Desejo & Compreensão - HIATUS

Capítulo Vinte e Dois


"Não chore nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro."

Richard Bach

Clarisse não tinha qualquer intenção de contar a alguém sobre suas descobertas. Não era sua intenção de se posicionar contra a tia, ainda mais quando seu marido já era falecido.

Poderia supor só algumas coisas com sabe naquele relato. Seu pai nunca teve conhecimento do caráter de sua irmã, Lady Anne tinha nela a mesma insignificância que se via crescer em Tânia, era um desejo pelo que as fazia ir ao fim do mundo para consegui-lo. Sobre a família de sir Burghersh, nada parecia ser mais tão impecável como se tinha feito pensar, o mal humor dele e grosseria tinham fundamentos de um coração machucado por más escolhas.

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O sr. Manson, por mais que Claire pudesse acreditar, não parecia ter a índole tão pura e nem tão boas ligações com a família como todos foram levados a acreditar. Este mundo era feito de mais aparências do que Clarisse podia suportar.

Quando se juntou a todos na manhã seguinte, não sabia de nada do fim da noite anterior e não sabia se desejava saber. Somente Digory e Rose não tinham descido quando se reuniram para um café duas horas mais tarde que a rotina, visivelmente todos estavam cansados sem saber de metade do que acontecera na madrugada.

"Temos péssimas notícias." Disse Digory entrando na sala.

"Oh! Mas o que aconteceu?" Perguntou Alice.

"Espero que Rose esteja bem" Completou Claire com a mesma preocupação que a irmã.

"As notícias nada tem com Rose, felizmente. Fomos informados pelo sr. Evans que nossos negócios estão em risco, as chuvasna região afetaram todas as propriedades e o correio está tão atarefado que não nos trouxe notícias, agora até compreendo o porque, partiremos amanhã pela manhã." Disse com pesar em sua voz.

"É uma notícia horrível de fato. " Comentou Tânia com descaso no acontecimento.

" Muito! Mas não pode deixar que Rose volte nesse estado!"

"Me desculpe meninas" começou se virando para Clarisse e Alice em uma das pontas da mesa "Rose insistiu em ir e acho que irei deixá - la com a mãe pelo tempo que for necessário para mante-la a uma curta distância e boas mãos. A mãe poderá cuidar dela melhor que as senhoritas."

" É verdade" confirmou Alice colocando uma das mãos nas de Clarisse antes que ela se manifestasse. " Claire, realmente não somos nós a melhor opção para cuidar de Rose, não neste momento."

Com um suspiro ela aceitou e se resignou na cadeira terminando de tomar seu café. Digory voltou para o quarto para auxiliar no feitio das malas de forma mais eficiente. Voltaram todos a se ver na hora do jantar, a não ser por Tânia que entregava um bilhete a uma das serventes.

"Não acredito que logo nos deixarão! " Disse Claire chorosa para a irmã mais velha e Rose a a abraçou para lhe cochichar ao pé do ouvido. "A mim também não me agrada deixá - la, mas preciso acompanhar Digory. Me preocupa tanto deixá - las sozinhas com essa tia que ainda hoje vou escrever pedindo para seu pai e sua mãe adiantarem a visita, vocês precisarão de olhos responsáveis aqui. Mas tenho outro assunto para tratar com você, onde está seu camafeu? A dias que não a vejo usar." Então se afastaram.

"Acho que o perdi, não o encontro mais em minha caixa" Respondeu Clarisse nervosa.

" Não o deu a ninguém? "Perguntou Rose sentindo que algo lhe escapava, Clarisse mentia e isso era um mal sinal. Porém, não querendo causar alarde, até porque a menina continuava a fitá-la com a face pálida, completou. "Sen

tirei tanta falta de vocês! Mas foi um mês maravilhoso, espero que nos visite assim wue for possível." "Eu irei, agora não garanto por Alice" as duas irmãs riram pelo fato que Alice não via a hora de retornar a casa para encontrar seu amado sr. Smith, ambas duvidavam que a irmã mais nova gostaria de se aventurar em outra viagem tão cedo. Todos se recolheram cedo para seus respectivos aposentos, além de precisarem regenerar suas energias perdidas com a noite passada, diriam amanhã, antes da hora costumeira, adeus a parte do grupo e começariam dia que Claire via pouco sentido em existir. E assim aconteceu.

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A manhã era calma e um pouco nevoenta quando os cavalos foram presos a carruagem e as malas postas e bem pressas a ela. Os irmãos se despediram com fervor e beijos. Até Lady Burghersh - que andara muito calada desde que seu antigo amante não tinha intenção de vir ao seu baile e assim o fez - esteve lá no primeiro vestido que encontrou em seu guarda roupa e se despedia de seu segundo sobrinho favorito.

"Escreveremos" prometiam as irmãs mais novas. Enquanto Tânia se mantinha a parte, não que não fosse sentir falta de uma parte importante da família, mas via nos primos uma tentativa de oprimir seus planos, Rose estava sempre do lado de Claire, como se só ela amasse o sr. Manson verdadeiramente, mas não era esta a realidade. Tânia a amava-o e via nele tudo o que lhe faltava, admirava sua sagacidade e seus modos e sabia que por mais ilegítimo fosse o relacionados entre ela e Edward, ele a amava também.

Mas era neste ponto que ela não o compreendia, não sabia porque ele insistia em manter intactas as aparências com Claire quando era a Tânia que ele sucumbia de desejo. Ela precisava dar a ele um ultimato, por mais que nunca pudesse deixá - lo, teria que tencionar as fibras do coração. Estava na hora de Edward fazer uma escolha.