Still Into You

Capítulo 51: Explicações.


P.O.V Nico.

Apenas me despedi de Laila com um selinho rápido e corri por entre a multidão até os fundos da casa. Assim que cheguei lá, já começava a sentir o nervosismo me dominar. Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, a fim de me acalmar.

Apalpei o bolso da calça para chegar se o que queria ainda estava ali. Tirei então a caixinha de veludo vermelha que tinha guardado. Abrindo a caixa, se encontrava um anel fino de prata revestido por pequenas flores também prateadas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Respirei mais fundo que pude. o nervosismo aflorava pelo meu estômago.

Virei-me então para os arbustos.

- Laila Wigon, sei que parece cedo, mas, me daria a honra de ser minha namorada? - disse para o arbusto maior. - Me daria a honra? - repeti para mim mesmo. - Laila, eu sei que é estranho, mas, eu te amo e.... - eu mesmo me interrompi. Estava tudo saindo uma bela merda. - Que droga! - exclamei irritado.

Joguei novamente a cabeça para trás. Meu coração trovejava no peito de tanta ansiedade. Eu nunca estive tão nervoso na minha vida. Isso era um efeito que Laila me causava a distância. Seus olhos me fitando me causavam , desde sempre, solavanco e cocegas no estômago. Seu sorrio. Ah, seu sorriso! Coisa mais perfeita não existia! Não, espera, existia sim. Poder beijá-la! Seus lábios macios como seda e doces como mel. Podia sentir o gosto ainda. E pretendia nunca mais deixar de sentir, pois faria daqueles lábios os meus. Não a queria deixar novamente. Se a magoasse, nunca me perdoaria por ter feito seus belos olhos derramarem uma única lágrima. Hoje mesmo, senti meu coração sendo espremido quando a vi chorando. Por sorte, ela me deixou que a consolasse, o que me deixou realmente feliz!

Mal posso esperar a hora de pedi-la logo. Quero ter o prazer de dizer que ela é minha, só minha, assim como serei só seu.

Enquanto sentia um sorriso se alargar em minha face, ouvi alguns passos atrás de mim.

- Falando sozinho, Nico? - disse a voz de uma garota. Virei-me e dei de cara com a tal vizinha. Ela aparentava ter bebido um pouco.

- Olá. É Julie, né?

- Laure. - corrigiu-me ela dando um passo a frente com um sorriso de canto no rosto. - Não se preocupe. Em breve não esquecerá meu nome! - falou ela dando mais um passo a frente fitando-me com um olhar sedutor que, sinceramente, me deu nojo. Dei um passo atrás, só por precaução.

- Okay, eu tenho que ir. - disse passa por ela, mas sendo envolvido por seus braços.

- Espera. Aonde você pensa que vai se toda a graça da festa está bem aqui? - perguntou-me ela enquanto me empurrava e me prensava contra os arbustos.

- Olha Laure, não sei quem você pensa que eu sou, mas, eu tenho namorada, tá? E realmente não estou interessado em você! - disse com educação mas com uma certa ignorância no tom de voz. A garota nem ligou, e sim começou a rir enquanto tentava chegar ao primeiro botão da minha camisa.

- Ah, qual é Di Ângelo? Vamos nos divertir! a pobre Lailinha nem saberá que virou corna tão depressa! - disse ela antes de soltar uma gargalhada bem alta.

- Não estou interessado em vadias! - disse segurando-lhe os punhos com força. Seu sorriso se dissipou e seu olhar se tornou frio. Joguei seus pulsos para o lado e passei por ela. Mas, novamente, ela me puxou. Mas, dessa vez, me beijou. Tentei me desvencilhar de suas mãos na minha nuca, que, na minha humilde opinião,pareciam mais com tentáculos.

Quando consegui empurra-la, a vi.

- Nico? - Laila disse como um sussurro parada ao lado da porta dos fundos. Pude ver, mesmo no escuro, uma reluzente e brilhante lágrima escorrer de seu olho direito.