You Belong With Me

A história se repete


– VOCÊ É UM INCOMPETENTE! – Poseidon gritou para Apolo.

– Eu tive de escolher! Era Percy ou os demais! – Apolo exclamou.

– ACHA QUE EU LIGO PARA OS DEMAIS?! – Poseidon agarrou Apolo pela colarinho e o empurrou contra a parede. – NÃO PODEREI FAZER ABSOLUTAMENTE NADA PELO PERCY POR SUA CULPA! SEU IMPRESTÁVEL!

– CHEGA! – Zeus gritou.

O Olimpo tremeu. Poseidon estava segurando as lágrimas e quase que enfiou seu tridente no tórax do sobrinho. Todos os deuses estavam em armadura grega, os gêmeos estavam melados de sangue dourado, o sangue dos eternos.

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– Hermes, alguma notícia sobre Hera? Eólo disse algo? – perguntou Zeus impaciente.

– Ah sim... – Hermes disse ao telefone. – Certo... hum... obrigado Belona. – ele desligou o telefone. – Eólo disse que alguns de seus ventus viram o Argo II a caminho do Acampamento Meio-Sangue. Hera estava aborto juntamente com o tal do Octavian.

– O que Belona disse? – Hades perguntou.

– Ah, ela conseguiu conter o Acampamento Júpiter e livrar os Romanos do controle de Hera. Jason Grace está chorando feito um bebê por ter matado... bem, vocês sabem. – disse Hermes.

– Reyna foi brava. Poucos semideuses Romanos na situação dela teriam coragem de tomar a mesma posição. – Ártemis destacou.

– Discutiremos isso depois! – Dionísio interrompeu. – Aquele esquelético do Oito está indo para o MEU acampamento atacar os MEUS imprestáveis campistas!

– Bom saber que você os ama. – Hefesto provocou.

– Alguma notícia de Annabeth, Hermes? – Atena perguntou.

– Ah sim... er... – ele conferiu o celular/caduceu. – Quíron não disse nada, ela ainda não chegou ao acampamento.

– Cães infernais não demoram a se movimentar tanto assim! – disse Afrodite.

– Tem mais de uma hora que ela partiu do Júpiter, já deveria ter chegado ao Meio-Sangue. – disse Ártemis.

– Hades? – Atena chamou.

Hades revirou os olhos e se concentrou.

– Não há nenhum cão infernal chamado Sra. O’Leary nas sombras. A cadela do Jackson chegou ao seu destino há uma hora. E sua filha está tão viva quanto você! – o senhor dos mortos respondeu, impaciente.

O rosto de Atena ficou pálido. A deusa havia proposto para Annabeth ir morar no Olimpo, poupando a filha dos amigos, mas da mesma forma, salvando a vida de muita gente; já que no ano anterior, Hera estava tentando controlar as emoções de Annabeth para que ela cometesse uma chacina no CHB. Havia dado “benção” a própria filha e ao estúpido do Jackson para que os dois pudessem se sair bem em batalha, derrotassem Alabaster e Minos e com isso, se livrassem do controle de Hera. Havia assumido uma filha de Belona como sua para que os Gregos não desconfiassem dos Romanos e iniciassem a Segunda Guerra Civil. Atena havia feito tantas coisas para salvar a vida da filha no último ano, muitas delas sem que Annabeth entendesse e agora ali estava segurando o medo, pois temia pela morte de sua menina.

– Algo está errado. – disse Apolo.

– Notou agora? – disse Afrodite.

– Não, eu estou falando sério. – Apolo franziu o cenho. – Eu sinto que há algo de errado!

Os treze Olimpianos se entreolharam, Héstia estava perto do fogo, como sempre.

– Ártemis, conte novamente como foi lá. – Atena pediu.

– di Angelo conseguiu convencer Febo e Diana a virar Apolo e eu. Não me perguntem como ele conseguiu, mas o importante é que conseguiu. Quando chegamos ao Acampamento Júpiter... o lugar estava um verdadeiro caos! Zhang e McLean estavam à beira da morte, Jackson e Grace duelavam sem parar para respirar, numa luta que parecia mais Ares X Marte. – Ártemis disse meio em choque com as memórias. – Levesque e Valdez também estavam por um triz e Chase não estava em lugar nenhum.

– Quer pular a parte chata e ir direto para os finalmente? – Ares reclamou.

– Apolo conseguiu cegar os Romanos por tempo o suficiente para conseguir salvar Zhang, Levesque, Valdez e McLean e então os roxos continuaram a atacar. – Ártemis continuou.

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– Você podia ter feito algo! – Poseidon gritou para Apolo.

– Não tinha como fazer algo! Se eu continuasse ali os Romanos atacariam, não importa se eu tivesse 3 metros de altura ou não! Estavam estranhos. Hipnotizados! Eu TINHA que tirar os meninos dali! – Apolo exclamou.

– E levá-los para casa de Frederick Chase foi o melhor que você conseguiu pensar? – Atena perguntou em tom de censura.

– Era o único mortal que morava perto que eu tinha certeza que cuidaria dos meninos! – Apolo disse estressado. – Então eu os levava até a casa do pai da sua filha e os salvei da morte! Se as Parcas quiserem me devorar depois dessa, tudo bem. Mas não ia deixar que acontecesse uma Segunda Guerra Civil! A primeira foi o bastante para me deixar farto dessa briga estúpida entre Gregos e Romanos.

Os deuses ficaram calados. Apolo nunca levava nada a sério. E lá estava ele levando aquele assunto a sério.

– Consegui impedir que Octavian espancasse Annabeth. – disse Ártemis. – Mas então Hera apareceu e eu não pude fazer nada. Eu nem sabia que Hera era boa lutando, talvez por a ter subestimado é que fui derrotada. Quando dei por mim, os Romanos estavam amnésicos olhando para Belona. Annabeth havia sumido e bem, vocês já sabem quem morreu.

Hades e Poseidon trocaram olhares.

– Reyna conseguiu fugir da luta. – Héstia disse juntando-se aos demais. – Ela implorou a mãe por ajuda. Foi sensato da parte dela, mas ao mesmo tempo difícil. Os líderes Romanos não abandonam seu exército no meio de uma luta, o que deve ter sido a coisa mais grega que Reyna fez em toda sua vida. Implorar que a mãe aparecesse e salvasse os Romanos do controle de Hera.

Novamente silêncio. Ártemis se lembrava de ver a Sra. O’Leary chegando e Annabeth pulando nela e partindo pelas sombras. Atena achava que a filha fez isso para ir ajudar o Acampamento Meio-Sangue, porém nada. No acampamento Grego, Rachel havia convencido Quíron e senhor D a seguirem o plano de Nico e todos os campistas estavam a postos para enfrentar o Argo II e Octavian. Todos os deuses concordavam com Atena, Annabeth iria SIM para o CHB tentar ajudar os amigos, mas havia horas que Sra. O’Leary havia saído das sombras e nenhum sinal de Annabeth em nenhum dos acampamentos. Hades tinha certeza de que ela ainda estava viva, o que era um bom sinal.

– Não estamos aqui para discuti à bravura de Reyna. – Hefesto lembrou.

– Temos que impedir que o Argo II desembarque no acampamento e aniquile os Gregos. – Deméter os lembrou.

– Mas como? – disse Hermes. – Nem Zeus está conseguindo rastrear o navio!

Os Olimpianos entraram em discursão. Alguns foram tomando partidos, outros dizendo que era um absurdo Hera ainda não está no tártato jogando bingo com Cronos. O resto queria eliminar o Argo II juntamente com os semideuses dentro e que se ferrasse o lado Romano, Hera não podia chegar ao Grego e dizimar os campistas. Estranhamente, Apolo estava quieto enquanto Atena discutia com Poseidon.

– CHEGA! – Apolo gritou.

Todos (incluindo Héstia) olharam para ele assustado.

– Irmã, como Annabeth estava vestida? – Apolo perguntou, sério.

– Desde quando isso é relevante? – disse Ártemis.

– Ah é sim querida! Relevante e importante! – Afrodite sorriu.

– Ártemis, responda. – Atena disse entendendo o raciocínio de Apolo.

– Com um vestido branco. Decote V e costas nuas. – Ártemis respondeu ainda sem entender nada.

– Descalça? – Atena perguntou .

– Sim. – Ártemis respondeu.

– E o cabelo dela como estava? – Apolo perguntou.

– Pelo visto o solzinho do Teletubbies quer trocar de lugar com a Dite e virar Apola, a deusa da moda! – Hermes sussurrou para Dionísio, que caiu na risada.

– Ao natural com alguns fios de ouro... qual é a relevância disso? – Ártemis franziu a testa.

Apolo e Atena trocaram olharas assustados. Zeus então entendeu a situação.

– O nome do Percy é Perseus. – disse Zeus.

– Eu sei os nomes dos meus filhos! – Poseidon disse, rabugento.

– Eu sabia que tinha algo de errado! – Apolo exclamou levantando do trono. – É meio óbvio... quer dizer, para um autor é algo óbvio por isso que é óbvio para mim, pois sou patrono das artes! Hera quer recriar a salvação de Andrômeda!

Metade riu e a outra metade não entendeu.

– Recriar a salvação de Andrômeda? – riu Ares. – Aquele moleque nem tem a cabeça da Medusa para fazer isso!

– E tem mais! Poseidon tem Cetus bem guardado. – disse Deméter.

– Andrômeda e Perseu tiveram um “final feliz”, algo que Hera não quer para Percy e Annabeth. – Héstia os lembrou.

– Não veem? – disse Apolo. – Aí é que está o X da questão!

– Odeio matemática! – Afrodite revirou os olhos.

– Hera quer recriar uma das poucas histórias com final feliz da antiguidade. – Apolo disse. – Só que dando um final shakespeariano. Matando os protagonistas e deixando o mundo em caos.

– Seu filho era meio retardado Apolo, e gostava de uma maconha... – Ares disse sobre Shakespeare.

– Isso não vem ao caso! Atena gostava de Andrômeda e Annabeth é filha de Atena! – disse Apolo.

As fofocas começaram. O acampamento Romano estava em choque e com um cadáver para tomarem conta. O Grego se preparava para enfrentar Hera, enquanto Annabeth estava sumida.

– Me chamem de espuma do mar e me mandem para Urano. – Afrodite disse estupefata. – Apolo foi inteligente o suficiente para desvendar os planos de Hera?! Hoje neva na África!

– Manera no drama. – Hefesto disse impaciente.

– Deus patrono das artes! Escrita É uma arte! – Apolo respondeu.

– Me chamem de Bruna Surfistinha e me mandem pro cabaré da Afrodite, Apolo pensou nisso ANTES de Atena?! – Ártemis disse extremamente surpresa.

Cochichos surgiram de todos os locais e até Zeus entrou na conversa.

– Silêncio! Vocês estão me dando dor de cabeça! – disse Hades.

– Eu sei onde Annabeth está. – disse Atena.

– Onde? – Héstia e Deméter perguntaram.

– Aquele penhasco perto do Acampamento Meio-Sangue. – Atena virou-se para Poseidon. – Há uma igreja abandonada ali, Hera é a deusa do casamento, é perfeito para ela, já que está em seu próprio território! E é perto o bastante do mar para que o Argo II pouse, porém é escondido o bastante para que os Romanos não sejam visto pelos meninos do acampamento. Octavian guiará os Romanos pela mata e usarão a escuridão da noite ao seu favor. Enquanto Hera estará no penhasco no papel de Cetus para matar Annabeth.

– E o que estamos fazendo aqui? – disse Hefesto. – Vamos impedir isso e mandar aquela vadia pro tártaro!

– Hefesto, olha como fala da sua mãe! – Zeus o repreendeu.

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– Pai, honestamente, só o senhor não vê que ela é uma vaca! – disse Ares.

– Eu tenho um plano. – disse Atena. – Ares, vá com Dionísio e Hermes proteger o Acampamento Meio-Sangue. Ártemis venha comigo. Preciso de você para deter Hera. Hefesto, faça uma cadeira igual aquela para prender a vaca da sua mãe novamente. Deméter, Héstia, fiquem de olho no Olimpo. Pai, eu creio que os Romanos estão abalados demais e só irão ouvir um deus: Júpiter. Exija paz entre os Romanos e os Gregos. Hades... seja complacente, fale com as Parcas e veja no que dá.

– E eu? – Apolo e Afrodite perguntaram.

– Afrodite, vá à casa de Frederick Chase, busque os meninos e os traga para cá. Passe no Júpiter e pegue Reyna e Jason. Apolo... creio que você precisa ter uma pequena conversa com Nico di Angelo. – Atena disse, séria.

Todos os deuses desapareceram. Ficando apenas Héstia, Atena, Deméter e Poseidon. Atena foi falar com o tio.

– Tem algo que eu não entendo. – Poseidon disse coçando a barba. – Annabeth é muito inteligente... porque ela iria ao encontro de Hera sabendo que irá morrer?!

Atena fitou os próprios pés. Sua filha tinha sido racional, como sempre.

– Por que ir até Hera e ser morta, é a resposta para o fim do sofrimento. Se Annabeth morrer, Hera poupará a vida do seu filho. – disse Atena.

– Afrodite estava certa. – ele disse depois de um longo minuto de silêncio. – Eles se amam mesmo.

– Paz? Por nossos filhos? – ela disse mesmo com seu ego ferido.

– Paz. Por nossos filhos. – ele concordou.

No Acampamento Júpiter, Jason chorava nos braços de Reyna, que fazia carinho no cabelo dele e cantava uma canção de ninar em latim. Ele não se importava mais em ser forte na frente dos demais, não ligava para mais nada. A única parte boa era que Piper estava sã e salva, viva e forte, longe dali. Mas perto do rio estava o cadáver. A camiseta laranja estava molhada até a metade pela água, já que a parte inferior estava dentro do rio; à parte de cima estava melada de sangue, porém seca. As memórias doíam na mente de Jason, durante toda sua vida ele havia matado monstros, mas nunca um meio-sangue. E muito menos alguém tão legal quanto aquele rapaz.

Jason se lembrava de tascar a espada na cabeça de Percy, de chutar seu rosto e de lhe dar socos. Algumas partes estavam meio apagadas da sua memória e ele adorou isso, porém, as coisas das quais ele se lembrava... ele atacara os amigos de Piper! Eram Gregos, mas Piper também é Grega. Se Jason foi capaz de ser controlado por Hera para matar os semideuses Gregos... será que Piper ia querê-lo depois da morte daquele que era considerado um dos melhores espadachins do Acampamento Meio-Sangue?

Jason saiu dos braços de Reyna e caminhou até o corpo, chorando e o abraçando, implorando por desculpas. “Matar alguém é um fardo muito forte, monstros são diferentes.” Reyna lhe disse alguns anos atrás e pela primeira vez ele entendeu o que ela queria dizer. Aquele não era mais Jason, o perfeito pretor filho do poderoso Júpiter. Era apenas um adolescente de quinze anos chorando a morte de um amigo, alguém que ele assassinara.

– Levante essa cabeça garoto. Homens Romanos não choram. – disse Júpiter.

O deus e seu terno risca cinza, com a barba bem aparada e aquele olhar de tempestade que dava arrepios, estava com a mão no ombro do rapaz, forçando um sorriso.

– Senhor Júpiter... – Jason engoliu as lágrimas.

– Não vim aqui para falar com você menino. – Júpiter disse e virou-se para Reyna. – Vênus irá levar vocês dois para o Olimpo. Ela está do lado de fora do acampamento, aguardando. Enquanto isso... deixe que eu tomo conta do acampamento Romano.

– Sim meu senhor. – Reyna disse fazendo uma reverência.

– Senhor Júpiter? – Jason chamou. – Há alguma forma de... trazê-lo de volta?

– O senhor Plutão é muito severo em relação a isso, rapaz. Sem exceções. Mas lembre-se que Minerva sempre tem um plano. – Júpiter disse, fitando o acampamento.

– Não podemos deixá-lo aqui, Reyna. Ele precisa de uma mortalha, no mínimo. – disse Dakota sobre o cadáver.

– Cuide disso. – disse Reyna. – Vamos Jason, Vênus está nos esperando.

Jason olhou para a noite. As estrelas brilhavam intensamente no céu, a constelação da Caçadora estava se destacando das demais, a lua cheia estava tão linda que dava inveja, o ar quente e reconfortante, os grilos faziam seu trabalho e pareciam extremamente felizes com isso, música era ouvida vinda da cidade; música boa, o que piorou o astral do acampamento. A natureza e os mortais estavam em festa, isso tudo era tão errado. Até o som do mar dava para ser ouvido. O que dava remorso a Jason, se não fosse por ele, Percy...

A memória o dominou. Percy estava rastejando no chão, lágrimas nos olhos, mas ainda assim, expressão séria e corajosa. Jason levantou a espada para dar o golpe final, quando o rapaz se jogou na frente de Percy e recebeu a espada. Ele caiu morto no chão, sem palavras finais, sem um adeus nem nada. Apenas teve seu corpo ultrapassado pela espada de Jason. Octavian havia sido rápido também, ele sequestrara Percy para o Argo II em nome de Hera enquanto Jason estava em estado de choque olhando para o corpo do amigo morto.

A natureza estava bela, como se não houvesse havido uma batalha, como se nada de ruim tivesse acontecido, era como se fosse só mais uma noite normal no Acampamento Júpiter e ainda assim, tudo estava errado. Por que ali, na beira do rio para onde Percy havia rastejado prestes a ser morto... Nico di Angelo se fora.