Mini-mini-contos

Príncipe Encantado


Ele era absolutamente horrível, no sentido de aparencia.

Os olhos quase-negros pequenos e semicerrados, mal encaixados no rosto de formato indefinido, os lábios tão finos que quase não eram vistos na pele exageradamente clara. O nariz curvo e maior do que o necessário. Os cabelos ralos e ruivos, com diversas falhas expondo o coro cabeludo. Aquela barba mal feita.

Seu ar desengonçado, apesar da pose ereta, os braços ligeiramente longo demais, e os dedos grossos curtos demais, em contradição. A pele era tão branca que as veias eram vistas de longe. Talvez a única coisa nele que pudesse ser considerada bonita fossem os dentes.

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Mas Ele era uma pessoa íncrivel. Ou pelo menos para alguém que possuia tal físico. Me fascinou e me encantou de tal forma que logo me vi apaixonada por aquele monstro.

Sempre que o beijava, eu fechava os olhos, e sinto-me envergonhada em admitir que me via descepcionada ao abri-los e descobrir que Ele não havia se tranformado em um princípe encantado.

"Mas dane-se, eu ainda o amo. A aparência não importa!", eu repetia para mim mesma.

Ah, é claro que eu o amava! Mas por mais que eu negue, a aparência importa. Todos os dias que via a face daquele que eu amava, eu me sentia enojada. E mais enojada ainda ao me pegar com tais pensamentos.

No final, fui embora, desejando que o amor fosse cego.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.