Dark Side

Capítulo 6


1450.

Os Swans caminhavam pela floresta até adentrarem um campo, Isabella estava ansiosa e suas mãos suavam. Sentia que a historia a seguir era importante, ela estava amedrontada, porém nada impedia sua curiosidade.

Ao chegarem no campo aberto, os três sentaram-se ao chão, Charlie e Renne ficaram na frente de Bella.

--Bem, querida.

--Contem logo, estou ansiosa! – Isabella se remexeu inquieta.

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--Tudo bem. – Charlie suspirou. – Olha... Nós... quando eu encontrei sua mãe... Ela era uma prostituta.

Aquela revelação fez Isabella se assustar, olhar para sua mãe assustada, perguntando se era verdade. Renne apenas abaixou o rosto, porém prosseguiu ela mesma a historia.

-- Minha família era muito pobre querida, meus pais ligavam para a ganância. Uma senhora velha, a rainha bruxa, queria humanas a seus favores, prostitutas e prostitutos para atrair poderes, uma bruxa muito má que se alimentava da alma das pessoas. E então meus pais em tiveram. Eu tinha apenas um ano quando eles me venderam para a bruxa. Cresci em um palácio, enorme, porém horripilante. Aprendi tudo o que precisava para chegar aos 15 anos e começar meu trabalho como dançarina, atrair homens para o palácio onde a bruxa má se alimentava dos poderes.

Isabella ergueu o rosto, confusa.

--E por que a bruxa má fazia isso? – perguntou meio risonha. Parecia só conto de fadas.

--Por que ela queria poder, controlar todos!

--Ah sim, velha doida.

--Sim, era. – Charlie concordou com um risinho, logo se calou.

--Mas, por que ela foi atrás de você, mãe?

-- Por que meus pais mexiam com bruxaria, meu pai... Ele tinha poderes, filho de bruxa com humano e então... Eu era considerada a preciosa do reino.

--Ah. E o pai foi atraído por você?

-- Eu era um grande aventureiro. – Charlie respondeu rindo. – Gostava de viajar pelo mundo, fui mordido muitas vezes por vampiros e criei alguns poderes. Me encantei por sua mãe que dançava no palácio, fui atraído e não desisti dela, ela me ignorava... Por uma boa razão.

--Como a preferida da Rainha. – Renne completou. – Eu era privada de romances. Mas me envolvi com Charlie e isso provocou a fúria da Rainha. Ela ficou irada ainda mais quando eu usei meus poucos poderes para fugir com Charlie. Até hoje ela coloca exército atrás de nós.

--Só por você ser a favorita dela? – Isabella ergueu as sobrancelhas. – É sem sentido.

Charlie e Renne suspiraram. Isabella se irritou.

Havia mais!

--Não sou mais uma criança. Conte-me!

--Tudo bem. – Renne suspirou.—A Rainha é casada. E...

Nesse momento, Charlie se retraiu, fazendo uma careta.

--E?—Isabella insistiu. – Quem é o Rei?

--O Rei... é seu pai. – Renne disse baixo, Charlie soltou um resmungo.

--Meu pai? – rapidamente o olhar da garota foi para Charlie. Renne suspirou.

--Não Bella, não. Não esse pai. Mas... o Rei é seu pai, não Charlie.

O despertador acordou Isabella. Ela resmungou alto enquanto se erguia da cama, pronta para ir á escola. Se arrumou devagar, sem um pingo de ânimo. Ela que gostaria de ir á escola, já que estava certo tempo sem ir estudar.

Após se vestir, com roupas novas, uma batida na porta interrompeu Isabella a passar o perfume. Ela deu mais duas espirradas de perfumes e correu para atender a porta. Sorriu para Stefan, ele riu.

--Parece que combinamos na jaqueta. – ele falou indo. Ambos usavam uma jaqueta marrom. Porém a de Bella era mais escura. Ela riu fraco.

--É...

--Vem tomar café.

--Hã...

Ela não conseguiria escapar dele.

--Ok, vou pegar a bolsa.

E então adentrou seu quarto, pegou a bolsa e o seguiu Stefan até a cozinha. O café foi silencioso como o do dia anterior, logo os dois partiram, cada um em um carro para a escola. Stefan toda hora olhava pelo retrovisor para conseguir vê-la no carro de trás.

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Novamente, o olhar caiu sobre Bella. Dessa vez, o que mais chamou a atenção foi que a aluna emancipada de passado estranho tinha o carro mais belo de Mystic Falls.

(...)

Alguns dias se passaram e Isabella trabalhava como garçonete do Mystic Grill. Ganhava o suficiente para se sustentar e se sentia bem trabalhando ali. Stefan usava a desculpa de sua mãe estar de viajem para ir almoçar, jantar e até tomar um café da tarde no Grill, dizendo que não queria incomodar as empregadas, já que Damon nunca comia em casa mesmo.

A amizade de Stefan e Bella só cresceu, mesmo que a garota querendo se afastar. Era errado. Ela estava amaldiçoada, ela machucava as pessoas, ela era um ser das trevas e não podia simplesmente ir e se envolver com Stefan.

Porém o garoto insistia, eles não se afastavam mais. E Bella já não sabia como encontrar uma forma de se afastar de Stefan. Agora, só conseguia se entregar a amizade. Sendo não só amiga dele, mas como amiga dos amigos dele. De algumas garotas da escola... Ela agia como uma humana normal. Porém seus sucos escondidos na mala a lembravas, toda noite, sobre o que ela era. Um monstro.


A noite estava fria e chuvosa. Isabella estava de pé, olhando para as gotas que escorriam pelo vidro, ás vezes encarando as arvores que balançavam com o vento. Era o mesmo tempo que quando foi capturada. As imagens eram nítidas em sua mente. Ela se lembrava de como ajudara os pais com a fuga. Fugir do seu verdadeiro pai do seu destino horrendo.

O rei era seu pai.

O rei terrível que aconselhava a rainha com seus planos malignos. O Rei que maltratava pessoas, o rei que quase nunca dava as caras. A Rainha maltratava a todos e sempre aparecia em cada canto. Já o rei era o pior. Organizava tudo, escondido em seu enorme escritório e planejando as terras que conquistaria.

Bella fechou os olhos, deixando com que as lembranças a invadissem novamente.

1452

Isabella corria pela floresta, ofegante e chorando, correndo o máximo que podia. Suas pernas não agüentavam mais os saltos que era obrigada a dar, seus pulmões imploravam por ar e a escuridão a impedia de ver as pedras e as arvores, fazendo-a se machucar, perder as forças.

-- Você pode correr minha querida, mas nunca o suficiente para fugir de mim. – a voz alta da bruxa malvada do velho oeste ecoou pela floresta, acima dos trovões.

Quando Isabella estava perdendo as forças, esbarrou em um corpo. O corpo esbelto e venenoso da Rainha.

--Filha da p..

--Olhe a boca menina. – A Rainha sorria de forma maligna.—Pelo visto seu pai e eu teremos muito trabalho.

E como uma garota emburrada, Isabella cruzou os braços e fez um bico. A Rainha apenas sorriu.

--Cadê meus pais? – Bella se ergueu do chão, encarando a Rainha com superioridade.

--Eles estão dando uma volta no céu.

Isso foi o suficiente para Isabella acertar em cheio um tapa na cara da bruxa má. A Rainha rosnou irritada.

--Ora sua...

E quando iria rebater o tapa, alguém aparece segurando o braço da Rainha, a mesma fica congelada.

Isabella ergue o olhar para encarar seu Salvador. Porém era o demônio, seu pesadelo. Branco como um cadáver, o cabelo louro parecia prateado e os olho azuis estavam mais claros do que nunca.

--Não. Ouse. Machucá-la. – disse pausadamente. A Rainha, assustada, se encolheu, afastando-se alguns passos. Então, lentamente, o Monstro se virou e olhou para a garota assustada.

Isabella deu dois passos para trás, com medo. O que ele faria com ela? Ele a machucaria? Porém o Monstro sorriu de uma forma tranqüilizante. Isabella se arrepiou com aquilo, temendo o que fazer e com vontade de chorar por tudo que aconteceu tão rápido. Ela se lembrava apenas de estar dormindo em uma casa abandonada com seus pais no quarto ao lado, quando a fumaça e os berros de sua mãe a despertou, tudo o que ela pode fazer era fugir.

E agora, encarava a criatura de quem sua mãe fugia desde que fora capturada, e de quem Isabella passou a ter medo.

-- Calma... – o Monstro sorria de forma calma, tentando tranqüilizar Isabella. Entrar em sua mente e acalmá-la. Porém Isabella era como um escudo, não conseguia dominá-la. Sua mente era impenetrável.

Mas ele não precisou disso, Isabella estava tão assustada que desmaiou. O monstro a pegou antes que caísse e ela foi levada para o Castelo.

...

Bella se remexeu na cama grande e macia, estranhando onde estava. O cheiro era completamente diferente. Lhe dava nojo.

Ela abriu os olhos e encarou a cortinha vermelha da cama. Sentou-se com tudo, tentando se certificar que era um sonho. Mas não. Isabella estava no maldito palácio onde viviam os monstros que mataram seus pais.

-- Bom Dia. – uma voz soou grave por todo o enorme cômodo. Isabella não conseguia ver através das cortinas vermelhas, apenas sabia que era um homem. Estremeceu ao lembrar que aquele homem era seu pai.

Bella continuou quieta, encolhida. O vestido que usava era feito de uma forma perfeita,leve e preto.

-- Está se sentindo bem?

Aa cortina foi aberta pelo monstro louro, Isabella se encolheu na cama, se afastando um pouco. O Olhar do Rei continuava sério, gélido.

--Me deixe ir! – Isabella pediu com a voz rouca. O rei riu irônico.

--Ir para aonde minha querida? Você não tem para onde ir. – Uma bandeja deslizou pela cama até chegar aos pés de Isabella.

A garota olhou com repulsa para a comida. Porém parecia tão boa e sua barriga roncava tanto. E aquilo era comida de verdade, não aquelas coisas estranhas que era obrigada a comer.

--Sei que quer. E não se preocupe, não está envenenada.

--Não vou comer.

O rei riu diante a mal-criação e sua filha.

--tudo bem. – ele se sentou. – estarei esperando para vê-la comer.

E Isabella não teve escolha. Envergonhada, mordeu um pedaço da maçã. Quando o rei percebeu que ela comeria, decidiu sair do quarto, deixando-a sozinha por um tempo, logo uma governanta estaria para cuidar dela.

Isabella não gostava nada daquilo, ela só queria partir o mais rápido possível dali.