Emma e Jefferson

Na manhã seguinte Emma acorda com um barulho vindo da cozinha, David tinha ido ao hospital mais cedo, Troy e Henry estavam dormindo, quem seria ? A loira se levanta e sem fazer barulho caminha até o corredor, ela coloca a cabeça para fora da quarto, o barulho logo é localizado, ela caminha até a cozinha, ela esconde o corpo e espia de mansinho pelo canto da porta. Ela não sabia que era Jefferson. O rapaz se vira para pegar um copo e se assusta com Emma e seus cabelos emaranhados.

– Aahh !! – ele deixa o copo cair.

– Ahhh – por impulso Emma também grita.

– Ahh !! Emma que susto mano – ele coloca a mão no peito.

– Jefferson... o que faz aqui ? – ela passa a mão no rosto.

Enquanto isso no quarto dos meninos...

– Quem é ela ? – perguntou Henry com apenas os olhinhos amostra encima da cama.

– Eu não sei – sussurrou Troy – quando eu acordei, estava na sua cama e ela estava ai.

– Ela está se mexendo... – Henry bate no braço de Troy – ela vai chorar ! Faz alguma coisa.

– O que ?

– Qualquer coisa, rápido.

– Ah... tá, me ajuda a subir na cama !.

Henry se agacha e Troy sobe nas costas do menino para poder subir na cama.

– O que vai fazer perguntou Henry.

– Você disse para fazer alguma coisa, estou fazendo alguma coisa. – Troy arrasta a menina para perto dele e com algumas dificuldades ele coloca a menina em seu colo – vai me ajudar ou ficar olhando ?

– Espere ! – Henry puxa a cadeirinha e sobe nela, Troy o ajuda puxando pela calça do pijama – Obrigado.

Já na cozinha...

– Você brigou com a sua mãe ? – Emma perguntou incrédula.

– Sim – Jeff responde triste.

– Tá aí uma coisa que eu pensei que nunca iria acontecer.

– Ela pirou quando viu a Charlotte.

– Poxa Jeff, tente intender o lado dela, também, você não é casaco não tem namorada e de repente aparece com um bebê.

– Eu sei, eu sei que vocês pensam que foi irresponsabilidade minha, mas seria ainda mais se eu não assumisse o bebê, eu errei mas quem nunca errou ?

– Olha você está passando pela mesma situação que eu passei. Eu sei como está se sentindo, ter um filho assim sem esperar, não é fácil, mas você precisa provar ao contrario, precisa provar que é responsável, você pode fazer isso.

– Eu não consigo, eu não tenho um emprego fixo, não tenho casa, eu não tenho como cuidar de um bebê, mas eu não vou devolve-la.

– E eu falei para você devolve-la ? Se você quer essa coisa então corre atrás, porque ninguém vai vim dar para você de bandeja, não espera as coisas caírem do céu, a vida não é um conto de fadas, se você quer uma coisa, então lute por isso, eles vão sentar e esperar pela sua queda, mas se você conseguir serão obrigados a aplaudir de pé.

– Mas eu seu tivesse pelo menos um emprego digno.

– Eu posso te ajudar com isso. Tenho um amigo que talvez te ajude, gosta de madeiras ?

– Como é ?

– Conheço um cara que está precisando de alguém para ajuda-lo a fabricar marionetes.

– Eu topo tudo... to precisando de dinheiro.

– Certo – ela ri – eu vou ligar para ele depois de levar os meninos para a creche.

– Está quieto não ? – Jeff pergunta tomando um gole de seu café.

– Quieto até demais – Emma se levanta da cadeira e vai até o quarto.

Ao abrir a porta do quarto...

– Shiii – os meninos pedem silêncio.

– O que estão fazendo ? – Emma sorri e pega a menina no colo.

– Ela ia começar a chorar, dai o Troy acalmou ela. – disse Henry.

– Tio Jeff ! – Troy pula nos braços do rapaz.

– Hey !!

– O que faz aqui ?

– O seu tio vai morar aqui por enquanto. – respondeu Emma olhando para o rapaz.

– Legal ! Quem é ela ? – Troy usa os dedinhos.

– Meu bebê – respondeu Jeff beijando a bochecha do sobrinho.

– Como ? Você não tem namorada ! – Henry faz careta.

– A história é longa, vamos se arrumar para ir para a creche ?

Enquanto isso no hospital...

– Hey Mike, como se sente ? – David estava sentado ao lado do amigo.

– Pronto para outra – Mike dá um sorriso.

– Que bom, preciso de você no meu casamento.

– Então vai mesmo acontecer ?

– Vai – ele sorri.

– Pô cara até que fim né ? Precisou eu tomar tiro para você fazer isso logo. – ele ri.

– Foi mal.

– E como anda a patroa ?

– Está com catapora, mas fora isso ela está bem.

– Hey eu tive um sonho, estranho.

– Como foi ?

– Por algum motivo, você era rei, e estava fugindo com uma camponesa, eu estava ajudando vocês a fugir, cara que sonho louco.

– Até em sonho você me ajuda – David ri.

– Pois é... cara e o menino ? Seu filho ? Eu nunca vi essa criança.

– Eu posso trazer ele para cá se você quiser ?

– Não, hospital não é lugar de criança. – ele sorri – mas quando eu e você voltarmos para o esquadrão eu quero conhece-lo, e contar para ele tudo o que você me aprontou.

– Te mando uma foto, não a necessidade de você conhecer o Troy pessoalmente – David ri.

A enfermeira entra no quarto.

– Desculpe senhor, mas já está na hora do Mike tomar a medicação dele.

– Tudo bem, eu já estava indo mesmo. Tchau Mike, melhore rápido, amanhã eu estarei aqui de novo.

– Ah não ! Todo dia – ele brinca – ok espero você.

Já no apartamento de Eva e Jack...

– Como está a catapora ? – Jack pergunta olhando para o espelho junto com Eva.

– Melhor, já está sumindo e a sua ?

– É... já não coça tanto, acho que o banho de aveia resolveu – elas riem.

– Vou sair hoje com o David.

– Mas o seu rosto ainda tem algumas bolinhas...

– Maquiagem...

– Deus do céu, tenho dó do David quando casar com você e acordar e vê você sem maquiagem.

– Eu não sou tão feia assim.

As duas vão para cozinha.

– Madeleine fala para a Jack o quanto eu sou bonita. – reclamou Eva ao se sentar na mesa.

– A sua irmã é linda.

– Viu... espera irmã ?

– É... vocês não dizem que são irmãs...

– Ah é mesmo.

– A menos que você não me considere mais como irmã Eva Regina ! – Jack cruza os braços.

– Eu não disse isso Jackline... ciumenta.

– Talvez eu não teria ciumes se você me desse um pouco mais de atenção.

– Vai começar – Eva toma um gole de suco.

– Vai começar nada, você sabe que é verdade, faz tempo que eu não sei o que é assistir TV com você.

– E o que fizemos ontem a noite ?

– Só fizemos aquilo porque a Madeleine nos juntou ! Poxa, você não liga mais para mim.

– Santo deus, e o que eu faço esse tempo que ficamos juntas ?

– Sério que você chama isso de dar atenção ? Nós não bebemos mais juntas.

– Graças a deus por isso – Madeleine fala baixinho.

– Não dormimos na mesma cama, não comemos pizza no telhado nem se quer amolamos o Hook. Agora você vai casar e esquecer de mim.

– Eu nunca vou esquecer de você, e prometo que mesmo casando com o David eu vou dormir com você e nós ainda vamos fazer a barba do Hook.

– Você promete ? – ela faz beicinho.

– Sim, vem cá – Eva puxa a cadeira, e abraça Jack.

– Que meigo – Madeleine sorri.

Já na mansão Zambrano...

– Graham me passa a manteiga – pediu Ruby.

– Pegue.

– Obrigada.

– Geralmente o café da manhã é alegre...

– Pois é né...

– Talvez se sua mãe não tivesse batido no rosto da Eva e não tivesse mandado o Jefferson embora dessa casa... quem sabe. – Henry toma o café

Os três filhos olham diretamente para Cora que não tem reação nenhuma.

– Então... Graham, vamos ao centro ? – Belle tenta quebrar o clima.

– Claro, Ruby você quer vim com a gente ?

– Uhum... eu tenho que comprar algumas coisas.

– Vamos ? – Belle se levanta da mesa.

– Agora – Ruby e Graham se levantam da mesa e vão para a garagem.

Henry essa manhã não sentou perto de Cora como de costume, as coisas não andavam muito bem entre o casal bem antes da chegada de Charlotte. Eles seguiram com o café desse jeito, logo depois Henry se levantou e foi para o jardim onde se sentou perto do antigo parquinho onde seus filhos brincavam. Cora ficou em seu escritório tentando trabalhar no seu novo livro mas tudo o que conseguia pensar era em Eva e Jefferson, ela relembrava o tapa que deu em Eva, e como se não fosse o suficiente ela via a pequena “latina” de sua irmã Lilah, ela batia na pequena Eva, no seu bebê de dez anos, e fazia seu pequeno chapeleiro chorar, ela olha para frente e vê um quadro com a foto d família, nele estava Graham, Eva, Ruby, Belle Jefferson, e Henry. Eva e Jefferson estavam sorrindo. Ela abaixa a cabeça.

– Parabéns Cora, faltando três dias para o seu aniversario você conseguiu acabar com a paz e essa casa. – ela mesma se repreende.

Durante a tarde Henry evitou Cora, ele não queria ao menos escutar a sua voz, de todas as coisa que sua mulher fez essa era a pior delas, Cora simplesmente tomou decisões que cabiam ao dois tomarem, e ele estava a ponto de brigar e feio com a sua mulher, o casamento estava abalado mas eles não deixavam isso transparecer. E a única coisa que ele espera era que Cora não tentasse falar com ele, não naquele momento.

Madeleine estava de volta em casa, ela sabia que a situação não estava muito boa, ela queria ajudar, e a primeira pessoa que ela viu foi Henry.

– Não acha que está um pouco velho demais para brincar aqui ?

– Oi Madeleine – ele sorri.

– O que faz aqui ? – ela se senta.

– Pensando...

– Então vamos pensar.

– Posso te perguntar uma coisa ?

– Claro.

– Se você tivesse um marido e visse que as coisas não estariam muito bem entre você e ele o que você faria ? Tentaria concertar as coisas ou ficaria quieta ?

– Eu não sou casada. Então não posso te ajudar nessa – ela sabia que se respondesse que tentaria arrumar as coisas iria piorar o lado de Cora – próxima pergunta.

– Meu casamento está desmoronado e ela não faz nada para tentar ajeitar as coisas Madeleine.

– Henry, não está sendo fácil para ela também.

– Precisava ela ter feito aquilo com os meninos ? Precisava ela ter batido na cara da Eva ?

– Ela estava nervosa, todos nós temos os nosso dia estressante.

– Eu nunca cheguei em casa brigando ou batendo em ninguém por causa do trabalho. E não é só isso. Eu não sinto mais aquele amor por ela.

– Epa ! Espera ai ! Ela é a sua mulher e vocês trocaram votos de casamento, não vai me dizer que tem outra nessa história.

– Não...

– Henry, eu te conheço há muito tempo.

– Tem uma, mas não aconteceu nada.

– Henry !

– Não aconteceu nada, mas é que... sei lá, o jeito que ela me trata, estou sentindo falta disso com Cora. Agora ela só quer saber de trabalhar, nós não precisamos trabalhar tanto quanto antigamente.

– De mais uma chance, tente ser diferente, ela vai notar que você quer salvar esse casamento.

– Eu não sei.

– É só uma fase, vai passar, não desista, agora que a Eva vai casar, e o Jefferson tem uma filha você vai querer deixar essa família desmoronar ? E não é só por eles dois, tem os outros também, a Ruby vai ser uma futura produtora musical, eu vi Belle escrevendo, o Graham está quase conseguindo ser piloto, você passaram por tantas coisas juntos não deixe que essazinha atrapalhe tudo – Madeleine estava mesmo tentando ajudar.

– Ok, eu faço tudo isso que você falou, mas e ela ? Não faz nada ? Um casamento é feito com duas pessoas e parece que essa outra está pouco ligando para o rumo que ele vai tomar.

– Eu vou falar com ela, não se preocupe.

Já David e Eva estavam no mais puro amor.

– Sabia que e te amo ?

– Ah é mesmo ? O quanto ?

– Do tamanho do oceano, mais o céu e as florestas.

– Eu também te amo.

– Evy o que foi ? Você está muito triste, é por causa da briga com a sua mãe não é ?

– É... eu acabei dizendo coisas que não foram muito legais.

– Seu coração está ferido, e não há nada que eu possa fazer ?

– Não, desta vez não.

– Vem cá, vamos ao parque, talvez eu encontre alguma coisa que coloque um sorriso nesse rosto lindo.

– Seu sorriso é o motivo do meu. – ela o beija.

– Bela tentativa mas nós vamos assim mesmo – David pega a namorada pela cintura.

– Ah David eu quero ficar em casa...

– Não, você precisa de ar fresco.

– Desse jeito ?

– Você está linda e nem dá para perceber que você está com catapora, vamos .

E David consegue arrastar Eva para o parque.