Do I Wanna Know?

Prólogo


Eu estou cansada de ser a ovelha negra dessa família de certinhos. Foi a ultima coisa que eu disse antes de sair daquela casa infernal.

Sinceramente, por quanto tempo eles iam me criticar até estarem satisfeitos? Não é como se eu semprefizesse bagunça, quer dizer, já passei um ano em um colégio sem ser expulsa.Um ano!Você sabe oque é ficar na mesma escola por um ano para Annabeth Chase? É um milagre.

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E se sou responsável o suficiente para sobreviver um ano na escola então sou responsável o suficiente para me sustentar sozinha.

Errado.

Eu mal sei lavar roupa e meus dotes culinários estão mais para desastre natural do que para bom.

E foi por isso que me veio a brilhante ideia de ter um colega de quarto. Quer dizer, ele pode fazer tudo isso para mim, ele pode cozinhar, lavar roupa e ser meu mordomo pessoal. Pronto, o plano podia ter sido perfeito...

Se eu não tivesse arranjado um colega de quarto igual a Perseu Jackson.

Certo, ele sabe cozinhar, lavar roupa e ainda por cima é lindo. O.k., eu não estou me expressando direito, ele não é simplesmente lindo, ele é o sinônimo da perfeição, do tipo que me faria levantar do meu sofá – oque seria mais um milagre na vida de Annabeth Chase - só para chegar nele e perguntar “Ei, gato, você vem sempre aqui?”sem nenhuma vergonha na cara.

Só que ele é a pessoa mais misteriosa e mal-humorada do mundo inteiro, quem sabe (tá, eu estou exagerando). Ele está em um grau elevado na escala da esquisitice e gostosura, porque não posso negar, Percy Jackson é o cara mais esquisito e gostoso que já conheci.

Mas de qualquer jeito, aqui estou eu em seu ninho de rato que ele chama de apartamento com duas malas pesadas e um metro e cinquenta e oito centímetros como aliados para tentar me ajudar em vão contra o peso.

É claro que certo alguémpoderia ter me ajudado a carregar as malas, mas esse certoalguémestava ocupado demais rindo da minha tentativa inútil de subir as escadas com aquele peso extra nas mãos.

–Uau, você é mesmo muito fraquinha – Disse o senhor perfeição com um sorriso irônico. Me limitei a olhar feio para ele, e mostraria o dedo do meio se minhas mãos não estivessem ocupadas.

–Você podia pelo menos me ajudar!

–Err... Não, obrigado – Falou com ironia – oque já se tornou normal já que sarcasmo é a única coisa que sai da boca dele, tirando as provocações - e adentrou o recinto azul. Ah sim, eu esqueci de falar, o apartamento dele era quase todo azul. Mas já que estamos falando do Percy, isso é totalmente normal.

Bem, o chão não era visível pela quantidade de lixo que tinha nele, e as mobílias e as paredes eram todas azuis. Acho que a única coisa que não era azul naquele lugar era a TV que se encontrava grudada na parede, de frente para o sofá.

Coloquei as malas perto do sofá e me sentei no mesmo. Como foi mesmo que eu vim parar aqui? Bem, quis mostrar aos meus pais que sou responsável.

E esse ganha o prêmio como plano mais idiota de Annabeth Chase.

Me levantei, arrastei meu corpo quase morto a procura da geladeira mais próxima e, depois de andar pela casa toda a procura da maldita cozinha, eu finalmente achei. Só não esperava encontrar um individuo sem camisa nela.

Percy estava na cozinha, encostado no balcão, vestindo nada mais do que uma calça skinny preta e bebendo uma lata de Cola - Cola. Como sempre sua expressão não revelava nada do que ele estava pensando e isso estranhamente me irritava. Odeio não saber das coisas e Jackson parecia ser a personificação do mistério.

Mas eu com certeza descobrirei mais sobre ele. Isso é uma promessa.