnia e neve durante cem anos, imaginem aquele frio.
- E também seria horrível encontrar o Rabadash. Aquele cara, apenas de ler, dá pra imaginar como ele é. Nojento, possessivo. – disse Edmundo.
Batidas na porta interrompeu a conversa dos irmãos, Pedro foi atender. Era Helena.
- Um garoto esta na porta procurando por vocês. – ela disse.
- Que garoto? – perguntou Lucia.
- Não sei – respondeu Helena. – Vão logo, o garoto esta esperando. – dito isso, ela caminhou de volta para a cozinha.
- Quem será? – perguntou Susana.
- Só há um jeito de saber. – respondeu Pedro, já saindo do quarto.
Os quatro foram até a sala, onde sentando no sofá um menino os esperava. Ele era mais ou menos do tamanho de Edmundo, tinha cabelos e olhos pretos. Assim que viu os quatro irmãos, se levantou imediatamente.
- Olá. – disse Lucia, sorrindo.
- Prazer. – saudou o garoto, fazendo uma breve reverencia.
Um pequeno silencio se fez na sala. Os irmãos Pevensie não sabiam o que fazer e o, garoto tinha um brilho nos olhos.
- Ah. Desculpem-me. Não me apresentei. – disse o garoto. – Meu nome é Aslan.
O choque passou pelo rosto de cada um dos Pevensie. Os quatro ficaram surpresos ao saber que o nome do garoto, era o mesmo do nome do grande leão.
- Por favor, será que vocês podem me acompanhar? – perguntou Aslan, sorrindo timidamente.
- Claro. – respondeu Lucia.
- Lucia, nem conhecemos esse garoto. – sussurrou Susana para a irmã mais nova.
- Mas o que há de errado em acompanhá-lo? – sussurrou Lucia.
Pedro, Edmundo e Susana se olharam e os três assentiram. Lucia sorriu para Aslan.
- Aonde vamos? – perguntou ela.
- Para um mundo totalmente diferente deste.
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