No Ritmo Da Vida

Nobody's Perfect


A lua cheia brilhava linda naquela noite, Yuuki andava conversando com Ino, Hinata e Sakura em direção ao refeitório onde estava o pequeno grupo de garotos.

– Oi pessoas. – Ino chegou sorrindo e se sentou ao lado de Gaara dando-lhe um breve selinho.

– Onde está o resto das meninas? – Shikamaru perguntou mostrando certo interesse na reposta.

– Não sei, devem estar perdidas por ai. – Sakura comentou, seus olhos encontraram com o de Sasuke, este virou o rosto rapidamente incomodado e visivelmente chateado.

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O moreno não era o único diferente, a rosada também pode perceber Naruto quieto demais com os olhos fixados ao longe, não demorou que ela percebesse que ele estava observando Hinata, esta havia ficado pra trás conversando com Kiba e nesse momento a garota ria e brincava com o cachorro do moreno, deixando visivelmente Naruto incomodado.

– Pera, o grupo de vocês também ta incompleto. – Yuuki disse contando os garotos com o dedo e passou rapidamente quando chegou em Hidan. – Onde está o Neji e o Itachi?

– Neji pelo que sei foi pra uma daquelas aulas noturnas e Itachi só Deus sabe onde esta. – Gaara respondeu com seu braço envolvido na cintura da loira ao seu lado.

O clima na mesa estava tenso, mas no meio daquela situação o casal se destacava Gaara e Ino completamente diferentes e ao mesmo tempo compatíveis, Yuuki pensava nisso e em como há muito tempo não ficava assim com alguém, seu ultimo relacionamento não teve o fim tão amigável...

– Eu posso falar com você? – A voz de Hidan fez a garota sair de seu pequeno devaneio, pega de surpresa ela assentiu seguindo o mais velho.

***

Na sala de dança...

– Otima apresentação. – Tsunade apareceu no meio dos alunos batendo palmas e sorrindo para os dois que ainda estavam em cima do pequeno palco da sala.

– Tsu...Tsunade-sama. – A professora falou assustada ao ver a diretora ali, a aula tinha saído de seu controle com a apresentação repentina de Neji e Tenten.

– Anko, minha querida devo lhe parabenizar, pois creio eu que seus alunos estarão preparados para a próxima etapa, aonde a dança será indispensável. – Tsunade disse com um sorriso discreto. – Enfim, apenas vim lhe entregar esses papeis já estou indo, bom trabalho.

Assim que a loira deixou os papeis em cima da mesa e cruzou a porta indo embora se pode ouvir um suspiro de alivio da professora, logo que Anko se recompôs se virou para encarar Neji e Tenten.

– Obrigada por nos divertir nesses últimos minutos de aula e ao resto da turma, boa noite estão todos liberados.

***

Vendo a oportunidade, Neji decidiu acompanhar a morena até o dormitório isso seria um curto tempo de caminhada até chegar ao quarto, mas era tempo suficiente para ele.

– Hey, posso te acompanhar? – Neji perguntou já ao lado da menina na porta.

Tenten olhava para Neji curiosa, vários motivos para aquele gesto passou por sua cabeça, mas a menina não disse nenhum deles e apenas sorriu.

– Claro, por que não?! – A morena disse começando a andar sendo seguida pelo mais velho. – A propósito aquela é uma musica legal.

– Sim, uma ótima musica. – Neji comentou olhando adiante o lago e voltou sua atenção para a garota que riu.

– Calma aê, eu disse que é legal talvez legalzinha. – Tenten ainda ria vendo a expressão do mais velho. – Serio, já ouvi melhores.

– Você só ta querendo me irritar, certo? – O garoto indagou levantando uma sobrancelha.

– Talvez sim ou não. – Tenten deu um passo à frente chutando folhas secas no chão, ela havia entendido aquilo, o jogo dele estava tão na cara que a fazia pensar se aquele era seu melhor, um simples plano de “cantar, seduzir e atacar” não iria ser o suficiente, ela então tomaria o controle virando o jogo para si, de presa para prendedor.

– Ok, então que tipo de musica você gosta? – Neji perguntou interessado.

– Rap, tipo, projota conhece?

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– Tipo, nada que não começou tem chance de chegar ao fim? – Neji sorriu, pela reação da garota poderia apostar ter acertado até mesmo a sua musica preferida.

– Eu sei que essa parada pode dar certo, mas também sei que isso pode não dar certo, então... – Tenten estava de frente para Neji e cantava lentamente, mas hesitou continuar.

– Então fica suave, relaxa mulher, deixa rolar. – Neji continuou e se aproximou mais da garota deixando seus corpos juntos e podia sentir a respiração descompassada da garota se misturando com a sua, antes que ele pudesse fazer outro movimento Tenten o empurrou.

– Não. – Em um ultimo fôlego, a garota conseguiu dizer alto e firme.

– Por que? Você é diferente. – O garoto insistiu e foi para perto da menina, mas essa não o olhou ela olhava para o lago com o semblante irritado.

– Sim, está decepcionado? – Ouve uma grande dose de ironia na voz de Tenten que era impossível não perceber. – Você sabia que nem todas as garotas acreditam em simples palavras.

– Nossa, fica calma. – Neji se defendeu.

– Vai me dizer que não pensou que eu fosse presa fácil? – Tenten riu sem humor desta vez o encarando, o garoto já havia começado a entender o porquê daquilo. – Mas quer saber? Tanto faz.

A morena se virou pronta para seguir seu caminho para o quarto que já estava perto, mas foi impedida pelo moreno que se adiantou parando na sua frente a segurando pelos ombros, forçando assim seus olhos encontrar os dela.

– Se você pensa que aquilo que eu fiz na sala, é o que eu faço sempre para conquistar uma garota, lamento te dizer, mas você não me conhece. – Neji disse olhando firme para os olhos da garota. – E foi por isso que eu disse que você é diferente.

Tenten abriu a boca para lhe retrucar, debater e não acreditar, simplesmente não queria ceder tão facilmente, mas no meio desse processo encarando os olhos perolados do Hyuuga, ela percebeu que estava apenas prolongando uma coisa que queria há tempos.

A garota sorriu divertida, algo interessante passou por sua mente, se aproximou de Neji lhe dando um beijo no canto da boca e trilhando com pequenos selinhos até seus lábios se encontrarem, mordeu o lábio infererior do mais velho puxando levemente e se separou olhando para os olhos perolados.

– Você tem razão, sou diferente e não te conheço. – Tenten afirmou. – Você também não me conhece, então saiba que pra mim isso não é o suficiente.

Neji sorriu de canto, ali na sua frente tinha um desafio como um mistério a ser desvendado e disso ele não fugiria, aceitaria até porque adorava resolver coisas complicadas.

***

Temari estava na sala de instrumentos de frente para o seu favorito, ela passou sua mão pelos pratos da bateria que tanto tocou e até muitas vezes descontou sua rica, mas não era como se ela quisesse ser dura e bruta agora, às vezes ela só queria ser mimada e segurada no colo como uma criança indefessa.

Seus olhos percorreram o lugar até um ponto apagado da sala, onde tinha um violão negro jogado, empoeirado e praticamente esquecido, seguiu até o objetivo e o pegou se sentando em um banco limpando com a mão um pouco da poeira que escondia o brilho do instrumento.

Ainda havia alguns alunos na sala, estes que aos poucos iam embora apagando algumas das luzes restando apenas Temari que ficou limpando e afinando o vilão que tinha um doce som, após terminar ela encarou com um sorriso o objeto em mãos.

– Tão lindo, como puderam te esquecer? – Temari sussurrou.

– Infelizmente algumas pessoas têm esse dom de esquecer quem menos quer ser esquecido. – Uma voz grossa ecoou pela sala.

– Ai meu deus, o violão falou comigo? – A loira disse espantada analisando o instrumento de todos os lados.

– Não viaja Temari! – Aquela expressão foi como um choque de realidade pra garota, aquela voz e aquela expressão ela já havia escutado muitas vezes.

– Kankuro. – Temari disse encarando seu irmão que estava na porta.

– Pensei que você não se lembrava de mim, vi sua foto e a de Gaara na apresentação das bandas. – O garoto alto e moreno com cabelos curtos arrepiados disse com a voz calma se aproximando.

– Eu me reencontrei com ele aqui, nunca me esqueci de vocês. – A garota explicou ainda analisando o irmão que parecia tão diferente de dois anos atrás. – Você está em que banda?

– Nenhuma, eu sou como a Misaki e a Karin. – Kankuro disse e se sentou na cadeira de frente para a loira. – É uma pena eu não consegui pegar nem a sua banda nem a de Gaara.

– Serio? Nossa como você veio parar aqui? – Temari perguntou com a voz embargada.

– Ah logo depois que nossa mãe morreu e você se revoltou com nosso pai indo embora de casa, Gaara foi pra um colégio interno fora da cidade e eu fiquei até me formar, depois conheci Asuma sensei que é coordenador do acampamento, então hoje estou aqui. – O garoto falou resumindo sua historia.

– Me desculpe. – Após alguns minutos de silencio Temari disse com um suspiro de culpa, como mais velha ela deveria ter se mantido forte, mas vou embora, fugiu como uma covarde, Kankuro conseguia ler tudo isso no rosto da irmã então sorriu.

– Já passou agora toque algo para mim, esse violão merece ser acariciado depois de tempos esquecido. - O garoto disse tentando mudar de assunto, o passado não importava, ele estava feliz pelo destino ter unido ele e seus irmãos novamente.

Temari sorriu passando os dedos pelas cordas do violão, ela queria dizer muitas coisas e a musica poderia ser um ótimo recurso, pois sempre foi o seu melhor refúgio.

Nobody's Perfect

(Ninguém É Perfeito)

"Se você olhar de perto
O olho pode dizer mais
Do que você pensa
Um simples borrão
Pode se tornar algo
Uma luz
Virar uma sombra
O mundo fica colorido."

"Olhe nos meus olhos"

A loira dizia sem tirar os olhos de seu irmão, ela se sentia culpada e sabia que não poderia concertar o passado, mas poderia melhorar o futuro. Em sua mente aparecia como flashes todas suas brigas com seu pai, tudo o que disse aos seus irmão que na verdade não era o que sentia.

Quando estou nervosa
Eu tenho essa coisa, sim, eu falo demais
Às vezes eu simplesmente não consigo calar a boca
É como se eu precisasse contar para alguém
Qualquer um que vá escutar
E é aí que eu pareço ferrar com tudo

Sim, eu esqueço as consequências
Por um minuto que eu perco meus sentidos
E no calor do momento
Minha boca se abre
E as palavras começam a fluir

Mas eu nunca quis te machucar
Eu sei que com o tempo vou aprender a
Tratar as pessoas que amo
Como eu quero ser amada
Isso é algo que tenho que aprender

E eu odeio ter te decepcionado
E me sinto tão mal com isso

Eu acho que o carma vai voltar
Porque agora eu sou a única que está sofrendo, é
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito
Não, não, não, não, não, não, não, ninguém é perfeito, não!

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– Escute... – Temari disse em um fôlego, tornando as notas do violão mais altas, uma lagrima percorreu seu rosto com um misto de tristeza e felicidade.


Se eu pudesse voltar no tempo
Eu juro, eu nunca teria cruzado aquela linha
Eu deveria ter mantido isso entre nós
Mas, não, eu fui e contei
Ao mundo todo como eu estava me sentindo e oh

Então eu sento e percebo
Com essas lágrimas caindo dos meus olhos
Eu preciso mudar se eu quiser
Manter você pra sempre
Eu prometo que vou tentar

Mas eu nunca quis te machucar
Eu sei que com o tempo vou aprender a
Tratar as pessoas que amo,
Como eu quero ser amada
Isso é algo que tenho que aprender

E eu odeio ter te decepcionado
E me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma vai voltar,
Porque agora eu sou a única que está sofrendo, é
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada

Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito
Não, não, não, não, não, não, não, ninguém é perfeito!

Era sempre assim, para todos era uma garota forte, firme e fechada, mas seus amigos e principalmente seus irmãos conseguiam ver, eram as únicas pessoas que viam esse lado sentimental da garota. Ela esteve sozinha por anos e se culpava toda noite por quebrar sua família em pedaços, mas tudo voltaria porque ninguém é perfeito e ninguém vive sozinho, está é uma lição aprendida!


Eu não sou uma santa, não, não mesmo
Mas o que eu fiz não foi legal
Mas eu juro que nunca mais vou fazer isso com você
Eu não sou uma santa, não, não mesmo
Mas o que eu fiz não foi legal
Mas eu juro que nunca mais vou fazer isso com você

E eu odeio ter te decepcionado
E me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma vai voltar
Porque agora eu sou a única que está sofrendo, é
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito

Não!

Não me diga
Não diga
Não me diga que você não pode me perdoar, oh
Não, não
Não
Porque ninguém é perfeito, não

A musica havia terminado, mas a loira continuava tocando suavemente o violão, seu irmão se levantou sorrindo e batendo palmas fazendo assim Temari rir.

– Adorei e você continua arrasando. - Kankuro disse com os braços abertos para a irmã, esta se levantou apoiando o violão na parede indo abraçar o moreno que tanto tinha saudade. – Só tem um problema.

– Qual? – Temari perguntou se afastando um pouco para olhá-lo.

– Quem vai ganhar essa competição serão meus pupilos. – O garoto disse orgulhoso e logo caiu na risada com a loira.

Um barulho de algo caindo no chão cortou o ar, assustando os dois que estavam distraídos.

– Er... Desculpa se atrapalhei vocês. – A voz grossa masculina vinha da porta, mas como a maioria das luzes estava apagada não era possível ver a pessoa apenas seu contorno. – Estou indo já.

Termari semicerrou os olhos, mas apenas viu o vulto passar correndo pela porta, aquela voz lhe soava familiar, mas ignorou olhando para seu irmão.

– Já ta tarde e as meninas já devem estar me procurando. – A loira disse passando a mão pelos cabelos do mais novo bagunçando. – Gaara vai ficar feliz em te ver, nos vemos amanha?

– Com certeza. – Kankuro sorriu seguindo Temari até a porta. – Boa noite Onne-chan.

***

A noite se estendia pelo acampamento e perto do lago atrás da arvore mais afastada se encontrava Sai e Matsuri conversando.

– Você não desiste? Aquele ruivo quase me deixou deformado da ultima vez! – O garoto meio pálido tentava fazer a morena desistir daquele plano.

– Desistir não é uma opção, tudo que você tem que fazer é prestar atenção e não estragar tudo. – Matsuri sorria pendida em seus pensamentos.

Ela não era de se interessar por qualquer aluno que passava pelo acampamento, mas aquele ruivo a chamou muita atenção e não era justo uma loira de farmácia ficar com ele, afinal ela o viu primeiro!

***

Misaki povs on

Eu estava sozinha no quarto com Itachi, sua mão passando em minha coxa subindo até minhas costas me fazia arrepiar, ele me fazia sentir de um jeito diferente e eu não conseguia recusar suas caricias.

– Eu te amo minha loba. – Ouvi a voz de Itachi suave próxima ao meu ouvido me fazendo sentir um frio na barriga.

Antes que eu pudesse lhe responder, este tomou meus lábios de um jeito urgente, nossas línguas se cruzaram em uma batalha de caricias passei a mão pelos cabelos de Itachi que já estavam soltos, ele me segurou pela cintura deixando nossos corpos colados e eu podia sentir seu coração batendo mais rápido.

Uma de suas mãos desceu até minha coxa direita parando em minha cicatriz, senti o moreno incomodado e com uma mordida leve em meu lábio inferior ele quebrou o beijo, já um pouco afastado de mim seus olhos desceram até a marca.

– Qual o problema? – Perguntei com a mão em seu rosto.

– Por que você nunca me conta o que aconteceu? – Ele me olhou nos olhos me fazendo estremecer um pouco, mas retribui o olhar com a mesma firmeza.

– Talvez porque isso não importa. – Disse tentando finalizar o assunto.

– Importa pra mim, você sabe que pode confiar em mim. – Itachi insistiu.

– Eu não quero falar sobre isso. – Minha voz saiu alta sem que eu percebesse, aquilo me irritava. Vi Itachi se jogar ao meu lado na cama e apenas segui seu movimento com os olhos. – Será que você não pode entender?

– Claro, eu posso entender perfeitamente. – Sua voz soou fria e ele não me olhava.

– Ótimo! – Me levantei da cama seguindo até a porta com passos firmes e sai do quarto batendo a mesma atrás de mim.

Andei um pouco até achar Kron deitado perto de uma arvore, corri até ele me jogando no chão ao seu lado e o abraçando. Algumas coisas se cicatrizam, mas não se curam totalmente.

Misaki povs off