- O que houve, graçinha? - Um deles perguntou. – Levou um fora do namorado?

- Que tal se divertir com a gente? – O segundo se pronunciou.

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- Nã...Não, eu...já estou de saída.

- Eh? Não, você ficará aqui.

O primeiro me prendeu contra a parede e arrancou metade dos botões da minha camisa.

Eu chorava sem parar, imaginando o que eles fariam comigo. Reuni todas as minhas forças e gritei a primeira coisa que veio na minha cabeça:

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- Onii-chan!

- Amu! – Ouvi Ikuto.

Ele chegou em poucos segundos, parando ofegante na entrada do beco.

- Amu... – O azulado disse, correndo na minha direção.

Ikuto jogou o homem para longe, batendo no outro logo em seguida e deixando-o ao lado do primeiro.

- Você está bem? – Ele perguntou, se abaixando e colocando o casaco em meus ombros.

Fiz que “sim” com a cabeça, mas logo o abracei e comecei a chorar.

- Eu estava com tanto medo. – Falei entre soluços. – Achei que não fosse mais te ver.

- Calma. Eu estou aqui e vou te proteger custe o que custar.

- Por que você beijou aquela garota?

- Ah, aquilo. Ela disse que se eu a beijasse uma vez me deixaria em paz. Eu não esperava que você aparecesse naquela hora.

- Ikuto... – Sussurrei. - Eu te amo.

Meus sentimentos vieram á tona assim que ele me salvou. Percebi que queria estar ao seu lado, que o amava, que estava me enganando ao pensar que me preocupava com ele pelo simples fato de ele ser o Onii-chan.

Ele sorriu e logo após disse:

- Eu também te amo, Amu. Eu também te amo... Acho melhor irmos. Eles podem acordar a qualquer momento.

- Hai. – Falei.

Ikuto se levantou, estendendo a mão para que, assim, eu me levantasse. Me desequilibrei ao levantar, mas ele me segurou antes que eu caísse.

- Cuidado. – Ikuto deu um sorriso calmo. – Vamos?

- Claro. - Retribui o sorriso.

Ele estendeu o braço e eu o segurei, procurando arranjar forças para ficar em pé.

Quando chegamos em casa, meu pai veio logo em minha direção, chorando.

- Amu-chan! Por que você demorou tanto?

- Gomen ne, papa. Eu estava esperando o Ikuto.

- E por quê está com o casaco dele?

- Ah, isso? – Perguntei. – Eu...Ahn...Senti frio e ele me emprestou seu casaco.

Ele não pareceu muito convencido de que era verdade, então puxei Ikuto e o levei até meu quarto.

- Vire-se. Vou trocar de roupa. – Eu disse ao entrarmos.

- Hai, hai... – Ele aceitou, virando de costas para mim.

Coloquei um shorts com uma blusa azul-claro e um para de chinelos.

- Pronto, Ikuto. Já pode se virar.

- Hai. – Ele disse se virando e chegando mais perto de mim. - Então... Você sabe que estamos sozinhos aqui, né?

- Sim. – Respondi.

- E que eu posso fazer o que eu quiser, certo? – Ikuto perguntou, me imprensando contra o armário.

- O-onde você quer chegar?

Ele se aproximou de mim com um sorriso pervertido no rosto, o que me fez corar. Quando dei por mim, estava beijando-o. Aos poucos meus olhos se fecharam e me entreguei ao beijo.

Abri um pouco meus lábios, dando passagem para sua língua, que explorava, com intensidade, cada canto da minha boca.

Nos separamos em busca de ar e Ikuto logo sorriu, sendo retribuído logo em seguida.

- Vamos descer? Seu pai deve estar preocupado.

- Ha...hai.

Descemos e vimos meus pais no sofá com um casal que devia ter a mesma idade deles conversando animadamente.

- Ah, Ikuto-kun, Amu-chan, que bom que chegaram. Nós estávamos esperando vocês. – Minha mãe falou.

- O que estão fazendo aqui? – Ikuto perguntou.

- Isso é jeito de tratar os seus pais? – O senhor perguntou.

- Viemos para lhe dar uma ótima notícia, filho. – A mulher indagou.

- E qual é essa ótima notícia? – Ele disse ironicamente.

- Você vai se casar com a filha de um sócio meu.

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- O que? – Perguntei, talvez alto demais. – Ah, g-gomen. Eu não devo me meter em assuntos familiares. Bom... – Falei abaixando a cabeça para esconder as lágrimas. – E-eu estarei no meu quarto.

- Amu... – Ikuto disse.

Me virei e passei por ele sem dizer nada. Abri a porta do quarto e me joguei na cama, sem me importar com qualquer pessoa ou coisa que estivesse por perto.