Revenge Of Lorien

Capítulo Seis


Caio mais uma vez no chão, já estou exausta, mas Malcolm parece ter disposição para mais. Ele está me ensinando a lutar sem armas, mas a força não está ao meu favor, literalmente. Sou baixinha e além disso sou fraca, embora consiga me desviar de seus golpes com agilidade.

– Harley, se você continuar deitada assim o mog não vai demorar para lhe matar, ele não espera até que se levante. - ele diz bagunçando seus cabelos loiros

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Eu tento falar, mas tudo está doendo e a preguiça tende a comandar nessas horas.

Ele me ajuda a levantar e eu caio por cima dele.

– Me carregue servo. – comando com as pálpebras baixas, eu realmente preciso dormir, foi um dia longo.

Malcolm apenas ri e me ajuda a caminhar até meu quarto onde ele me deixa na cama.

– Não precisa vir para o jantar, ok? – ele diz e beija minha testa.

Fecho os olhos e durmo por algumas horas, eu realmente precisava desse sono, pois quando acordo me sinto outra pessoa.

Scott está me olhando com aqueles olhos curiosos o que me faz pular para trás e soltar um grito.

– Você é maluco! – exclamo enquanto me sento na cama.

– Não sabia que ia provocar essa reação toda. – ele dá de ombros.

Tenho que me lembrar de dar um soco no olho dele mais tarde.

– O que você quer? – resmungo deitando novamente e colocando o travesseiro em cima da cabeça

– Nada. – ele dá de ombros.

– Deixa eu ver se entendi. – levanto a cabeça. – Você me acordou do meu sono de beleza para me dizer que não queria nada?!

Scott novamente dá de ombros.

– Sim e...Isso era um sono de beleza? Porque não funcionou muito, você devia tentar novamente.

Bufo e jogo um dos intermináveis travesseiros da minha cama na cara dele enquanto ouço sua risada distante. Como ele chegou ao corredor tão rápido?

Volto a me deitar um pouco, mas depois de alguns minutos começo a ficar com fome e levanto da cama, olho para o relógio do lado de minha cama, já são onze da noite, provavelmente Malcolm deve ter achado um quarto para Scott e ambos já estão dormindo.

Visto um robe e pantufas de gatinhos brancos, saindo do quarto silenciosamente. Está extremamente frio e vazio, não há luz nenhuma no caminho o que me deixa em total escuridão, caminho mais um pouco no escuro, apalpando as paredes para me guiar até que vejo a luz da cozinha ligada, provavelmente Malcolm trabalhando.

Sem um ruído, vou até a cozinha e atravesso a porta, o que encontro é alguém de costas, mas não é Malcolm, pois era uma figura morena. Quando se vira percebo que é um jovem, provavelmente com a mesma idade que eu, por volta dos dezesseis ou dezessete, cabelos castanhos escuros e olhos castanhos, ele está falando no telefone com alguém e preparando algo, provavelmente um chocolate quente, quando se vira para o lado em que estou, ele arregala os olhos e, em um piscar de olhos, ele é Scott, o menininho que vive conosco.

Balanço a cabeça, estou alucinando mesmo.

– Harley? Achei que estivesse dormindo.

– Falou bem, estava. – dou de ombros sentando-me na mesa, ele se despede de quem quer que ele estivesse falando no telefone e desliga, servindo para nós dois chocolate quente. – Quem era?

– Cuidado, está quente.

Eu sei. – digo ficando levemente nervosa. – Mas não troque de assunto, quem era?

Ele para um instante, bebendo de sua caneca, reviro os olhos e arranco a caneca dele.

– Ei! – exclama.

– Responda e ganhe sua caneca de volta. – cantarolo bebendo um gole de seu chocolate quente.

– Eu fiz um para você também. – ele fala tentando recuperar seu chocolate quente, enquanto o afasto.

– Responda a minha pergunta. – peço novamente.

– Mas... – protesta.

– Sem "mas", responda a minha pergunta. – levanto o nariz arrogantemente.

Ele suspira.

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– Minha tia. – finalmente responde. – Ela achou que eu tinha morrido.

– Você fugiu de casa?

– Mais ou menos. – ele dá de ombros e pega sua caneca de volta.

Bebemos em silêncio e quando ele acaba sorri para mim e se levanta.

– Boa noite, Harley.

Sorrio de volta.

– Obrigada, Scott, digo pelo chocolate quente.

– Não há de que. – ele vai em direção a porta, mas então lembro de uma coisa.

– Você tem algum amigo ou irmão mais velho?

– Por que, está precisando de um namorado? – ele implica.

Reviro os olhos e balanço a cabeça.

– Não, só queria saber. – o momento em que aquele garoto apareceu, me deixou em choque, eu não poderia simplesmente ver coisas.

Scott finalmente vai embora me deixando sozinha na cozinha, repouso minha cabeça na bancada e em um minuto estou dormindo.

Em meu sonho vejo um rapaz loiro de olhos cinzentos e pele pálida correndo de diversos feixes de luz com um homem de cabelos ruivos e olhos verdes. Ambos correndo lado a lado, eles viram em um beco sem saída e tenho vontade de gritar para que corram antes que os mogs sejam, pois a esse ponto consigo perceber que o garoto é lorieno.

Quando os mogs se aproximam o loiro respira fundo e levanta a mão começando a levitar, as nuvens acima deles começam a se juntas criando uma grande tempestade,diversos raios começam a cair, alguns atingindo os mogs que estavam os cercando.

Quando todos estão mortos, o garoto loiro cai no chão exausto, seu

Cêpan corre ajudando-o a se levantar, ele diz essas exatas palavras.

– Corra.

De repente vejo uma onda de mogs se aproximando começando a atirar

– Não. – exclama o homem firmemente.

Ele levanta o garoto e o joga contra uma janela, quebrando-a, mas colocando o garoto dentro da casa.

– Corra, Cinco e, por mim, não deixe de treinar e de viver, encontre os outros e vingue Lorien. – a voz e fraca.

A face do homem para em um sorriso orgulhoso ao ver o garoto correr para longe. Mas de repente, seus olhos se arregalam e a boca forma um perfeito "O", quero gritar um "NÃO!", mas é um sonho, não posso fazer nada a não ser assistir.

Acordo suando, ambos Scott e Malcolm ao meu lado, os olhares preocupados em minha direção me fazem perceber que de fato gritei o "Não".

– Hey. – chama Malcolm me envolvendo em um abraço. – Está tudo bem, vai ficar tudo bem, nada vai te machucar.

– Ele morreu. – digo trêmula, lágrimas escorrendo por minhas bochechas.

– Quem, quem morreu Harley? – pergunta ele cuidadosamente.

– E-eu não sabia seu nome. – respondo gaguejando.

Ele resolve não perguntar, apenas me ajuda a levantar e me guia até o sofá da sala de estar deitando minha cabeça em seu colo acariciando meus cabelos.

– Foi igual ao de Seattle? – ele pergunta baixinho.

Eu assinto com a cabeça e ele sorri para mim secando as lágrimas.

– Não precisa se preocupar, daquela vez você não precisou, por isso não precisa agora. – sua voz é calma e carinhosa.

Malcolm é o mais próximo que posso ter de um pai e ele sempre me tratou como sua filha, e eu na maior parte das vezes o trato como um pai.

– Vamos falar sobre esse sonho mais tarde, ok?

Faço um sinal afirmativo com a cabeça fechando os olhos.

– Malcolm. – murmuro, me lembrando de uma coisa. – Eu vi o Número Cinco.

Vejo seus olhos se tornarem levemente sombrios, lembrando que toda essa guerra, mas depois eu apago, continuo exausta, mesmo tendo dormido.