D.N.A Advance: Nova Ordem do Século

Os Donos do Mundo! A Tenebrosa descoberta do doutor Strong e o Braço da Justiça que pune as almas malignas


MESES ANTES DOS ACONTECIMENTOS NA GENETECH

Prédio da Sede Mundial dos Illuminatis e da Nova Ordem Mundial, Manhattan, Nova Iorque

Uma mesa redonda, um salão bastante luxuoso no último andar do prédio, algumas pessoas reunidas numa reunião secreta. As pessoas vestiam-se com uniformes militares, outros eram civis, cerca de dez anciões. Eram os integrantes daqueles que tiveram a ideia de criar o Digimundo e tudo o que há nele graças à inteligência extrema de uma pessoa chamada Neo. A pauta maior da discussão era a falsa morte de Matsunaga, um ex-integrante da NOS que se rebelou para colocar em prática os seus próprios planos.

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— A imprensa mundial está escandalizada com a morte do Matsunaga — disse um ancião.

— Como se isso fosse verdade. Matsunaga nos deu muito trabalho no passado. Pensávamos que ele estava do nosso lado, mas o que ele queria era se promover. Essa morte é pura fachada — disse outro.

— O que faremos então?

— Vamos convocar o nosso grupo secreto. Aqueles que mantêm o equilíbrio entre os dois mundos. Enquanto aos digiescolhidos atuais, precisamos deles para acabarem com Matsunaga. Depois nós os eliminaremos. Vamos chamar os Senhores do Milênio.

TÓQUIO, 15 DE FEVEREIRO DE 2017

Mimi Tachikawa decidiu procurar ajuda de um antigo colega que conheceu quando, adolescente, viajou para os Estados Unidos. Esse amigo era um rico herdeiro de uma rede de hotéis de luxo espalhado por todo o mundo, e, ainda por cima, era um produtor muito famoso. Ela soube que o homem viria ao Japão para uma campanha publicitária. Era a sua chance de conquistar patrocínio para o seu programa culinário.

O maior problema era encontrar um tempo para se reunir com ele. O homem era muito ocupado, além de rico.

O hotel Kingdom Palace começou a ficar cheio de seguranças. Os homens de preto tomaram tudo. Uma limusine parou na entrada, um homem alto, branco, de cabelos pretose curtos, uma pequena barba e olhos azuis saiu. Ele vestia um terno preto e usava um chapéu da mesma cor. Na sua testa havia uma faixa preta que escondia um sinal que ele não gostava de exibir para as pessoas. Ele entrou no hotel com uns cinco seguranças.

Mimi viu a movimentação. Foi convidada a se afastar da recepção. Ela viu a entrada de uma pessoa muito importante, todavia não era o King.

— O que está acontecendo? — perguntou ela para um hóspede.

— Acredito que seja um hóspede seis estrelas. Dizem que ele vai se encontrar com o dono do hotel — respondeu.

A recepcionista entregou um cartão ao homem e ele pegou o elevador.

Um helicóptero pousou no terraço do prédio. Dele saiu um homem mais quatro mulheres. Era Adrien King, o dono do hotel. Um homem alto, loiro, bronzeado, com tatuagens por seu corpo, musculoso e olhos castanhos. Ele estava vestido com uma calça de couro marrom e sapatos de marca, mas não estava de camisa, por isso dava para ver seu peito cheio de tatuagens.

— Senhor, a reunião vai começar em algumas horas. Três já estão esperando — disse um segurança.

— Ah que chatice desse povo. Agora tudo se resume a reuniões. Mesmo eu sendo muito rico, sinto que me falta liberdade. Meus amores, o papai já vai voltar.

— Hum... Não se atrase, amor.

NOME: ADRIEN LAMARTINE KING (O REI DE NOVA MANCHESTER)

OCUPAÇÃO: SENHOR DO MILÊNIO

GRUPO: NOVA ORDEM DO SÉCULO

IDADE: 40 ANOS

Adrien desceu até a sua cobertura. Dois dos integrantes da NOS estavam reunidos naquele ambiente. King chegou brincando com os demais.

— Devia ser mais sério, King — disse o homem que havia acabado de chegar na limusine.

NOME: GREGGORY HIMLER (O SUPREMACISTA)

OCUPAÇÃO: SENHOR DO MILÊNIO

GRUPO: NOVA ORDEM DO SÉCULO

IDADE: 27 ANOS

— Nah, isso é besteira. Vocês levam muito a sério. Mas falando sério, Gregg, já pensou como seria ficar no lugar dos Dez Anciões hehehe.

— Isso está fora de cogitação, garoto. Foi essa ideia estapafúrdia que fez Matsunaga nos causar tantos problemas — disse um senhor vestido de capa preta e uma cartola na cabeça. Ele segurava uma bengala e um monóculo no olho esquerdo.

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— Falou aquele que morreu. Acho que a sua convivência com o Gennai te deixou mais frouxo, Adolphus.

— Passado é passado.

NOME: CORALIANOUS ADOLPHUS

OCUPAÇÃO: SENHOR DO MILÊNIO E VICE-LÍDER DA EQUIPE.

GRUPO: SISTEMA OPERACIONAL DO DIGIMUNDO (ANTIGAMENTE), NOVA ORDEM DO SÉCULO

IDADE: 71 ANOS

Passos foram ouvidos. Outra pessoa entrou na cobertura e viu os três reunidos.

— Se fingir de morto não é um privilégio apenas de Adolphus ou do meu pai — disse um japonês de meia idade, usando uniforme militar e uma boina.

— Hehehehe tá louco para brigar comigo, não é Sakazuki?

— Outro dia, King.

NOME: SAKAZUKI MATSUNAGA

OCUPAÇÃO: SENHOR DO MILÊNIO

GRUPO: EMPRESAS GENETCH (ANTIGAMENTE) E NOVA ORDEM DO SÉCULO

IDADE: 56 ANOS

— Cadê os outros? — perguntou King.

— Eles ainda estão no digimundo. Logo virão — respondeu Adolphus.

— Então esperar até lá com vocês vai ser muito chato. E Sakazuki, podemos lutar na Lua como antigamente, porém, ultimamente, estou ocupadíssimo. Cavalheiros, retirem-se, por favor.

— Não vá se esquecer da reunião. O tempo no outro mundo está mais rápido graças à intervenção do Weiz e também por culpa do Matsunaga. Portanto, logo mais nos reuniremos — disse Adolphus.

— Tá certo. Até daqui a pouco.

King fechou a porta e pediu aos seguranças para ninguém incomodá-lo. O seu acessor mostrou a genda dele, o homem mandou cancelar todo o compromisso naquela semana. Entretanto, ao ver Mimi Tachikawa na lista, pediu para a recepção autorizá-la a subir.

Mimi subiu até o andar da cobertura, tocou a campainha e uma empregada atendeu. A mulher viu Adrien chegar vestindo uma camisa social branca. A cobertura era um triplex.

— Olha só quem está aqui. A minha amiga Mimi!

— Adrien que bom te ver. Eu soube da sua vinda ao Japão então resolvi marcar com muita antecedência. É sobre aquele assunto sobre o programa que eu vou estrear este ano. Parece que a emissora está querendo colocar o projeto na geladeira, porque dizem que falta patrocínio e...

— Ei, vai com calma. Há anos não nos víamos. Vamos dar uma relaxada. Empregada, traga o vinho tinto que está no bar logo ali. A senhorita Tachikawa e eu iremos brindar o nosso reencontro.

— Sim, senhor.

O homem levou Mimi para a sala de estar. Ele ficou sentado ao lado dela e cada vez mais perto. A empregada trouxe o vinho e duas taças, ambos se serviram. Entre um gole e outro, o homem sujou o vestido da mulher, retirou a camisa, para assim exibir seu corpo a ela, e começou a limpá-la.

— Nossa, como você tem coxas lindas.

— Desculpa, mas não foi nada. Eu preciso ir. Conversamos numa hora mais oportuna. São quase dez da noite e meu noivo deve estar preocupado.

— É uma pena que uma moça linda e jovem seja comprometida. Deveria deixar o homem só e namorar comigo.

— Sério, preciso ir.

— Tudo bem. Vou só colocar o vinho ali e depois te acompanho até a saída.

Mimi ficou ali até ver um notebook aberto numa mesa ali perto. A moça viu o logotipo da Genetech num email que recebeu de alguém chamado Ancião. Assim que viu o nome Illuminati ela se espantou e saiu correndo. King percebeu a sua ausência e se lembrou que havia deixado o notebook a esmo.

Mimi ficou correndo até chegar na porta do elevador. Abriu, ela viu o lugar cheio de aranhas caranguejeiras. A mulher gritou. Logo seu corpo ficou preso como se fosse capturada por fios quase invisíveis. Repentinamente, o homem atravessou a parede, ele estava com aparência diferente. Seu rosto estava branco, olhos totalmente pretos, dentes enormes e sem um nariz humano.

— AAAHHHHH!

— Opa, acho que te assustei com minha cara — ele passou a mão no rosto e voltou ao normal. — Pronto. Viu, passou. Tá tentando fugir de mim, Mimi?

— Se-seu rosto... E como atravessou a parede?

— Ora bolas. Acredita que alguém lindo, rico e famoso como eu seria um humano qualquer? Sou praticamente um semi-deus. Isso é coisa que seu cérebro inferior jamais vai entender. Meu rosto monstruoso é o meu alter-ego. Sabe, eu uso isso contra meus inimigos e agora eu te considero um. Odeio quando eu sou dispensando por uma mulher. Deveria lamber o chão que eu piso, garota.

— Me solta, agora. Vou gritar.

— Pode gritar. Só estamos nós e a empregada neste andar. Acha mesmo que ela vai chamar a polícia pra você? Ah Mimi, apareceu na hora mais oportuna. Eu tenho um amigo racista que conhece um cientista maluco lá da Groenlândia que é louco para fazer experimentos em humanos. A maioria são pessoas negras, mendigos, pobres e sem condições. E também uma donzela descarada como você. Já assistiu ao filme Centopeia Humana? Huhuhuhuhuhuhuhuhu!

— Por favor, não!

— Vá dormir.

King deu um leve golpe na testa da mulher que a fez desmaiar. Ele ligou para Gregg Himler a fim de levá-la como cobaia.

Horas depois...

Joe ficou desesperado com o sumiço da noiva. Tanto ele quanto Palmon e Gomamon foram se encontrar com Yamato. O Matt ligou para os outros digiescolhidos amigos, mas nenhum viu a moça. Logo se instalou um pânico e até mesmo Kari e T.K, que foram vítimas da crueldade de Matsunaga, resolveram ajudar nas buscas pela amiga.

APARTAMENTO DO DR. STRONG, HAWAÍ

Depois de horas de viagem de volta aos EUA, Strong finalmente se encontrou com a sua família. O cientista, inimigo mortal de Matsunaga, foi sequestrado e mantido em cárcere privado durante meses. Agora desfrutava a compainha da sua esposa e filha e eram constantemente protegidos pela polícia.

A campainha tocou. Strong permitiu a entrada de um rapaz de óculos e ruivo. Era um dos seus alunos. O rapaz trazia consigo um laptop e um pen drive.

— Dwight, que bom te ver garoto.

— Doutor, fiquei preocupado. Quase não pude acreditar no que aconteceu.

— Deixe isso pra lá. Águas passadas não movem moinhos. Agora sente aqui no sofá e me conte tudo o que descobriu. Te pedi, antes de ser sequestrado, para pesquisar sobre o laboratório clandestino do doutor Brain Nitro.

— O senhor não vai acreditar. O doutor Nitro tem um laboratório criminoso na Groenlândia onde ele tem várias cobaias humanas — ele ligou o laptop e colocou o pen drive.

— E como fez pra acessar o banco de dados?

— Contatei um hacker da europa oriental que entrou no banco de dados da Nitro Genes, e o cara descobriu que o laboratório criminoso trabalha com cobaias humanas. Mendigos, negros, pobres, exilados e imigrantes de países em guerra. Ele recebe uma grande demanda anualmente. E adivinha quem financia?

— Fala logo.

— Não vai acreditar. Os Illuminatis.

— Tá de brincadeira, Dwight. Isso não existe, rapaz. Nova Ordem Mundial é papo de teóricos da conspiração.

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— Aqui o símbolo. E está em nome de uma pessoa chamada Coralianous Adolphus e outra de Aldo Momonari. Sabemos pouco sobre Adolphus, mas já é um senhor que se proclama Senhor do Milênio e faz parte da sociedade secreta desde os anos 80. Agora não vai acreditar quem é Momonari.

— Quem?

— Sakazuki Matsunaga — o mais velho levou um susto. — Aparentemente ele estava morto por um acidente de carro, mas parece que ele enganou a tudo e a todos para fazer parte da sociedade. O mais incrível é que Ryuu Matsunaga era um integrante da sociedade, mas renunciou e obteve suas próprias ambições. Porém, Sakazuki, sabendo que seu pai estava desistindo do projeto de dominação mundial e precisava acatar os superiores, inventou a própria morte para assim o velho se sentir na obrigação de continuar. Eles precisavam de Matsunaga para fazer o domínio no digimundo e na Terra. Mas o velho morreu e depois reviveu, o que contrariou o plano dos Illuminatis.

— Por isso ele se fingiu de morto. Ele já desconfiava que estava sendo vigiado. Incrível.

— Sakazuki se mantem nas sombras sob o pseudônimo. Por isso que o velho te sequestrou, doutor. Ele queria formar a máquina para se transformar em digimon.

— Maldito!

— Outra informação. Outro que adora essa história de contrabando, venda de armas, drogas, ou seja, tudo que é ilícito resume-se a Adrien King. O cara é foda, famoso, além de ser muito rico e ser herdeiro do trono de Nova Manchester. Ele simplesmente é o cara mais top. No entanto, ele também é Illuminati e trabalha para alguém chamado Neo.

— Neo?

— Um ser estranho, uma pessoa sem identidade e que sempre fica no escuro. Adolphus é que fala por ele. Nada nem ninguém viu seu rosto como Neo. Ele pode ser qualquer um, até o sapateiro da esquina, mas sua identidade secreta jamais foi revelada. Ele é a peça-chave dos chefes do mundo e o planeta está em suas mãos.

— Isso soa apocalíptico. Por favor, Dwight, guarde segredo. Não queremos que isso vaze para a mídia.

— Claro, doutor. Discrição é comigo mesmo.

A campainha tocou, sua mulher foi atender e se assustou com cerca de cinco pessoas vestidas de preto entrarem.

— Quem são vocês? O que fazem aqui? Cadê os policiais que estavam aí?

— Senhora Maureen Adrien Strong, viemos falar com o seu marido. Senhor Andrey Strong, somos integrantes do Secret Pol Department, a SPD. Precisamos que venha conosco — disse uma mulher.

— Meu marido acabou de sair de um sequestro!

— Somos da lei. Queremos que venham para um local mais seguro. Vocês hackearam o sistema de um grupo secreto mundial bastante perigoso e suas vidas correm perigo.

— Tudo bem. Eu estava pensando em pedir ajuda ao governo mesmo. Porém, preciso que se identifique.

A mulher retirou o distintivo da jaqueta preta.

— Sou a capitã White. Emma White, e moro aqui mesmo no Hawaí.

A irmã de Mia era na verdade uma agente especial e espiã. A digiescolhida nunca soube dessa outra identidade da irmã.

...

Enquanto isso na Ilha Windows...

O ataque surpreendente de Lampmon afetou a todos. Até mesmo seus irmãos foram pegos de surpresa.

A poeira tomou conta do local em que estavam, porém começou a dissipar. Ruan e os demais ficaram frente a frente com os três gênios. Mona-sama ficou observando.

Os soldados tentaram atacá-los, mas foram derrotados um por um.

— Shwaaarrr... Eles são ratinhos querendo atacar um gato — disse Suijinn. — Se querem me pegar então venham. Shwarrr.

A gênia saiu de perto dos irmãos e, aparentemente, fugiu. Mia, Aiko e seus parceiros resolveram ir atrás dela. Kazejinn tentou impedi-los, mas Hagurumon rapidamente evoluiu para Andromon e se meteu na sua frente.

— Ohhhhhh queeeee está fazendo?

— É melhor parar por aí. Eu serei o seu adversário. Vamos ver quem vai se dar bem — disse Andromon.

Rose, Jin, Palmon e Mushroomon ficaram com o mais gordo e burro dos três. Pyrojinn não se importava em lutar, apenas queria destruir as casas e começou a cuspir fogo.

— Não vou deixar que destrua. Palmon digievolui para... Togemon. Tome isso! — ela deu um soco na barriga do outro, mas se queimou. — AI TÁ QUENTE!

Mona-sama e Linx voltaram para o esconderijo.

— O que faremos? — perguntou Lúcia.

— Vamos levar o rapaz para fora daqui. Precisamos achar um abrigo melhor porque aqui estaremos com o risco de morrermos num desmoronamento.

— Mamãe, vamos sair de quê?

— De jumento. Vamos todos pegar um jumento e sair no lombo. Deixa de ser burro, Neymar. Esqueceu a porra do carro?

— Ih foi mal.

— Vamos logo, seus porras. Se eu morrer por causa de vocês, juro que os mato. Vambora!

Linx e Lucas ajudaram a carregar o rapaz. Mona, Linx, Neymar, Lucas, Lúcia, Paulo e os Pagumons saíram no jipe. Kazejinn tentou acertá-los, mas Andromon mais uma vez se meteu.

— Eu já falei que serei o seu adversário, e isso significa que não poderá atacar os outros.

...

— UMA SEMANA! Isso é uma mentira. Senti que dormi por agumas horas. Mas, se for verdade, os meus amigos foram derrotados. Senhor, por favor, eu preciso ir ao digimundo o mais rápido possível.

— Você ainda está ferido. Mesmo assim quer continuar a lutar?

— Sim. Eu preciso protegê-los!

— Percebo que gosta muito deles e está disposto a se sacrificar. Por isso eu te escolhi — o homem se sentou na grama. — Pode se sentar?

— Senhor, eu não tenho tempo!

— Já pedi com gentileza para se sentar — Wesley não teve outra escolha. — Não precisa ficar ansioso, jovem. Seus amigos estão bem. O tempo daqui é diferente do Digimundo e da Terra. O tempo do Digimundo é mais rápido que o da Terra. O tempo dos Elísios é ainda mais rápido. O ano aqui dura uma hora lá. Mantenha-se calmo.

Wesley não queria acreditar, porém o jeito como o homem falava era sério demais para ser uma brincadeira.

— Eu te trouxe para cá porque preciso de sua ajuda. Eu o observo desde antes de se juntar aos digiescolhidos na Ilha Arquivo. Você pode não saber, mas sou o espírito que protegia o mundo dos digimons. Essa tarefa foi dada a mim depois de morrer no passado justamente porque eu queria vir a qualquer custo ao Digimundo, e fiz muitas coisas erradas.

— O que quer exatamente de mim?

— Há uma força maligna que está querendo dominar os dois mundos. Não é o seu irmão, nem mesmo Matsunaga. Os dois são apenas peões nesse xadrez. A personalidade por trás disso é alguém chamado NEO, e não sei o que ele é. Muitos dizem que é humano, digimon ou um demônio.

— Se ele quer dominar os dois mundos, por que já não o fez? Enfrentamos vários inimigos que tiveram o mesmo propósito.

— Por que ele usa meios dentro do sistema para fazer isso. Isso se chama corporativismo e ele é patrocinado por governos e empresas. Tanto que lançou o grupo secreto chamado Senhores do Milênio, uma equipe composta de pessoas super humanas. Imagine aquele Chanceler... Eles são várias vezes mais fortes e ainda por cima humanos.

— Como é possível?

— Existem humanos e digimons que conseguem ser quase deuses de tão fortes. Os governadores, o Chanceler, o próprio Matsunaga agora como Imperador e os Senhores do Milênio. Tudo isso porque eles dominam o Chikara.

— Chikara?

— É o poder, a força de vontade que emana de dentro dos seres vivos. Cada humano no planeta conseguem colocar para fora o Chikara, mas de forma aleatória. Quando o homem mais rápido do mundo corre numa pista, quando um super nerd faz um cálculo extremamente difícil, quando uma pessoa sobrevive a um acidente de avião. Alguns treinam, outros nascem com o dom de colocar a força para fora, mas nenhum consegue controlar como quiser. Os humanos que usam o Chikara à vontade podem voar, atravessar paredes, levantar um navio com uma mão ou correr na velocidade da luz. É como uma fusão nuclear onde os àtomos estão em plena atividade. Os governadores conseguem usá-lo, mas não plenamente. Djinn prova isso porque ele não tem controle fora da ilha. Mesmo assim, ele é forte demais para você.

Wesley ficou depressivo ao lembrar das duas derrotas que sofreu.

— Sei como se sente. Mas sem liberar o Chikara vai ser impossível vencê-lo. Precisa de ajuda e eu posso treiná-lo. Deixe-me torná-lo realmente forte e poderá vencer o Djinn. Em troca, ficará me devendo um favor. Um ano de treino, uma hora no Digimundo. Acredito que seus amigo ainda estarão vivos. O que acha?

Wesley ficou pensativo. De certa forma era uma ideia tentadora, mas não gostava da ideia de ficar devendo a alguém. O homem percebeu a hesitação do outro, chamou o espírito da mulher que salvou o herói. Ela segurava um arco e flecha, apontou para muito perto dele. Wesley ficou nervoso porque a flecha estava a menos de um metro do peito do homem. Este colocou uma venda nos olhos e pediu para ela atirar quando quiser. Ela o fez, a flecha atingiu a árvore atrás, mas o homem desviou com uma assombrosa facilidade.

— Impossível — disse Wesley com a boca aberta.

— Isso se chama Mantra, uma das três essências do Chikara. Ele permite você prever um golpe. Um golpe, não o futuro. Mas não deixa de ser excelente numa luta. Se alguém com Mantra luta com um não manipulador, será quase impossível de perder.Porém, se forem dois manipuladores, seus Mantras ficam anulados e a luta torna-se justa para ambos. Então, você quer esse poder?

— Ahhhhh eu quero! Pode me treinar, por favor?! — disse Wesley com os olhos brilhando.

— Então primeiro vai ter que se recuperar dos ferimentos.Teremos tempo suficiente.

— Senhor, qual o seu nome?

— Chame-me apenas de Oikawa. Oikawa-sensei, ok?

— Certo.

Wesley estava realmente ansioso para começar o seu treinamento e dar uma lição em Lampmon.

...

DESERTO DE LAS MERINAS

Slash e Monodramon receberam a missão de procurarem o núcleo do deserto. Descobriram que a pedra estava fora da cidade, especificamente dentro da pirâmide. Ambos foram para essa aventura. Também descobriram que várias pessoas também tinham interesses na pirâmide e, claro, no núcleo.

Eles andavam a camelo quando foram surpreendidos por um ataque de Fatmon. Este mais Sanzomon apareceram diante dos dois.

— Hahahaha eles já estão assustados. Olha só, Sanzomon.

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— Quem são esses aí? — perguntou Monodramon.

— Devem ser capangas a mando do Chanceler. Esses caras perturbam mesmo.

— Vamos roubar o núcleo do deserto e nada poderá nos impedir! Eu vou ser seu adversário, insetos. Quem vai ser o primeiro?

Os dois ficaram parados até que Slash começou a rir descontroladamente. Fatmon ficou furioso e pediu para ele parar. O homem explicou que nunca vira um digimon tão ridículo e engraçado.

— Cale a boca, imbecil! Eu sei cuidar direitinho de alguém antes de matá-lo. Foi assim com as inúmeras vítimas que morreram implorando por clemência hehehe.

Slash não gostou do que ouviu e desceu do camelo. Falou para o gordo que iria lutar com o seu parceiro. Fatmon não se importou com nada. Os dois fizeram a mega evolução da alma até virarem Justimon.

— Hum, então quem é esse idiota? Cadê aqueles dois?

— Parece que eles viraram esse cara — explicou Sanzomon.

— Quê? Hahahaha estão juntando poder para lutarem comigo? Isso vai ser moleza.

— Vou ser rápido. Prometo que nem vai perceber quando for derrotado.

Fatmon correu pra cima de Justimon para tentar golpeá-lo. O mega digimon desviava dos golpes do mais gordo.

— Tome isso. Ondas Sonoras do Caos! — ele materializou uma guitarra e tentou usar o som para confundir o outro. — Hahahahh e agora o que vai fazer, hã? Implore pela sua vida.

Fatmon deixou de tocar, foi para cima do outro girando com toda a força. Justimon usou apenas uma mão para pará-lo.

— Quê?

— Adoro futebol. Você vai ser a minha bola.

— Hein?

Justimon deu um chute em Fatmon que o fez voar, depois subiu e deu mais outro chute que o fez cair no chão. Ele ficou chutando Fatmon para lá e para cá.

— Maldito...

— Nem venha. Você deve ter percebido que eu sou muito forte. Se vier, não terei piedade mesmo que seja uma mulher.

Fatmon, todo machucado, caiu no chão depois de servir de bola. Ele já nem estava conseguindo se apoiar direito.

— Co-Como pode?

— Ele é um nível mega. Está na mesma fase que os governadores.

— Quê? E por que não me disse antes?

— Mesmo que eu fosse do nível da perfeição, eu te venceria. Porque já lutei muito na minha vida. Lutei contra pessoas muito mais fortes. Você é apenas uma distração pra mim, gordo inútil. Agora chegou a sua hora de pagar pelas atrocidades que cometeu.

— Hick! NÃO, ESPERA! Eu juro que não faço mais. Só não me mate, por favor. Dê-me clemência!

Justimon ficou parado na frente dele. Fatmon sorriu, soltou uma rajada vocal e saiu de perto. O local explodiu. O digimau ficou soltando a rajada várias vezes.

— AHAHAHAHA EU VENCI ESSA. OLHE, SANZOMON. EU ACABEI DE DERROTAR UM INÚTIL! HÃ... O QUÊ?!

— Quem você acabou de vencer? — ele surgiu entre a fumaça. — Agora sim posso acabar contigo sem remorso. Vai provar o soco do meu braço esquerdo, o Braço da Justiça.

— Não, espera! Foi só uma brincadeira!

Justimon voou para cima dele. Com seu braço esquerdo, ele acertou um poderoso soco na cara de Fatmon que o fez esbugalhar os olhos, quebrar seus dentes e afundar seu rosto. O digimau voou tão alto que por um momento desapareceu no céu, logo em seguida, caiu na areia do deserto, sem vida, completamente derrotado.

Sanzomon ficou tremendo de medo após ver seu colega ser derrotado tão facilmente.

— Esse é o Braço da Justiça que julga e pune almas malignas como você. Os inocentes foram justiçados.

Fatmon estava morto aos pés de Justimon.

CONTINUA...