Pouco tempo depois, ouvi batidas na porta do quarto, mas não disse uma palavra, esperando a pessoa ir embora.

- Amu, sou eu. – Ouvi Ikuto. – Por favor, me deixa entrar.

- Sai daqui. Eu quero ficar sozinha. – Gritei.

- Ikuto-kun. – Minha mãe disse do outro lado da porta. – Acho melhor você dar um tempo para a Amu se acalmar.

- Hai... Amu, só quero que saiba que eu te amo e que nunca vou me casar com alguém que não seja você.

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- Duvido muito. – A voz do pai dele apareceu. – Quem está pagando o tratamento da mãe da Amu sou eu.

- Você não faria... – Ikuto disse.

- Ah, sim. Eu faria.

Me levantei e fui até a porta, já não aguentava mais ouvir aquilo. Abri a mesma e me virei para Ikuto e seu pai, mandando-os ir embora.

~♥~

Semanas se passaram e, pelo o que eu soube, o casamento seria no próximo dia, já que era o último dia de aula antes das férias de meio de ano.

Eu estava na aula olhando pela janela quando vejo Ikuto em um galho me observando. Ele deu um sorriso e eu corei instantaneamente, ainda não sei porquê isso acontece, mas todas as vezes que nossos olhares se encontram eu coro, mas ele está noivo agora e eu estou completamente bem sozinha... Não é?

Bom, a Utau me convidou para ir no casamento, mas eu não sei se vou conseguir vê-lo se casando com outra, principalmente se essa “outra” for a minha PRIMA. Sim, minha prima, Ikuto iria se casar com a minha prima. E o pior era que ela não o amava, e sim um amigo meu.

Logo as aulas acabaram e eu fui para casa. Como em todos os outros dias, Ikuto tentou falar comigo, mas eu o ignorei novamente. Quando cheguei em casa fui direto para o quarto e me joguei – literalmente – na cama. Me levantei novamente e fui procurar uma roupa, para o caso de resolver ir para a festa.

Fui despertada dos meus pensamentos quando ouvi meu celular tocando. Corri para pegá-lo e olhei o identificador para ver quem era e logo me espantei: era Makoto, o amado da minha prima, Kumi.

Suspirei e atendi.

- Moshi, moshi? – Perguntei. – Makoto?

- Ah, Kon-nichiwa, Amu-chan. – Ele disse. – Você vai no casamento amanhã?

- Não sei... – Respondi, pensativa. – Não acho que vou conseguir encará-lo em um altar com outra.

- Hm, etto... Você quer ir comigo?

De repente ouvi o barulho de algo caindo e um grito. Larguei o celular no chão e corri em direção à cozinha. Quando cheguei, vi minha mãe se contorcendo no chão.

- Mãe! – Gritei, correndo em sua direção. – Aguenta firme, eu vou chamar a ambulância.

- Amu-chan... – Minha mãe ofegou, segurando meu braço. – Espero que seja feliz... Vá ao casamento amanhã e o impeça... Por mim e por você mesma, onegai.

- Mama... – A observei sorrir e fechar os olhos. – Mama!

Peguei o telefone, liguei para o meu pai o mais rápido possível já chorando igual a uma condenada.