Pov: Narradora

Depois daquilo Julia voltou para dentro do bar. Resolveram que ela levaria Ford até a casa dele e, por insistência do mesmo que ela poderia passar a noite lá. Saíram os dois e se aproximaram do carro dela.

--Isso é que é um belo carro – comenta Ford impressionado olhando para o Jeep.

--Com toda certeza que é – diz Julia sorrindo – Por isso mesmo tome cuidado com meu carro, não quero nenhum arranhão.

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Logo depois e com as instruções dele o Jeep entra numa estrada de terra. No rádio estava tocando AC-DC – Highway to hell. Julia batucava os dedos no volante acompanhando a musica, mas Ford estava ficando impaciente.

--O que a garota, Crist, quis dizer com “Fique viva”? – pergunta ele quando a musica acaba antes de outra começar.

--Isso não é da sua conta – responde Julia calma quando começa a tocar “Red Hot Chili Peppers – The Adventures of Raindance Maggie”.

--Quem é você? – ele pergunta diretamente – E o que alguém como você veio fazer nessa cidadezinha de fim de mundo?

--Isso você vai ter que descobrir sozinho, Cawboy – responde ela antes de sussurrar a letra da musica – “Lookin' like someone drugged me. That wanted to unplug me. No one here is on trial. It's just a turnaround”.

--Odeio quando me chama de Cawboy – resmunga ele irritado.

--Como se eu me importasse – diz ela sorrindo.

--Eu estou te levando para minha casa; vou dar um lugar para você dormir hoje; eu só ... – ele suspira encarando a estrada – Só não quero ser usado de novo.

--Falando assim parece que isso já aconteceu algumas vezes – diz ela olhando rápido pra ele antes de voltar os olhos para a estrada.

--É, varias – comenta ele mais baixo encarando o escuro pela janela.

Julia queria perguntar o porquê de terem feito isso; o que fizeram; quem fez; e todas as coisas que vinham ES sua cabeça quando ficava curiosa com algo. Mas, assim como quem ela era não dizia respeito a ele, aquele assunto também não era da conta dela. Assim a viagem seguiu ao som de mais AC-DC e Red Hot.

Algum tempo depois eles paravam em frente a um enorme portão de madeira. Ford desceu para abri-lo e depois voltou ao carro. Alguns metros depois Julia viu uma casa de madeira; dois pisos; não dava para saber a cor, mas parecia alguma cor clara nas paredes e as portas de mais escuras. Tinha uma varanda em circundando a frente e as laterais da casa. As luzes do que Julia achava ser a sala e a cozinha estavam acesas. Ela parou o Jeep a alguns metros da varada; Ford desce e ela, antes de descer também, resolve deixar a 9.mm em um suporte embaixo do painel. Desceu e acompanhou Ford pelos três degraus que levavam até a varanda e dela a porta da frente. Ford abriu a porta e logo sua mãe apareceu da cozinha.

--Olá meninos. Como foi a noite de vocês? – pergunta ela enquanto enxugava as mãos em um pano de prato branco, logo depois ela ergue o olhar, ao mesmo tempo em que Julia entra na sala, e arregala os olhos.

--Essa é minha mãe Jessica Johnson; mãe essa é... – mas ele não consegue terminar. Jessica anda na direção de Julia ignorando o filho que a olha confuso.

--Amélia? – pergunta ela confusa encarando Julia que sorri constrangida devolvendo o olhar, diferente de Ford ela parecia saber o que estava acontecendo – Não, não é possível. Julia??? É mesmo você??

--Bem, é. Sou eu mesma – responde Julia com um meio sorriso cansado – Estava esperando que meu palpite de quem o Cawboy era filho não fosse a senhora, mas parece que não existem muitos Johnson’s pela área.

Jessica ignora a piada e a abraça, Julia devolve o abraço.

--Não acredito que estou mesmo vendo você outra vez depois de tanto tempo, menina – disse a Sra. Johnson emocionada.

--Será que alguém pode me explicar o que esta acontecendo aqui? – perguntou Ford irritado por ter sido deixado de lado.

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Jessica riu da reação do filho.

--Sente-se, pequena. Quer alguma coisa, posso fazer um chá pra nós enquanto explicamos as coisas para o Ford. E não precisa me chamar de senhora; sou sua madrinha, pode me chamar de Tia Jes ou só Jes – diz Jessica sorrindo.