PDV Rosalie

Descemos nervosos. Ainda vi Melissa desparecer na floresta. Estávamos na sala de estar, todos apreensivos.

E se Esme não estivesse bem? E se Carlisle não suportasse o que aconteceu? Não. Não. Eles tinham que conseguir, que superar. Esperamos.

Ninguém tinha coragem de trocar uma palavra, então o silêncio era a única coisa que imperava ali. Chegava a ser constrangedor. Passou duas horas, três, cinco horas. Nada.

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Corri meus olhos pelo rosto de cada um. Apesar das expressões impassíveis, era claro que se tivéssemos coração, este estaria a mil. Nunca pensei que ficaria assim por causa de Carlisle e Esme.

Quer dizer, me importo com eles, claro, são meus pais. Mas nunca imaginei que seria assim. Eu podia imaginar Alice e Jasper nos fazendo passar por isso, Jake e Nessie, Edward e Bella então já era até clichê. Mas Carlisle e Esme não. Eles foram sempre quem estava na defensiva, no sólido de tudo isso. E agora simplesmente, uma vampira tentou matar minha mãe. E tirou as lembranças do meu pai.

O que seria de nós se tudo desse errado? Será que daria para se nomear “Cullen” se Carlisle não estivesse ali? Ou se dizer “família” se o amor de mãe não estivesse presente? E se Carlisle descesse sozinho ou Esme?

- Por que tanto silêncio? – perguntou Carlisle descendo as escadas de mãos dadas com Esme.

- Mãe! – exclamou Bella.

- Pai! – Edward parecia até emocionado.

- Estamos bem. – assegurou Esme. – foi só um susto.

- Um pouco mais que isso. – completou Carlisle. – foi por pouco. – seu olhar encontrou o meu. Sorrimos.

Meu pai estava abalado, claro. Mas ainda era meu pai.

- Ainda bem. Não sei o que seria de nós sem vocês. – falei e senti todos os olhares em mim.

Admito. Não era muito do meu feitio fazer esse tipo de declaração, mas valia a pena.

PDV Esme

- Oh, querida... – mimei com Rose e eu e Carlisle fomos na direção dela e a abraçamos. Ela nos apertou e sorriu quando nos afastamos.

- É só ela? – perguntou Alice. E assim, abraçamos um por um. Até que a sessão carinho terminou e nos sentamos em um dos sofás.

- Pai... – começou Jasper. – não sou muito hábil com palavras, mas... Agora que você está voltando a ser você, queria pedir desculpas. Desulpa se eu nunca te agradeci ou te chamei de “papai”. Mas você sabe né? Que tudo o que sou e o que tenho devo a você. Eu me orgulho de ser seu filho. E seu também Esme. Eu também nunca te chamei de “mamãe” , mas mãe como você não há. E se um dia fiz você pensar ao contrário, me desculpe. Eu só... Amo vocês dois. E estou dizendo isso por todos aqui. – ele retomou o fôlego quando terminou.

- Filho... – disse Carlisle, mas ao invés de continuar, ele me puxou para abraçar Jasper também.

Todos riram e se juntaram, formando um big abraço. Eu sabia que este provavelmente seria o meu sorriso mais bonito, feliz e sincero que eu já dera. Olhei para Carlisle e pisquei. Ele moveu os lábios fazendo um “eu te amo”. Em resposta, soltei um beijinho para ele no ar.

Nos separamos. E pude ver que todos os sorrisos eram tão sinceros quanto o meu.

- Ainda teremos muito tempo para abraços e declarações no casamento. – anunciei. Carlisle se aproximou e passou o braço pela minha cintura.

- Que casamento? – perguntou Alice já saltitando.

- O nosso. – respondeu meu futuro marido beijando minha cabeça.

- “Owwn...” – fizeram as garotas em coro.

- Temos que preparar a festa e seu vestido e a lua de mel? – se empolgou Alice com certeza já imaginando tudo em sua mente.

- É obvio onde a lua de mel vai ser. – afirmou Edward.

- Onde? – Carlisle se interessou.

- Depois do casamento eu te conto. – falei enlaçando sua cintura.

- Mas depois do casamento é a Lua de mel.

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- Exatamente. – sorri.

- Ok, ok. Se você quer assim, vamos precisar de toda a família Alice. – disse Edward.

- É, eu sei. Mas que equipe melhor que os Cullen?

- Se tem trabalho, é melhor se organizar logo. – disse Bella. – vamos.

- Ei! Poxa, quase morri, o pai de vocês está aqui e você vão sair? – perguntei.

- Ah, mami, você vai ficar com papi. – afirmou Emmet. - Acha mesmo que a gente tem tanto saco pra essa rasgação de seda?

- É melhor esperar até a lua de mel... – aconselhou Jacob acompanhando os outros e fechando a porta.

- Eu não queria esperar até a lua de mel. – resmunguei.

- Você... Isto está te incomodando? – os olhos do meu marido carregavam uma preocupação estranha.

Era algo que se misturava a tristeza. Era como fazer aquela pergunta obvia a alguém e saber que a resposta da pessoa era exatamente a que você não queria ouvir.

Mas... Pra ele poderia ser tão difícil assim deixar o desejo só... Atuar? Quer dizer, tá bom, eu o fiz esperar, mas eu sempre o falei que queria ser dele e esperar o casamento era só questão de moralidade que aprendi desde pequena e por causa de... Enfim.

Mas Carlisle não tinha com o que se preocupar, afinal, ele não me desejava? Não me queria? Então ele deveria me querer para ele e não adiar...

- Esme. – ele chamou. Olhei. – eu te fiz uma pergunta.

- Carlisle, por que você quer esperar? Não me deseja é isso?

- O quê? O que eu fiz para que pense isso?

- Não me deseja. Foi isso o que fez.

- Como pode achar que não te desejo? Só por que eu quero esperar? Por que eu quero que esse momento seja especial para mim e para você?

- Ai tá. Desculpa. É que eu sou assim. Ansiosa. Apressada. Ingênua. Boba. Apaixonada.

- E eu te amo exatamente assim. E de qualquer forma, nós com certeza já...

- Muitas vezes. E em todas elas você me fez sentir como uma princesa.

- A minha princesa. – ele segurou meu rosto e me beijou com firmeza e calma.

- Amor... – me afastei. – se a gente não tivesse junto? Se você estivesse com Melissa ou qualquer outra... A amaria assim também?

- É claro que não! – ele me agarrou e começou a fazer cosquinhas em mim. Comecei a rir. – só dá pra amar assim você.