Filhos

Capítulo 12 - Decisões


Elijah I

-Lou, por favor. Lou. Lou, pare com isso.

Ela parou e olhou para mim. Tinha marchado nervosamente pelo quarto pelos últimos 15 minutos. Cruzou os braços e soltou o ar, parecendo irritada. Seu olhar era acusatório, como vinha sendo desde que deixáramos a mansão Cullen.

-Eu disse, Elijah. Eu lhe disse que isso era uma má ideia. Podíamos ter ido para os subúrbios de Seattle como eu queria.

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-Você sabe que eu odeio cidades.

Ela soltou o ar, fuzilando-me com o olhar.

-É. Eu sei, Elijah. Eu sei de tudo. Só Deus sabe como eu sei. Mas agora as nossas crianças estão em perigo. E se nunca tivéssemos vindo para cá, talvez eles estivessem seguros.

-Ou então teríamos sido pegos de surpresa no meio da noite. – Fui até ela, segurando seus ombros e olhando dentro dos seus olhos escuros – Com eles, nós temos alguma chance de defesa.

Ela balançou a cabeça e abriu os braços.

-Defesa? Eu não quero que meus filhos tenham que se defender! Quero-os o mais longe possível de qualquer necessidade disso, em algum lugar onde esse louco jamais os encontre.

-E você acha que não é o que eu quero também? Mas esse é o homem que praticamente me criou com os punhos. Foi ele que me ensinou que desistir nunca é uma opção, da sua forma deturpada. Ele já me odiava quando estava por cima e depois de tudo o que houve na casa... – Engoli em seco – Ele nunca vai desistir, Lou. Podemos nos esconder por um tempo, mas não para sempre.

Ela me encarou assustada por um longo tempo e resfolegou antes de dizer algo. Resisti ao impulso de abraçá-la e protegê-la. Não era tempo para ilusões de segurança.

-Isso nunca vai acabar, vai?

Ela fechou o rosto em uma careta infeliz, deixando as lágrimas escorrerem, soluçando.

-O que?

-A Casa. Esse pesadelo todo. – Abriu os olhos. – Todo o seu medo, os pesadelos... A... A garota...

-Garota?

Uni as sobrancelhas. Ela me olhou com raiva e escapou das minhas mãos, cruzando os braços e atravessando o quarto, para o mais longe de mim o quanto consegui.

-Foi por causa dela que nós viemos para cá. Você está sempre falando das coisas que ela gostava e das coisas que vocês faziam. – Ela virou-se para mim. Eu estava congelado no lugar, bestificado, sem acreditar que estávamos tendo esta conversa – E eu entendo que o que vocês tiveram foi especial... Mas vocês dois estão casados agora, Elijah. Têm famílias e filhos. Já é tempo e superar isso.

Ficamos em silêncio. Ela fechou os olhos e tapou a boca, deixando-se soluçar. Calmamente e ainda meio atordoado, fui à sua direção. Tirei sua mão da boca e limpei suas lágrimas com o polegar. Levantei seu rosto para mim e a beijei. Sua mão em meu rosto estava fria e seus lábios tinham gosto de lágrimas.

-Você quer saber por que viemos para cá? – Ela abriu os olhos castanhos e olhou nos meus, esperando – Porque eu vi Kol enfiar uma caixa de brinquedos embaixo da cama. Quando eu perguntei a ele porque não brincava com eles, ele disse que queria estar pronto para a mudança – Fiz uma pausa, com aquela terrível sensação de culpa queimando na boca do estômago. – E eu nunca tinha ouvido algo tão errado na vida. Eu quis que eles pudessem criar raízes sem levantar suspeitas. Os Cullen estão aqui há 30 anos. Eu imaginava que eles já tivessem ido embora.

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-E ela?

Balancei a cabeça, deixando um sorriso bobo escapar.

-É passado, Lou. Eu costumava me remoer, sim. Era muito estranho sair com você, a primeira híbrida que eu conheci fora dos muros da Casa. Eu costumava comparar vocês duas, sim. Mas então veio setembro... E hoje é você quem eu amo. Ela é uma boa lembrança de uma boa amizade. – Peguei seu rosto entre as minhas mãos. – Você é meu futuro. Você é meu tudo. E eu vou levar você até os confins da terra contanto que isso te proteja.

-Oh, Elijah... - Ela fechou os olhos, balançando a cabeça de leve. – Você lembra-se de setembro?

-Lembro. Foi um outono lindo aquele ano. Choveu bastante.

-Eu levantei o olhar do livro e lá estava você, saindo do prédio de biológicas e procurando o de artes.

-Então eu fui dizer olá e caí na fonte. Como esquecer?

Ela suspirou e riu baixinho, se aproximando. Envolvi-a com um abraço, beijando o topo da sua cabeça.

-Ei. Nós vamos ficar bem, sabe? Eu, você, Angie, Finn e Kol. Todos nós.

Ela respirou fundo.

-Promete?

-Prometo. Ninguém vai machucar vocês.

Nessie

-Você está pensativa. Devo ficar com medo?

Jake saiu do banheiro cheio de vapor e pulou deitado na cama ao meu lado. Envolveu minha cintura, depositando um longo beijo na minha testa. Eu sabia o que ele estava tentando fazer e apreciava a tentativa. Estava tentando fingir que aquela tarde horrível nunca tinha acontecido. Como se eu pudesse. Passei os braços ao redor dos seus ombros, puxando-o para perto.

-Você não vai embora.

Não era uma pergunta e nem uma ordem. Era a verdade. Seu olhar se tornou sombrio.

-Não. Não vou. Mas você vai.

Balancei a cabeça, apertando os lábios em uma linha.

-O que te faz pensar que eu tenho a menor intenção de deixar você?

-Dois filhos que precisam de você. Três, se você contar a Liz.

Tornei a balançar a cabeça, revirando os olhos.

-Grace não precisa de mim desde que aprendeu a se limpar sozinha. Liz tem Bruce e Elijah é um lobisomem. Eu não vou conseguir fugir e me esconder imaginando que Scott está caçando você. O que você achava? Que eu ia sentar e tricotar?

Ele soltou o ar e colocou meu cabelo atrás das minhas orelhas distraidamente. Sustentei seu olhar de forma decidida.

-É, eu devia saber que não.

Peguei sua mão e entrelacei nossos dedos, mostrando-lhe as alianças douradas que neles repousavam.

-Para sempre, lembra?

Ele beijou minha mão longamente.

-E eu não gostaria que fosse diferente. Mas se o que Scott está fazendo for tão grande quanto Calley diz... Eu não sei o que vai acontecer aqui, Néss. Nós vamos proteger a reserva e as famílias dos garotos, mas... Ele não vai gostar da resistência. – Ele pesava com cuidado cada palavra que dizia, mas ainda assim, dizia a verdade, nada menos. – Eu me sentiria mais seguro se você não estivesse aqui quando ele chegasse.

-Eu não me sentiria segura sem você comigo.

Calamos-nos, encarando um ao outro no escuro. Não nos impúnhamos um sobre o outro. Não brigávamos. Só conversávamos. Tinha sido assim desde o fim da Casa. Era simplesmente o nosso jeito.

-E o que nós vamos fazer?

Perguntei em voz baixa.

-Nada, eu acho. Por enquanto. Scott não virá amanhã. Isso pode esperar, certo?

Eu assenti. Aproximei-me e deixei-o me abraçar sob os lençóis. Suas mãos roçaram minha nuca e então passearam livremente pelas cicatrizes no pescoço, como se fossem apenas uma constelação de pintas que ele seguia.

-Você não tem medo? – Perguntou. Pude sentir sua respiração contra meu rosto – De ele te machucar de novo?

Balancei a cabeça.

-Não há nada mais que ele possa tirar de mim senão vocês. Não há palavras que irão me atingir e não há dor que eu não tenha superado.

Ele me apertou contra ele e pude sentir o coração batendo acelerado contra o peito.

-Não vou deixar que nada aconteça. Arranco a cabeça dele eu mesmo se tentar alguma coisa contra a nossa família.

Respirei fundo e relaxei em seus braços.

-Porque dois podem guardar um segredo...

-Se dois deles estiverem mortos.

Finn

-I’m just your problem... Well, I’m just your pro-blem. It’s like I’m not… Even a person… Am I?

Corri os dedos pelo braço, procurando a nota certa. Talvez eu devesse apenas fazer um refrão e repetir a música toda. Ouvi uma batida suave na porta e uma sombra aparecer sob a sombra.

-Quem é?

Perguntei distraidamente, fazendo uma careta ao errar um E7 e fazer a caixa de som chiar.

-Sou eu, Angie.

-Angie de quê?

Ela abriu a porta e enfiou a cabeça para dentro do quarto.

-Está dentro dos limites, A.

-Podemos conversar?

-Estamos conversando, mas você está dentro dos limites.

Fiquei razoavelmente feliz com um simples C#9 e segui minha vida.

-Sorry I don’t treat you like a godess, is that what you want me to do? Sorry I don’t treat you like you’re perfect… Like all your little loyal…

-É importante, F. – Angela me interrompeu, com a respiração acelerada – É sobre Grace.

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Parei de tocar instantaneamente e suspirei, encarando um ponto perdido na colcha que revestia minha cama. Aquela garota. Não quero saber. Pode ir embora Angie. Por fim, deixei o baixo no supor e fiz sinal para que Angie se aproximasse. Ela mordeu o lábio inferior e olhou para as mãos, torcendo-as uma na outra no beiral da porta, sem se atrever a entrar.

-Ela não sabe que eu sei. Elijah me contou hoje. Se um dos dois descobrir que eu disse alguma coisa, eu perco minha melhor amiga e o meu relacionamento. Você entendeu?

Assenti, unindo as sobrancelhas. Levantei-me e fui até ela. Angela tremia e estava pálida. Envolvi seus ombros com as mãos e guiei-a até a minha cama, sentando-a sobre ela e me sentando ao seu lado.

-Você está bem, Angie? Parece que vai vomitar.

-É. – Ela respondeu distraidamente, sem prestar atenção ao que eu dizia, parecendo perdida em pensamentos. Balançou a cabeça, olhando para mim – Eu sei porque Gray está sendo tão estranha com você.

-Estranha.

Grunhi. Era um dos jeitos de definir. Eu tinha outros mais interessantes. Ela respirou fundo e olhou para as suas mãos.

-No ano passado... Um pouco antes de Gray fazer 17, ela conheceu um cara. Eles começaram a namorar. El diz que ele fumava bastante e a levava para uns lugares estranhos.

-Que tipo de lugares?

-Becos. Cemitérios. Esse tipo de coisa. Mas ainda assim ela estava completamente apaixonada por ele. Não queria ouvir nada de mais ninguém.

Uni as sobrancelhas.

-Isso não soa como Grace.

-El também disse isso. Ela não soava como ela mesma.

-E então?

-Um dia, ela pediu cobertura para ir a uma festa em um clube com esse cara. Uma hora depois, ela pediu que ele fosse buscá-la. Ela chorava muito e ficava repetindo que eles tinham terminado. – Angela engoliu em seco. – Bem, é claro que ele foi. Q-q-quando ele chegou lá, b-b-bem... – Ela respirou fundo. Senti um calafrio de antecipação percorrer a minha espinha. – Ele bateu nela, F. Com uma garrafa. Foi quando ela contou tudo para Elijah. Ele vinha fazendo aquilo por todas aquelas últimas semanas.

-Semanas?!

Não. Isso era impossível. Alguma fantasia da cabeça de Elijah para seduzir Angela. Grace jamais levaria um tapa sem dizer alguma coisa, jamais levaria uma ofensa para casa ou engoliria uma palavra. Eu sabia disso e mal a conhecia. Angie balançou a cabeça.

-Elijah diz que ela estava louca. Que ela dizia: “Ele não queria, eu sei que não...”, o tempo todo e defendia ele quando El tentava convencê-la a denunciá-lo. – Ela respirou fundo, mas quase não conseguia evitar as lágrimas que se formavam em seus olhos. – Um dia, ela estava na aula de artes. Todos já tinham saído, mas ela tinha ficado até mais tarde para terminar um trabalho. Ele a encurralou. Felizmente, El já tinha chegado para buscá-la. Ele tentou conversar com o cara, mas ele o atacou.

Percebi que parara de respirar e inspirei profundamente. Minha mente ainda se recusava a acreditar.

-Elijah venceu, não é? A luta?

-Sim. E Gray ligou para a polícia. O bisavô deles trabalha lá.

Assenti.

-E...

-Ele foi preso. El diz que ele xingou Grace feitou louco enquanto o levavam embora. Disse que ela nunca mais foi a mesma depois disso. – Ela fez uma pausa. E então uma careta. – Você tem que prometer que não vai contar. Eles não contaram nem para os pais deles.

Uni as sobrancelhas.

-O quê? Como?

-El a levou para acampar até que as marcas diminuíssem. A audiência foi na semana em que eles se mudaram para estudar em Seattle. Arranjaram um advogado do Estado e o cara foi culpado. 7 anos, porque ele não era mais menor.

Fiquei calado por um longo tempo. Deveria haver milhões de pensamentos cruzando minha mente agora, mas não havia nada senão um silêncio contemplativo.

-Eu não vou contar nada, não se preocupe.

Percebi que a cama balançava e que Angela agora chorava, puxando as pernas para perto dela.

-Ei, o que foi?

Passei o braço ao redor do seu ombro e ela encostou-se a mim. Fazia muito tempo que nós não nos abraçávamos assim. Quanto foi que isso parou?

-Eu não consigo parar de pensar... Tudo o que poderia ter acontecido com ela. Você pode imaginar alguma coisa pior do que ser machucado pela pessoa que você ama?

Soltei o ar.

-É, acho que não.

Ela soluçou mais uma vez antes de limpar os olhos com as costas as mãos.

-Se eu fizer alguma coisa idiota quando estiver apaixonada... Você vai me falar, não vai?

Assenti, apertando o braço ao redor do seu ombro. Lembrei-me do quanto Angela brigava comigo por eu ser mais alto do que ela. Eu sou a irmã mais velha. Eu tenho que proteger você. Mas você tinha que ser pequenininho! Ela costumava ficar furiosa quando o papai dizia que eu era quem tinha que cuidar dela.

-Pode acreditar baixinha. Nenhum marmanjo vai te machucar.

Ela sorriu entre lágrimas.

-Obrigada, F. Desculpa por... Tudo isso. Eu só achei que você devia saber. E... Acho que eu não conseguiria lidar com toda essa bagunça na minha cabeça sozinha.

Dei de ombros e sorri de leve.

-Irmão é para essas coisas, certo? Obrigado por me contar.

Ela assentiu e se levantou, saindo do quarto enquanto limpava as lágrimas. Kol parou na frente da porta com sua arma de dardos com ventosas, bloqueando sua saída. Ele olhou para ela, então para mim e de volta para ela, como se desconfiasse de algo. Atirou um dardo que grudou na testa de Angela, sorriu um sorriso travesso e saiu correndo pela casa, gargalhando. Angela sorri e correu em perseguição, com o dardo ainda grudado na testa.

Sorri e levantei-me, fechando a porta. Alcancei o celular.

Podemos conversar?

Lizzie

-Você está cansada. Devia dormir.

Bruce sussurrou no meu ouvido. Já passava das duas da manhã, e a matinê de filmes de zumbi ia de mal à pior. Ele sabia que eu não estava acostumada a ficar acordada até tão tarde.

-Não quero dormir. Vou ter pesadelos.

-Eu vou estar com você quando você acordar.

Tremi ao pensar nele nas mãos de Scott. Lembrei-me da forma como ele machucava Nessie e como espancava Elijah, ao seu bel-prazer. Imaginei Bruce e sua força tão preciosa por entre os dedos da pura maldade que nunca deixara meus pesadelos. Imaginei-a se esvaindo e senti o meu coração se acelerar.

-Bruce?

-Hum?

-Eu não o quero perto de você.

-Ele não vai estar. Vamos avisar os outros híbridos da Casa e então ir para a ilha. Vamos ficar seguros.

Balancei a cabeça. O que eu sentia estava preso na boca do meu estômago, queimando. Eu sentia tudo voltando. O medo, a necessidade de viver mais um dia. Acima de tudo, o instinto de sobrevivência.

-Ele vai nos seguir.

-O que?

-Eu sei que vai. Ele sempre nos odiou. A mim, Elijah e Nessie. Nada vai entrar no seu caminho.

Ele apertou os braços ao redor dos meus ombros para evitar que meu corpo tremesse.

-Não fale assim, meu amor. Eu não vou deixar nada acontecer conosco.

-E o que você pode fazer? O que qualquer um de nós pode fazer para impedi-lo?

Ele suspirou calado, e eu me apertei contra ele, arrependida das minhas palavras, embora elas fossem totalmente verdadeiras. Bruce tinha que aprender uma das mais duras lições ensinadas na Casa. Saber que não se é invencível.

-Não vamos falar nisso agora, Liz.

-Agora é a hora de falar, Bruce. Antes que você se machuque.

Levantei os olhos para ele. Sua boca se comprimiu em uma fina linha contrariada. Sua mão quente massageou minha testa pulsante com a ponta do polegar.

-Você quer terminar?

-Não. Não, nunca. – Respondi prontamente, meus dedos se fechando ao redor da sua camisa velha de flanela por instinto – Quero que você fique seguro. E se isso significa que tenhamos que nos separar por um tempo...

-Quanto tempo, Liz? Meses? Anos? Quanto isso vai acabar?

Não respondi, me aconchegando no calor do seu abraço, voltando a prestar atenção no filme. Bruce apertou mais os braços ao meu redor, como que para impedir que eu fosse embora. Girei minha aliança no dedo e peguei a sua mão, entrelaçando nossos dedos.

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-Novembro.

Sussurrei.

-Novembro.

Ele concordou.

-Só... Promete que vai.

-Liz...

-Prometa – Severa, voltei a encará-lo.- Bruce, sem você... Não tem sentido tudo isso. Você é a melhor parte da minha vida. A parte humana dela.

Bruce balançou a cabeça.

-Você não pode me pedir isso, Liz.

-Mas eu estou. Scott não deve saber sobre você. Você vai estar seguro. – Apertei a siua mão na minha. – Só até novembro.

Ele calou-se, mas por fim assentiu.

-Só até novembro. Então vou encontrar você onde quer que você esteja.

Suspirei e assenti. Porque contrariá-lo? Ele levantou meu rosto e beijou-o intensamente até por fim, encontrar minha boca. Sua mão se soltou da minha e envolveu meu rosto. Aprofundei o beijo, empurrando-o contra o sofá. Ele soltou um risinho, passando a mão pela minha cintura e rolando para ficar por cima de mim.

Arranquei sua camisa de flanela e a regata branca de baixo. Mordi o lábio e gemi com a visão dos incríveis peitorais morenos de Bruce. Será que todos os militares eram assim, ou o amor modificava meus olhos. Ele se aproximou, acariciando minha bochecha com o nariz adunco.

-Tem certeza que vai aguentar até Novembro?

-Eu vou tentar, capitão.

Envolvemo-nos. Seus dedos hábeis deslizaram minhas jeans e eu as joguei longe com um chute. Suas calças logo estavam em um monte ao lado do sofá. Enganchei meus dedos em torno de sua cueca, puxando o elástico de forma provocador.

-Você é todo meu esta noite, soldado.

-Esta e todas as noites, milady.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.