Stay Strong - HIATUS

É culpa do Castiel


Caralho, porque só acontece merda nessa porra de vida?! Tá, admito, me descontrolei, o Lysandre é lindo, perfeito, maravilhoso, um pedaço de mau caminho, mas... Ontem mesmo eu estava beijando o Armin, essa coisa de beijar um cara em um dia e outro no próximo, sinceramente não é para mim. Estou me sentindo uma Debrah – tradução = vadia!

Empurrei ele com todas as minhas forças e limpei minha boca com a manga do casaco. Meu Deus, o beijo dele é delicioso... Será que não tem ninguém nessa escola que não beije bem? Ah, claro que tem, o Castiel, hahahaha’

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O grisalho deu um sorriso vitorioso e voltou a se aproximar de mim, mas o fuzilei com o olhar enquanto abria minha bolsa, pegando dali um grampo de cabelo e começando a mexer na fechadura da sala.

- Sério que você não prefere... – ele chegou por rás de mim e me abraçou, sussurrando baixinho e meu ouvido. – Ficar por aqui?

- Não me leve a mal, mas eu tenho mais o que fazer... – tirei o grampo dali e abri a porta, já não mais trancada. Ele tinha uma expressão um tanto indecifrável no rosto. Não esperei para saber o que ele diria quando abriu a boca para falar, apenas sai dali.

Tinham algumas pessoas no pátio, mas eram grupos separados, como se cada um fosse um clube diferente. Fui direto para o ginásio, que continuava meio vazio, mas com outras pessoas que eu não vi na ultima vez que estive aqui.

Dajan me viu e acenou, jogou a bola para Armin – sim, ele estava no time, Alexy também, e devo dizer que jogava realmente muito bem! – e veio até mim.

- Oi – ele disse, arfando um pouco.

- Jogando muito? – perguntei, rindo. Ele sorriu.

- Vida de jogador é difícil... – ele arqueou as costas e as estalou. – Vem – segurou minha mão e me puxou. – A velha... Digo, a diretora me mandou te dar o uniforme do time.

- Peraí, para fazer isso precisa de um uniforme? – só então percebi que todos ali usavam roupas iguais. Os garotos usavam aquelas regatas vermelhas e brancas com números diferentes e bermudas enormes, enquanto as garotas tinham regatas de alcinha um tanto... Apertadas, e shorts igualmente apertados que chegavam até a metade da coxa. – Eu vou ter que me vestir desse jeito?

Paramos na frente de uma sala no fundo do lugar que eu não sabia que existia. Ele riu. Entrou e remexeu em algumas gavetas, pegando uma caixa marrom com o meu nome escrito em cima e me entregando.

- Infelizmente, sim – disse, rindo. – Também não gosto dessa roupa, mas... Cada clube tem seu próprio uniforme, e não temos escolha alguma. – suspirei.

- Onde posso me trocar? – ele apontou uma porta que ficava ao lado dessa sala onde estávamos.

- Cuidado, o vestiário é misto – o fitei, interrogativa. – Significa que é usado por garotos e garotas, qualquer um pode entrar lá a qualquer hora. Só para avisar.

- Ah sim... Entendi, tudo bem, obrigada – sorri e sai dali.

Entrei na sala que ele me apontou e entrei em uma das “capsulas” que tinha ali, trocando de roupa. Ouvi a porta se abrir e depois fechar. Mas quem estaria ali?

- Se divertiu com meu amigo? – o cabeça de tomate irritante perguntou, rindo.

- FOI VOCÊ QUEM TRANCOU A PORRA DA PORTA? – berrei, ele apenas riu ainda mais alto. Abri a porta de onde eu estava e sai dali, pronta para acabar com a raça daquela idiota. – SEU...

Ele não disse nada, apenas me olhava fixamente. Ops, só agora lembre que ainda não tinha colocado a regata assustadoramente feia. Traduzindo: eu estava só de sutiã na frente do garoto mais podre e idiota que eu já conheci na vida.

Corri de volta para onde eu estava e coloquei a blusa rapidamente, minha cara deveria estar ainda mais vermelha do que a camisa. Coloquei um lenço no pescoço por causa da cicatriz. Ele pareceu sair de um transe e riu de novo.

- Mas você é realmente uma tábua... – ele disse. Idiota, retardado, idiota, idiota e idiota! Não, eu não sou lá muito tábua, não posso me chamar de peituda, mas uma tábua eu sei que realmente não sou.

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Só de raiva ajeitei meus peitos mais “para cima”, de modo que apareciam no decote ridículo da regata. Sorri e sai dali. Ele olhou para mim, depois para o meu decote e voltou para mim, me fuzilando com o olhar.

- Você acha mesmo que eu vou deixar você sair daqui desse jeito? – perguntou. Peguei minha bolsa e fui até a porta.

- Caso não tenha percebido, eu não pedi a sua permissão... – ele correu com uma velocidade absurda e se colocou na minha frente, entre mim e a porta. Só ouvi o barulho do trinco sendo fechado. – Sai da minha frente agora, seu imbecil – falei baixo, ameaçadoramente.

- Valeu Lysandre! – ele berrou, saindo de frente da porta. Ele empurrou o banquinho que tinha ali até uma janelinha pequena acime da porta.

- Qualquer coisa, é só ligar – ouvi a voz do idiota gritando do outro lado e depois a janela foi fechada. O ruivo se jogou no banco e começou a mexer nos cabelos freneticamente, rindo.

- Você não fez... – eu disse.

- Ah, sim. Eu fiz isso sim – respondeu, sorrindo.

Só faltava eu ter berrado como um leão e ter saído a luta, eu joguei minha mochila para um lado e quando fui perceber já estava atacando o ruivo na minha frente. Não tinha nenhuma chance de eu usar um grampo na fechadura, simplesmente porque não tinha fechadura do lado de dentro.

Eu usava o que podia, minha unhas para arranhá-lo, minhas mãos para dar socos e tapas que raramente acertavam nele – a maioria que acertava eram os arranhões, que felizmente acertavam aquele rosto perfei... horrível!

- Qual... É o... Seu... Problema... Idiota?! – perguntei, dando pausas para os ataques que ele parava facilmente.

- Recentemente, você! – ele segurou um de meus pulsos e sorriu. Usei a outra mão para bater nele. Bem, tentei, ele segurou meu outro pulso.

- Qual é a graça de me trancar nos lugares, afinal? Acho que eu ainda não entendi! – tentei chutar. Outra vez apenas tentei, ele se esquivou e me imprensou contra a parede, pendendo minhas pernas com as dele.

- Você é sempre tão forte... Acho que gosto de te ver frágil – ele respondeu, com a voz levemente rouca.

- Pena que eu não sou e nem nunca vou ser uma pessoa frágil.

- Acha mesmo? – ele se aproximou de mim, colando sua testa na minha. – Pois não é o que parece. Frágil, presa nos meus braços... – roçou seus lábios nos meus.

- Você... Vai mesmo ficar me torturando assim? – mas que merda, porque foi que eu disse isso?! Ele riu.

- Estou achando isso bem divertido... – ele mordeu meu lábio e puxou levemente.

Cara, aquilo parecia um sonho... Pera, o que eu estou dizendo? Aquilo era para ser o pesadelo! Aquele é o retardado do Castiel, eu não deveria estar querendo aquilo, principalmente depois de ter beijado dois garotos praticamente no mesmo dia. Mas a boca dele parecia tão...