I'll Always Come For You

Like a Satellite


Era uma manha comum quando Eva foi chamada na sala do diretor.

– Me chamou Dr. Kalouway ?

– Sim. Sente-se – disse o homem de maneira educada.

– Aconteceu alguma coisa ? – perguntou Eva ao se arrumar na cadeira.

– Não, eu só...estive te monitorando por um tempo.

– Me monitorando ? – Eva perguntou receosa.

– Sim. E tenho que fazer essa pergunta. Quando vai largar o trabalho ?

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– Como é ? – Eva pergunta sem entender.

– Quando vai entrar de licença ?

– Ah... bom ainda falta...

– Zambrano, eu sei que você quer ficar até o fim mas, você já está no oitavo mês. Eu estou preocupado.

– Por que ?

– Bom, eu não quero ser pego desprevenido. Eu não posso confiar que você vá fazer uma cirurgia e do nada você sente as dores do parto. Eu não quero correr riscos.

– Kalouway, acho que não será necessário... eu estou com tudo sobre controle, tá legal.

– Mesmo assim, vou te dar um prazo de quinze dias para poder se organizar antes de entrar em licença.

– Mas eu não quero...

– Pode fechar a porta quando sair.

– Mas Leon, eu não...

– Tchau, Dr. Zambrano.

Kalouway não quis levar o assunto muito adiante, não queria uma grávida enfurecida em seu escritório recém-reformando. Eva bateu a porta ao sair. A morena reclamou no seu expediente todo e ao chegar em casa foi direto reclamar com David, mas nem teve chances.

– O que aconteceu ?

– Precisamos conversar.

– Por que todo mundo resolveu querer conversar comigo hoje ? – perguntou ela revirando os olhos.

– O que ?

– Nada, o que foi ?

– Nos vamos ter que viajar.

– Por que ?

– Eva, nós vamos viajar porque eu quero que esse bebê nasça no campo.

– O que ? Está louco ?

– É sério, eu quero que ele nasça no campo. Eu já arrumei um casa na Carolina do Norte. Mike me ajudou.

– Não, nós não vamos para lá.

– Sim, nós vamos, e não quero que discuta comigo.

– David o que aconteceu ? Você quer me contar alguma coisa ?

– Não, é só o que eu tenho pra te dizer. Avise no seu trabalho que você vai sais de licença a maternidade. Amanhã vou na creche avisar a diretora de Troy e nós vamos para lá.

– Mas, David.

David chegou perto de Eva, segurou seu rosto delicadamente com a mão direita e falou com a voz mais branda e firme possível.

– Não vamos discutir. Por favor.

– Posso pelo menos saber o porquê ?

– Vamos esperar o Ethan nascer, certo ? Não quero que se preocupe com nada.

– Quando partiremos ?

– Daqui a uma semana.

– Tudo bem, eu posso me organizar.

– Ótimo.

David ia para a cozinha mas viu que Eva ficou preocupada.

– Evy. Confia em mim. Eu nunca deixaria nada te acontecer.

– Então me conta o que está acontecendo.

– Na hora certa, tá legal ?

– Mas já deixamos tudo pronto aqui... o quarto, o berço, eu não acho justo...

– Hey, nós vamos voltar, eu só quero ter certeza de que tudo vai estar bem para podermos receber o bebê.

– Sério que você acha que vou cair nessa ? David eu sou filha de um ex-capitão da marinha.

– Você não vai deixar essa passar, não é ?

– Não – Eva nega com a cabeça e se senta no criado mudo da sala.

– Tá legal – David respira fundo e vai até sua mulher já se dando por vencido – Só por favor não fique nervosa, está tudo sobre controle.

– Apenas me conte o que está acontecendo – ela segura sua mão.

– Eva, lembra do histórico de vida do Troy ? Aquele que a Marcela nos contou. Que o pai era um policial e que acabou morto na frente do menino ? Ele e a esposa ?

– Sim, mas isso já faz um tempo.

– Pois é, eu andei fazendo algumas pesquisas, e descobri que o cara que fez isso ainda está vivo. E ele tá atrás do Troy.

– O QUE ? – Eva se levanta de maneira brusca – David ! E-ele vai... por que ?

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– Eu ainda não sei ao certo. Mas fica calma.

– Como você me pede calma agora que sei que meu filho corre perigo você me pede calma ?

– Eva. Eu não pesquisei isso sozinho ! Lembra ! Tenho ajuda ! Mike vai nos ajudar. Ele conseguiu essa casa na Carolina do norte, fica em uma pequena cidadezinha. Enquanto estivermos lá, Mike e o pessoal vai procurar por ele.

– E se ele souber da gente e vier atras de nós ?

– Lembra da Detetive Rivari ?

– A do atentado ? Mas o que ela tem haver com...

David olhou para Eva de maneira intensa. Não precisou falar nada a mulher ligou os pontos.

– Não ! – ela nega com a cabeça – isso não pode ser verdade, isso não pode estar acontecendo. Por favor me diga que não é isso que estou pensando.

David olha para o chão, não queria encarar a sua mulher. Não teria nenhuma palavra reconfortante para dizer.

– David ! David, pelo amor de deus me diz que esse cara não está ligado com o atentado. Por favor. Meu deus ele vai matar o Troy. – Eva passa a mão nos cabelos enquanto chora – Mas o cara disse que queria vingança por sua esposa que faleceu. O que isso tem haver com o Troy ? Meu deus ele vai matar meu filho.

– Ele não vai encostar um dedo no meu filho, em nenhum deles, ou em você .

– Me conta essa historia direito, por favor.

– Prometa que vai tentar se acalmar.

– Anda logo !

– As pesquisas que fizemos. Foi que Riley e Gabriel eram policiais, ambos cabos da policia militar. O que descobri assim no grosso era que Troy estava com seu pai em um pequeno bar quando um cara o matou com tiros a queima roupa, Riley que estava no banheiro correu para ajudar o marido quando tomou um tiro na cabeça.

– Tá mas o que isso tem haver com o atentado e com o Troy ?

– Depois que fui mais afundo na pesquisa descobri que o cara que matou os pais dele, era integrante traidor da policia, eles desviavam armamentos para os bandidos, ela era quem fazia as transições. Enquanto ele cuidava do transporte e retirada. Foram os pais de Troy que descobriram, teve troca de tiro, a mulher fui para o hospital mas não resistiu. O cara então ficou doente por vingança, começou a traçar sua ideia macabra. Ele sabia que o – Troy estava no hospital internado, e de alguma forma acabou descobrindo que você se tornou a mãe dele.

– Mas ele morreu, ele não sobreviveu aos ferimentos.

– Ele morreu. Mas ele deixou um seguidor. Parecia ser filho de um de seus amigos de trafico.

– Agora esse desgraço que pegar o meu filho ?

– É por isso que precisamos sair daqui. Mike e Detetive Rivari já estão trabalhando nisso. Alex vai nos escoltar. Nós vamos ficar lá até o bebê nascer.

– E será o suficiente ?

– Sim.

– Como pode ter tanta certeza ?

– Porque eu tenho um batalhão inteiro protegendo as três pessoas mais importantes da minha vida. E porque eu mesmo vou me certificar de que ele não vai fazer mal a vocês.

– Você vai junto ! – Eva não pediu estava desesperada não queria que David ficasse na linha de frete ao fogo.

– Eu vou, estarei lá quando o Ethan nascer, mas virei para Miami algumas semanas antes, só por precaução.

– E como vai ficar a minha família ?

– Todos serão vigiados, inclusive o apartamento de Jack.

Horas depois David conseguiu fazer Eva pegar no sono. Já eram três e meia da madrugada quando o homem se levantou, foi até a lavanderia, abriu um pequeno feixe entre o teto e o telhado, e pegou uma pequena maleta. Ele pegou uma arma calibre 22 a carregou com balas e foi dar uma volta ao redor de sua casa. Ligou para Mike e autorizou a equipe a cobrir a casa num perímetro de 100 metros.

No dia seguinte Eva foi acordada por David. Ele queria levar a esposa e o filho para a casa dos sogros para poder explicar a situação e deixa-los por algumas horas até que conseguisse resolver todos os problemas da creche de Troy, trabalho e outras coisas mais. Cora ficou devastada quando soube de tudo. Os pais de Zambrano cogitaram manda-los para a Inglaterra. Mas Eva afirmou que não seria necessário. Em menos de uma semana Eva já havia empacotado algumas coisas que levaria na mudança. Ela estava no quarto de seu bebê quando Rivari entrou segurando um celular.

– Tudo pronto ?

– Sim – Eva dá um longo e pesado suspiro.

– Regina, não fique preocupada. Nós vamos pegar esse cara.

– Eu só queri poder ter pelo menos um mês normal, sabe ? Sem atentados, familiares no hospital por tomar tiros ou gente querendo matar o meu filho.

– Depois disso eu te prometo que você vai ter uma vida normal, sem mais balas ou explosivos ou sangue... só os das pessoas que você vai salvar em seu trabalho, e eu te prometo que vai ser da maneira mais normal do mundo. Pode ficar tranquila, vou rastrear esse homem igual a um satélite

Ela lhe lança um sorriso, Eva sorri de maneira fraca.

– Acho que já podemos partir.

– Ok. pode ficar sossegada que vou cuidar muito bem da sua casa, não vou deixar que esses sujos emporcalhem sua residencia, passarei vassoura todos os dias.

– Obrigada.

– Só estou fazendo o meu trabalho.

Eva não costumava pensar na parte ruim das coisas, e mesmo em meio essa gravidez tão desejada ela não conseguia pensar em outra coisa se não na segurança de Troy. E mesmo sabendo que faltam menos de dois meses para a chegada de Ethan, ela não conseguia ficar ansiosa, não como estava antes de saber que a vida de seu outro filho corre perigo. Mal sabia Eva que o seu destino já estava traçado. E mal sabia ela que aquele não seria nem de longe o ultimo acontecimento chocante em sua vida