Coração

Capítulo Único.


“O que é esse tal coração?”


Orihime fora a única pessoa que não sentira medo dele, se sentia, sabia escondê-lo muito bem. Quando fora capturada e colocada sobre os “cuidados” de Ulquiorra, ela não sentiu medo. Ele não conseguia entender de onde a ruiva tirava toda essa coragem e fé em seus companheiros, não conseguia entender o que a fazia ter esperança de que seria salva, e muito menos essa história do seu coração estar com eles. Isso não fazia sentido. Afinal, para ele, o coração não existia.


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“O que é esse tal coração?”


Quando soube que essa seria sua batalha final contra Kurosaki Ichigo, não pôde medir o quanto estava ansioso. Finalmente poderia vencer e acabar com esse mero shinigami que o atazanava desde sua primeira aparição no mundo real. A hora de por um fim nisso tudo havia chegado, e quando viu Ichigo caído ao chão, totalmente sem forças, pensou que finalmente havia vencido. Mas ao ver a “mulher” á beira das lágrimas chamando o nome do shinigami, o que sentiu em sua boca foi o horrível gosto da derrota.


“O que é esse tal coração?”


Ele não havia vencido o ruivo. A diferença de poder era enorme, Ulquiorra era obviamente melhor e mais forte que o garoto-hollow, até já o tinha matado uma vez, mas esse poder não foi o suficiente para garantir sua vitória. Talvez ele sempre soubesse – no fundo – que nunca o venceria. Afinal, Kurosaki Ichigo tinha uma coisa que ele não compreendia.


“O que é esse tal coração?”


Até aquele momento, nunca soube o que era ter um coração. Até aquele momento, ele nunca soube o que era ter sentimentos. O coração para ele era algo desconhecido e abstrato, uma coisa totalmente desnecessária. Ele não entendia porquê os humanos acreditavam tanto nele, nem porquê faziam juramentos dele, ou porquê viviam dando importância á ele. Mas assim que estendeu a mão na direção da ruiva, ele entendeu. Quando sentiu o leve toque dos dedos pálidos de Orihime, ele obteve a resposta para sua pergunta.


“O que é esse tal coração?”


O coração era um órgão vital, mas, além disso, representava os sentimentos; ele representava tudo aquilo que tornava alguém “humano”. Todas as coisas boas, todas as esperanças e sentimentos bons eram guardados nele. E, ao ver lágrimas nos olhos daquela “mulher” que tanto queria matar por todo esse tempo, ele entendeu: Orihime sempre fora o seu coração.


“Agora eu sei. Isso que tenho na palma da minha mão... É o tal coração.”

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.