▬ Terror á meia noite.

– Você está de brincadeira Jason? – gritava Túnia encarando o garoto com os olhos fervendo de raiva.

– Ele disse que topava ué. – fala Jason com indiferença balançando os ombros e Túnia solta um muxoxo de raiva.

Tudo começara quando Jason falara a consequência de Sirius, passar uma hora na Floresta Proibida de Hogwarts sem perceber que aquela era a pior noite para isso. Sirius, como todo orgulhoso aceitara. Agora Túnia tinha o coração de agonia, com medo por Sirius e xingava Jason por ser tão idiota.

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– Túnia, acalma-se, Sirius sabe se virar, ele vai ficar bem. –tentava Lily acalmar a irmã que tremia de medo e raiva.

A loira encarou a ruiva com o olhar gélido e Lily recuou. Túnia empurra Jason com raiva e sai em direção á Floresta Proibida. Nem que ela precisasse passar por um lobisomem que poderia á solta, ela traria Sirius de volta.

– TÚNIA, ONDE VOCÊ VAI? –grita Jason ao ver a loira entrando na floresta.

– BUSCAR O SIRIUS SEU IMBECIL! – ela respondera de volta, de uma forma nada educada.

Depois dessa, Jason se calou. Sentindo o remorso por ter feito isso, bufou por ter sido tão idiota. Definitivamente, agora Túnia jamais iria querer saber dele.

– Devíamos ir atrás deles. –fala Lily agora com os olhos verdes de preocupação.

– Não podemos. –responde Halley com palidez e todos a encaram.

– Como assim? Não posso deixar minha amiga e meu melhor amigo lá! –exclama James indignado.

Halley o encarou com os olhos verdes faiscantes e ele se encolheu.

– Há uma criatura da lua solta na terra. Essa noite está de magia. Magia das trevas. Acredite em mim, não podemos. Túnia é o elemento ar, ela pode salvar Sirius. Somente ela. Se formos, morreremos. –explica Halley com o tom sério encarando a floresta proibida que á noite, suas arvores pareciam atrair as vitimas.

Lily apenas assentiu com a cabeça, reprimindo as lágrimas e se aninhando no peito de James que acariciava seus cabelos ruivos num gesto de conforta-la.

Jason olhava para a floresta com um aperto no peito. Invocou seu elemento fogo e pediu que ele iluminasse o caminho de Túnia e Sirius. Halley vendo o que o amigo fazia, sorriu e se juntou á ele. Invocou seu elemento terra e pediu que indicasse o caminho para eles se encontrarem e irem juntos embora.

Era a única coisa que poderiam fazer.

– Sirius? – chamava Túnia, caminhando pela floresta sentindo calafrios sobre o corpo e logo pegou sua varinha, lembrando-se de um feitiço que aprendera. – Lumus – e a varinha acendeu-se, iluminando seu caminho.

Seus sentidos indicavam para ela ir à direção oposta que se encontrava. Abriu um sorriso ao ver que se sentia aquecida e agradeceu por Jason. A loira estava caminhando seguindo seus instintos até que ouviu o grito de uma garota.

Túnia correu em direção do grito e encontrou uma garota de costas caída no chão, gritando de desespero ao encarar o enorme lobisomem em sua frente que se preparava para rasgá-la em pedaços.

– DORCAS! – berrou Túnia em desespero ao reconhecer a loira.

O lobisomem desviou o olhar para sua presa e encarou Túnia com seus olhos amarelados e maldosos, logo indo em direção á loira que ficou parada em pânico.

– FOGE TÚNIA! –gritava Dorcas com arranhões no rosto e uma perna sangrando.

O lobisomem continuou encarando sua nova vítima, que permanecia estática, em estado de choque. Estava no momento de arranhar seu rosto, até que Túnia é puxada por braços fortes.

– Você está louca? CORRA! –fala Sirius com o rosto pálido pegando a mão de Túnia e a arrastando.

A loira logo saiu do estado de pânico e correu juntamente com Sirius, reprimindo as lágrimas ao se lembrar de Dorcas. Estavam correndo até que outro lobisomem o abordou no caminho. Sirius se pôs na frente de Túnia, num gesto de á proteger.

– Quando eu disser corra, você corre. – Sirius fala num tom só para Túnia ouvir.

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– Não vou te largar aqui. –ela fala apertando sua mão e encarando seus olhos negros.

Sirius reprimiu um sorriso e se pôs a encarar o lobisomem e sua frente. Franziu as sobrancelhas e abriu um sorriso ao reconhecer. Era Remus em sua forma lupina.

– Suba na árvore. –fala Sirius encarando Remus lupino que começara a rosnar.

– Não. –teima Túnia, se recusando a deixar Sirius que revirou os olhos e soltou suas mãos.

Túnia observou estupefata Sirius encolhendo até se tornar um enorme e belo cão negro. A loira reprimiu o sorriso e subiu a árvore conforme Sirius mandara. Remus lupino mantinha sua atenção para o cão, reconhecendo-o como o mesmo cão que o sempre aparecia junto com um rato e um cervo.

No exato momento que a loira se ajeitava num galho, o lobisomem que atacou Dorcas a atingiu numa velocidade rápida, a derrubando no chão. Sirius rosnou de raiva ao ver Túnia sangrando e fixou seus olhos para o lobisomem que o encarou.

Remus lupino encarou o lobisomem e sentiu uma raiva, aquele era seu território e ele não admitia sua espécie tentando a roubar. Rosnou juntamente com Sirius, ambos se preparando para enfrentar aquele lobisomem que rosnou de volta.

Túnia reprimiu um grito ao levantar e sentir seu osso estalar. Observou Sirius e dois lobisomens, um ao lado de Sirius e outro na frente de Sirius o encarando e rosnando. A loira logo desvendou que o lobisomem ao lado de Sirius era Remus em sua forma lupina.

Sirius logo atacou o lobisomem em sua frente, que começou morder o numa tentativa de se livrar dele. Remus lupino se juntou, cravando suas garras nas costas do lobisomem que uivou e sacudiu seu pelo com raiva, fazendo Sirius saltar até a árvore e soltar um ganido. Túnia reprimiu um grito ao ver Sirius mancar.

– Vamos. – a loira ouviu a voz de Dorcas que estava com a mão em seu ombro.

Ela virou-se e encarou Dorcas que tinha o rosto pálido e cheio de arranhões. Abraçou a amiga, aliviada por ela estar viva.

– Vá. Eu preciso esperar Sirius. Vá. –fala Túnia apontando para a direção em que Dorcas deveria seguir.

– Não posso te deixar aqui Túnia. – protesta Dorcas.

– Vá! Siga reto, corra. –fala Túnia num tom que não admitia discussões e Dorcas assentiu, logo correndo lentamente por causa de sua perna manca.

Logo que Dorcas se fora, Túnia andou sorrateiramente até a árvore onde Sirius gania, logo se transformando em humano.

– Vem. –ela fala em voz baixa, não querendo chamar a atenção de Remus lupino que estava acabando com o lobisomem.

Sirius apoiou seu braço no ombro de Túnia e ela o carregou silenciosamente. Cada barulho, fazia os membros do corpo da loira se tencionarem. Ela só relaxou quando viu de longe a cabana de Hagrid, sinalizando que estavam chegando ao fim da Floresta Proibida.

– Porque você veio atrás de mim? –solta Sirius e Túnia para, se pondo a encarar.

– Porque a ideia de viver sem você é insuportável. – ela fala com pesar na voz, logo retomando a caminhada.

– Você me odeia? – ele pergunta, parando e se apoiando numa arvore.

– Devia. Mas não consigo, sou uma imbecil. –responde Túnia sentindo as lágrimas virem e Sirius toca a mão em seu rosto.

– Por quê? – Sirius pergunta com evidente confusão e Túnia solta uma risada de deboche.

– Sem essa Black. Seja pelo menos homem para assumir suas burradas. –fala Túnia num tom seco, se afastando do toque de Sirius.

– Do que você está falando? – pergunta Sirius ainda confuso e Túnia o encara com raiva.

– Não acredito que você vai me fazer falar isso. Você sabe do que estou falando! Estou falando da noite que eu fui te ver e te vi trepando com uma vadia qualquer! – ela grita com raiva derramando lágrimas e Sirius arregala os olhos.

– Você está doida Petúnia Evans? – Sirius puxa o braço de Túnia que o encarou.

– O que? – Túnia exclama chocada.

– Eu nunca faria isso. Quem você viu era o Remus e a Dorcas. Eu havia derrubado suco de abóbora na cama de Remus e ele exigiu ficar com a minha cama, até trocarem os lençóis. Caramba. Você ficou brava comigo por meses, achando que eu a trai? –exclama Sirius com indignação e Túnia sente suas bochechas se avermelharem.

– Eu.. – ela tenta arranjar uma explicação, mas é logo cortada por Sirius.

– Eu jamais faria isso, porque eu te amo sua tonta! –ele fala segurando sua cintura e encarando seus olhos cinzentos que se enchiam de lágrimas.

Antes que ela falasse algo, ele a puxa para um beijo cheio de saudades. Como sempre, seus lábios se encaixavam perfeitamente entre si e suas línguas trabalhavam em perfeita sincronia.

– Temos que ir. – Sirius fala ao se afastar do beijo, deixando Túnia atordoada.

Ambos andam em velocidade acelerada, apesar de Túnia reclamar por Sirius estar correndo com a perna manca. Depois de muitas discussões bobas pelos dois, finalmente ambos saíram da floresta e logo foram recepcionados pelos amigos.

Lily abraçava Túnia e chorava com a irmã. James deu um abraço no amigo, reprimindo a vontade de chorar. Jason tenta abraçar Túnia que o olha furiosamente e lhe dá um tapa na cara. Halley abraça a loira, sentindo toda sua agonia ir embora.

Dorcas já havia sido encaminha para a enfermaria, tendo sua memória alterada para não sofrer traumas. Todos subiram em silêncio para suas respectivas casas e se despediram aliviados por todos sobreviverem essa noite.

– Posso ficar com você essa noite? –pergunta Túnia abalada.

– Por mim, pode ficar essa e todas as noites. – responde Sirius abraçando a loira, subindo juntamente com ela até o dormitório masculino.

Logo que se deitaram, Túnia se aninhou no peito de Sirius chorando baixinho, se acalmando aos poucos, logo adormecendo juntamente com o maroto que se tranquilizou ao ver que ela estava com o rosto sereno.