- Agente Hill – Fury disse parando ao lado de uma moça.

- Sim, Senhor – ela parou me fitando.

- Esta é Elizabeth Mase, nossa nova agente.

- Olá – ela deu um fraco sorriso e estendeu a mão – seja bem vinda.

- Obrigada – dei um fraco sorriso apertando a mão dela.

- Hill apresentará á você sua nova missão – Fury disse e com um aceno de cabeça saiu andando na direção contrária, apenas fitei Hill dando um fraco sorriso forçado, ela folheava alguns papéis enquanto pedia para um dos agentes da S.H.I.E.L.D. procurar no computador qual era a minha missão. Fiquei de braços cruzados apenas esperando o que tinha que fazer. E por um instante aquele lugar me lembrou de onde vivi.

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Flashback.

- O que estou fazendo aqui?

Perguntei apavorada, mas sabia que minha pergunta não seria respondida. Estava presa em uma estúpida sala branca sem móveis, sem nada que apenas cheirava á mofo e naftalina. Não havia ninguém ali comigo, estava trancafiada em um lugar que não conhecia. “Faz parte do treinamento”, eles falavam como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

Meu longo cabelo loiro agora tinha se tornado em um Chanel mal cortado e acabado. Não sabia nem como tinha chegado ali, não tinha nem ideia. E o pior de tudo é que também não tinha ideia de como sairia de lá.

Pouco depois de acordar desesperada e não conseguir me mexer por estar paralisada de medo, uma enorme porta branca se abriu e uma mulher de olhos vermelhos entrou na sala para aumentar mais ainda meu desespero. Ela tinha um sorriso simples em sua boca e estava com uma roupa totalmente branca, o que automaticamente combinava com seu cabelo também branco, mas incrivelmente bonito e bem cuidado. Ela chegou perto de mim com seu sorriso e se ajoelhou na minha frente.

- Oi, você é Amanda?

Eu apenas a fitei completamente assustada. Não a respondi, me perguntava como ela sabia meu nome e porquê eu estava ali. Me encolhi chegando meu corpo para longe do dela.

- Tudo bem – ela sorria dizendo com uma voz suave – não vou te machucar.

Apenas a fitei com meus olhos arregalados.

- Amanda, sou sua amiga. Pode confiar em mim – ela pedia.

- Quem... Quem é... Você? – gaguejei amedrontada.

- Sua nova melhor amiga – ela sorriu abrindo os braços.

- Eu... Não te conheço! – falei com os olhos cheios de água.

- Querida – ela ainda sorria, seus lábios estavam pintados de batom vermelho, mas ela não parecia querer meu mal – não vou te machucar e te contarei tudo o que aconteceu, eu te prometo – ela estendeu sua mão até mim.

Fitei sua mão em minha direção ainda sobressaltada e com os olhos arregalados. Eu queria me mexer, segurar a mão dela para saber tudo o que estava acontecendo, mas algo dentro de mim dizia que eu não deveria fazer isso, que deveria gritar e sair correndo dali. Mas para onde iria? Eu sequer sabia onde estava, precisava saber o que tinha acontecido já que a última coisa que me lembro era de estar jantando com meus pais e minha irmã caçula na casa de minha tia. O que tinha acontecido até então? Onde estavam meus pais? E minha irmã caçula?

- Onde estão meus pais? – perguntei trêmula.

Ela me fitou ainda com a mão estendida – Venha pequena criança. Contarei tudo enquanto toma seu café da manhã.

Com minha mão tremula segurei a da alta moça com os cabelos brancos e enormes. Ela sorriu sem mostrar os dentes e então me ajudou a levantar. Eu tinha um machucado na perna, mas ele não doía, estava com um vestido branco que mais parecia uma roupa de enfermeira de um hospício. Não tinha ideia do que estava acontecendo, mas mal sabia que, com apenas seis anos de idade estava ali por uma única razão: para suportar a perda de meus pais.

E me tornar uma deles.

End Flashback.

- Bem – Maria Hill finalmente disse algo acabando com meus pensamentos, tinha em mãos um portfólio – venha comigo.

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Apenas a segui até uma sala distante de onde qualquer alma viva – e até morta – pudesse nos escutar. Ela fechou a porta branca de ferro assim que passamos, ela apenas digitou um rápido código que pude decorar em minha mente: 79716543. Dei um fraco sorriso e ela então jogou os papéis em cima da mesa, um telão surgiu bem atrás de si e tinha a foto de um garoto e todos os seus dados. Ela estendeu a mão de modo que eu pudesse sentar e eu sentei na cadeira logo na ponta da redonda e branca mesa que tinha na sala. Parecia uma sala de reunião, o que era estranho.

Ela então começou a falar com um fraco sorriso no rosto – Primeiro gostaria de falar que é raro encontrarmos alguém tão novo e com tantas habilidades quanto você.

- Obrigada – agradeci séria.

- A S.H.I.E.L.D. fica bastante contente de contar com você e por isso, com o consenso de todos, lhe nomeamos em uma missão um pouco complicada. Não conseguimos solucioná-la á distancia, então, contamos com sua ajuda... Se você aceitar, claro – ela sorriu.

Eu dei um fraco sorriso sem mostrar os dentes – Claro.

Ela então assentiu com um aceno de cabeça, virou-se de frente para o telão com a foto do garoto e seus dados.

- Este é Peter Benjamin Parker – ela disse apontando para o telão – mais conhecido como Homem Aranha. Como sabe, tivemos a Iniciativa Vingadores, onde alguns heróis fazem parte, tais como Homem de Ferro e nossa agente Natasha Romanoff.

Apenas balancei a cabeça com as sobrancelhas erguidas.

- Um de nossos intuitos é ter o melhor “exército” de heróis possível, em prol de nossa humanidade. Tivemos vários ataques, não só de humanos, e todos sabemos que Homem Aranha é aclamado pelo público onde vive. E por isso gostaríamos de trazê-lo para fazer parte dos Vingadores, porém, todos os nossos convites enviados foram rejeitados. E essa é a sua missão – ela me fitou.

- Trazê-lo para cá? – perguntei.

- Exatamente. Mas com o consentimento do rapaz, claro – ela falava séria e então voltou a fitar o telão – ele mora com sua tia, May Parker. Seu tio, Benjamin Parker, foi morto em um assalto á mão armada. Todos os detalhes do rapaz estarão nesse portfólio, que agora é seu – ela então empurrou o portfólio até onde eu estava sentada – com o endereço, escola e tudo mais.

Folheei rapidamente o portfólio com detalhes de onde ele vivia, com quem vivia, com quem se relacionava, os bandidos que já matou, e algumas outras coisas em prol da humanidade. Hill novamente tirou minha atenção:

- Consegue fazer isso?

Apenas a fitei – Sim. Eu consigo.