The Time Of A Life

[Tick-Tack]. Nobody can rewind time.


"O sacrifício da coisa conhecida como ‘vida’... O tempo conhecido como ‘vida’ não pode ser rebobinado." - Hiro Mashima.

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"- Juvia, eu tenho que te contar algo.

– O-O que é?

– Juvia!"

Ele se foi. Ainda não consegui processar esta informação, mas ele morreu para te proteger. Acho que nenhum de nós sabe a quem agradecer, não é? Embora eu pense que você, menina, preferiria ter morrido.

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Não sei direito o que se passou na sua cabeça durante os ínfimos segundos em que tudo aconteceu, mas imagino que sentimentos a dominaram quando viu a consequência de seu descuido.

Tristeza e raiva.

Foi tão rápido. Um piscar, e mais uma vida havia sido tomada. A diferença era que, desta vez, eu não achava que a perda seria subjugada com tanta facilidade. Afinal, ele morrera. E eu sei que, apesar de tudo, aquele garoto era extremamente considerado por todos da guilda. Há pouco tempo, eu percebi que ele foi amado como eu nunca fui. Foi, porque, agora, ele não pode mais sorrir como sorria. Ou chorar como chorava. Na verdade, ele nem ao menos pode respirar.

Não tem nem segundos que eu percebi que... Gray Fullbuster está morto.

O mesmo menino que já me foi tão próximo e, simultaneamente, tão distante. Ao ver aquele corpo no chão, banhado em sangue, eu pude claramente sentir um bolo em minha garganta; e, acho eu, a angústia pela qual passei era quase palpável. Mesmo que eu tanto falasse, ele sempre seria importante. Acho que viver no vazio de sua ausência seria minha provação.

E enquanto eu me enchia de pensamentos tão tolos, eu a via. A pessoa que fora salva. A verdadeira vítima do ataque. Você, Juvia.

A menina que eu amava.

A menina que ele amava.

Mas você não sabia disso. Já que, por infortúnio do destino, ele nunca poderia dizer o que tanto almejara ao te chamar. Quisera eu que ele houvesse visto o que era tão claro antes. Tão nítido quando o gelo que nós controlávamos.

Seu amor era recíproco.

Talvez você devesse saber Lockser, mas as tais palavras eram "eu te amo".

E eu queria que ele as houvesse dito, mesmo que isso causasse minha infelicidade. Porque talvez assim ele estivesse vivo. Talvez, assim, tudo tivesse sido diferente. Talvez, dessa forma, vocês pudessem ter sido felizes. Coisa que eu desejava por saber que nunca me compararia a ele, não ao homem que levou embora a chuva que você tanto odiava. Pergunto-me, ainda agora, porque a vida não os deu uma chance de alegria, nem que por alguns segundos.

Ah, segundos. Engraçado como alguns deles podem mudar tanta coisa.

Nunca pensei que eu, justo eu que tanto os relevei, fosse chegar ao ponto de odiá-los tanto. O motivo, você quer saber? Eles tiraram o belo sorriso que você tinha. Eles tiraram tudo o que você tinha. Tiraram o seu amor friamente, o empurrando para os braços da morte – e deixando para trás uma inocente culpada. Esta sendo você.

Você, menina, que tão delicada quanto sua magia a permite ser, está deixando escorrerem lágrimas dolorosas por seu rosto. Está apertando a própria face com as mãos, amassando seus belos cabelos azuis, enquanto adota um olhar de agonia.

Você que gritou longamente, terrificada, o nome daquele que nunca mais voltaria. É triste, eu sei, mas ninguém pode voltar no tempo.

– Gray!

Eles podem não ter respondido, mas os céus ouviram seu pranto desesperado.

A chuva recomeçou.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.