The Missing

The Missing (parte II)


The Missing (parte II)

“O amor de uma Família é a coisa mais inexplicável do mundo, nem um pai consegue dizer para um filho o quanto o ama, nem o filho sabe dizer ao pai, então eles simplesmente demonstram...” (Pasini)

18 horas restantes...

Notava-se a impaciência da mulher na loja que revelava fotos do shopping, o anúncio era que sua foto seria revelada em no máximo 15 minutos, mas Sakura achava que já devia estar lá há uma hora. Olhou para o lado se perguntando onde seu marido havia se metido, será que havia ido atrás de Aya sem ela? Pois bem, como ela havia o ameaçado anteriormente dizendo que iria com ou sem a permissão dele, ela pensou que ele não deixaria que ela saísse por aí sozinha.

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Longos minutos a mais se passaram e logo o atendente da loja a chamou enquanto tinha um envelope na mão. Sorrindo para Sakura ele começou lentamente e cuidadosamente a escrever quantas fotos haviam sido reveladas para logo depois somar o preço. Ela bufou irritada e pegando uma nota bem maior que o valor da revelação, ela puxou o envelope e jogou o dinheiro no balcão. Saiu da lojinha antes que fosse interrompida pelo homem e olhando para os lados xingou Sasuke mentalmente.

Puxou uma das fotos do envelope e se dirigiu para as pessoas que passavam por ali, perguntando se haviam visto aquela criança. Sakura recebeu vários “nãos”, mas isto não tirou nem um pouco da determinação dela em encontrar sua filha. Depois de alguns minutos sentiu uma mão lhe segurar pelo braço.

- Conseguiu? – Perguntou uma voz falha perto do ouvido dela.

- Estão aqui! – Respondeu mostrando o envelope – Onde você estava, Sasuke?

- Alugando um carro. Vamos!

- Vamos para onde? – Questionou confusa enquanto era arrastada.

- Vamos encontrar nossa filha. – Ele simplesmente murmurou de volta.

Correram para fora do shopping e Sasuke indicou o carro alugado, logo os dois estavam dentro do veiculo e o casal saiu em direção a um lugar mais afastado da cidade. Sakura olhou o carro com atenção e notou uma mochila que não estava com seu marido antes de saírem do hotel, olhou-o de relance e depois voltou a olhar a mochila no banco de trás de carro.

- O que é isto? – Questionou ela olhando-o preocupada.

- Precisamos de um plano. – Disse ele ignorando a pergunta – Acho que devíamos fingir que queremos adotar uma criança e vermos onde isto nos levará.

- Sasuke! O que tem dentro da mochila?

Ele a olhou rapidamente e logo voltou seu olhar para rua. Respirou fundo e rangendo os dentes pensou em uma resposta rapidamente.

- Digamos que este é o plano B. – disse ele simplesmente.

Ela olhou-o preocupada, mas não disse nada em troca, sentia-se tão desesperada quanto ele. Olhou a rua movimentada em silêncio, ela não tinha ideia do que ia ser da sua vida de agora em diante.

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15 horas restantes...

- Sasuke? Isto não vai dar certo. – disse ela olhando Sasuke aproximar o carro de três jovens de capuz.

- Fique em silêncio, Sakura. – murmurou Sasuke abaixando quatro dedos do vidro do carro.

Sakura conferiu se as portas do carro estavam bem fechadas e ela ainda viu atrás dos rapazes viu uma mulher de roupa vulgar. Respirou profundamente, aqueles jovens de capuz eram assustadores, eles não deviam estar se metendo naquele lugar.

- Turistas. – Sasuke ouviu um dos rapazes dizer em inglês – Hannah, carne fresca.

- Estão procurando uma diversão mais excitante? – Questionou outro rapaz se aproximando do carro em movimento.

- Eu não diria exatamente isso. – respondeu Sasuke em inglês também – Mas talvez você possa faturar uma bela grana.

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- É só dizer o que está procurando, cara. – disse o rapaz acompanhando o andar do carro.

- Crianças. – respondeu, mas logo recebeu um olhar confuso do rapaz.

- Olha só, cara! – exclamou o rapaz – Eu vejo pedófilos atrás de crianças aqui, mas nunca vi um casal de pedófilos nesses dois anos. Eu não sei quem indicou nosso ponto para vocês, mas não fazemos isto.

- Não é isto que eu quis dizer. – disse Sasuke tirando um tufo de dinheiro do bolso – Queremos uma criança para adotar. Não podemos ter filhos e o sistema de adoção no Japão é muito complicado para nossa situação.

- Digamos que eu saiba de alguém que mexe com isso, mas o que eu ganharia em troca? – disse o rapaz sorrindo levemente enquanto acompanhava o carro.

- Que tal isto? – perguntou enquanto segurava o rolo de dinheiro.

- São notas de cem? – perguntou o rapaz e quando Sasuke respondeu sim, ele voltou a sorrir – E como vamos saber que vocês não são da polícia?

- Policiais japoneses na Austrália? Estou certo que não há muitos deles não? – disse Sasuke guardando o rolo de dinheiro – Estou certo que outras pessoas irão me ajudar, obrigado.

- Espere. – disse ele colocando uma das mãos no vidro do carro e outra no capô, obrigando Sasuke a parar – Eu posso leva-los até alguém que sabe sobre essas coisas, mas eu vou querer meu pagamento ao chegarmos lá.

- Eu acho que estou bem disposto a lhe pagar se for um bom serviço. – respondeu Sasuke batendo uma vez no bolso da camisa.

- Ok. Me siga!

O rapaz sorrindo por baixo do capuz seguiu para frente do carro e ainda na calçada, fez um sinal para os companheiros que ficaram para trás, isto antes de continuar andando animado. Sakura olhou para Sasuke preocupada, enquanto passava a mão impacientemente no cabelo. Já ele a observou brevemente pelo canto do olho e suspirando profundamente, voltou a falar em japonês.

- Sakura? Quando chegarmos quero que se sente no lugar do motorista e se ouvir um barulho estranho quero que dê meia volta e vá embora.

- Mas Sasuke-kun... você não pode ir sozinho. – disse ela ainda preocupada.

- Me chamar de Sasuke-kun não vai me fazer mudar de ideia, Sakura. – respondeu ele em troca – Isto é muito perigoso e não sabemos onde estamos nos metendo. Se algo der errado volte para o hotel e me espere lá. Eu não posso arriscar perder você também.

- Mas... – murmurou ela olhando-o atordoada – Eu também não quero perdê-lo. Sem você e sem a Aya minha vida não tem sentido, Sasuke-kun.

- Por favor, Sakura, não discuta.

Eles ficaram o resto do caminho em silêncio, aproximadamente meia hora depois o rapaz parou de andar e ficou em frente a uma loja da comida chinesa. Ele fez um sinal para Sasuke se aproximar e foi isto que ele fez. Aquela rua não estava tão deserta quanto à outra que o grupo do rapaz estava, mas mesmo assim era assustador na opinião de Sakura.

-É aqui! – disse o rapaz com o sotaque australiano sorrindo – É só procurar pelo Alan.

- Certo!

Depois de estacionar o carro, Sasuke olhou a rua a sua volta com a atenção e se virando sério para Sakura, ele voltou a falar em japonês.

- Se precisar use o plano B.

Ela balançou a cabeça de maneira positiva e quando ele saiu do carro, Sakura pulou para o banco do motorista, mas assim que Sasuke segurou o dinheiro ainda dentro do bolso, o rapaz o questionou.

- Não vai entrar sozinho vai? – e vendo o rosto confuso de Sasuke continuou – Só vão achar que você é mais um pedófilo e você não sabe o que fazem com pedófilos por aqui. – disse ele e vendo que Sasuke ia rebater, continuou – Não vão te deixar nem terminar a pergunta depois de ouvirem você perguntar por uma criança.

- Mas é perigoso para ela. – respondeu Sasuke.

- Preserve a sua vida. Se vocês querem mesmo uma criança para adotar, vão juntos. – disse o rapaz e logo os olhos dele se voltaram para uma porta se fechando atrás de Sasuke.

- Eu também vou. – disse Sakura caminhando até o lado de Sasuke.

- Certo. – disse Sasuke fazendo uma carranca – Se cuidar do carro vou te dar o mesmo valor quando resolver tudo.

- É sério? – questionou o rapaz sorrindo enquanto pegava o dinheiro rapidamente das mãos de Sasuke.

- Sim. – disse mostrando a ponta de outro rolo de dinheiro no bolso da calça.

- Pode deixar comigo! – disse o rapaz batendo no ombro de Sasuke – Não sairei daqui. – encostando-se à porta do carro, ele murmurou para si mesmo – Isto é bem melhor do que vender uns baseados no beco.

- Fique perto de mim, Sakura e não se afaste muito. – disse Sasuke em japonês.

- Por favor, tome cuidado. – murmurou Sakura próxima a ele.

Os dois caminharam apreensivos até a porta do estabelecimento e quando entraram notaram que o lugar estava quase vazio. Ele caminhou com Sakura ainda muito próxima dele. Parando um garçom que passava o segurando pelo ombro, fez Sasuke receber um olhar ameaçador, que ele fez questão de ignorar.

- Onde posso achar um homem chamado Alan? – perguntou Sasuke em inglês.

- Que Alan? Não conheço nenhum. – disse o garçom empurrando a mão de Sasuke.

Neste momento, Sakura lançou um gritinho mudo de medo no ar e quando viu o olhar que o homem jogava em cima deles sentiu suas pernas tremerem. Entretanto Sasuke não desistiu e voltou a segurar o ombro do garçom.

- Eu acho que você o conhece – disse ele segurando discretamente na outra mão uma nota de cinquenta.

- Uhum... – murmurou o garçom antes de apertando a mão de Sasuke, enquanto pegava o dinheiro – Ah! É com esse Alan? Devia ter dito antes.

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- Desculpe. – disse Sasuke sorrindo levemente em troca da mudança de humor do garçom

- Sigam-me. – disse o garçom se virando em direção ao balcão.

Eles contornaram o balcão decorado em vermelho e dourado até o final e ali ao fundo notaram que havia uma porta que levava para a cozinha. Entraram no local. Sakura agarrou a mão de Sasuke com medo e ele a apertou de leve tentando passar uma confiança que não tinha. Tudo era assustador e perigoso demais, as chances deles serem enganados eram bem maiores que as chances de sucesso, mas nenhum dos dois iria desistir facilmente. Atravessaram a cozinha e atrás das prateleiras havia outra porta, só que mais estreita que a primeira.

O garçom a abriu e lá dentro no escuro havia um grupo de homens fumando charutos e jogando conversa fora enquanto assistiam TV. Sasuke e Sakura entraram observando tudo com cuidado e cautela, entretanto ninguém parou o que estava fazendo. Logo o casal ouviu a porta atrás deles se fechar. Sakura segurou com força mão de Sasuke e ele entrou na frente dela, no intuito de protegê-la, nem que fosse com o seu próprio corpo se necessário.

Eles continuaram imóveis, mas nenhum dos homens ousou desviar seus olhos da televisão. Sakura olhou Sasuke confusa e logo ele travou uma luta interna com o seu próprio receio, ganhando bravamente ao se lembra de Aya e então se voltando para os homens que ali estavam disse em inglês:

- Procuro alguém chamado Alan.

Sasuke respirou fundo para tornar a fazer a pergunta, mas antes que isso fosse possível, ele ouviu um barulho ao seu lado direito, no meio das sombras que a luz da TV fabricava.

- Você é o Alan? – perguntou, enquanto os olhos de Sakura buscavam com temor o que ele olhava nas sombras.

- Depende do que vocês estão procurando. – respondeu uma voz grave vinda das sombras.

- Procuramos alguém com um sistema de adoção simpático. – disse Sasuke com Sakura agarrada ao seu braço.

- Simpático? – questionou o homem com um tom de gozação na voz – Oras isso é novo.

- As leis para a adoção no Japão são muito rigorosas, digamos então que buscamos algo facilitador. – disse Sasuke apurando o ouvido para qualquer barulho suspeito.

- Entendo. – murmurou o homem – Duck?

Sasuke olhou confuso para a sombra do homem ao seu lado, será que ele havia entendido a pergunta errado? Não era um pato que ele procurava, mas sim uma criança, foi então que Sasuke notou que um homem baixinho e magricela havia se levantado da frente da TV e caminhando para a tela de um computador, ele a ligou, e logo a tela da policia federal apareceu na tela. Sasuke sentiu seu corpo gelar, se eles procurassem por uma ocorrência feita no seu nome, ele e Sakura jamais escapariam dali e então tudo teria sido em vão.

Sentiu Sakura ficar tão rígida quanto ele e pensando em sua filha Sasuke procurou se acalmar. Ele precisava encontrar sua pequena Aya e era isto que iria fazer, não podia ter medo, então não teria.

- Vou precisar checar seu passaporte. – disse o homem ao lado de Sasuke.

- Certo.

Sasuke se deu conta que por aquele breve momento eles ainda estavam a salvo, então puxou do bolso interno de seu casaco o seu passaporte e entregou ao homem chamado de Duck. O homem segurou o passaporte e o examinou com cuidado. Logo depois digitou algo no computador e na tela apareceu a foto e os dados de Sasuke. Examinou com cuidado a tela e perguntou a Sasuke:

- Onde você nasceu?

- Em Konoha. – disse Sasuke olhando o homem descer a barra de rolagem do computador.

- E como é a cidade? – perguntou o homem.

- É uma cidade pequena com 15 mil habitantes aproximadamente e dificilmente faz frio lá. – disse Sasuke e sentindo sua mão ser apertada levemente ele olhou Sakura sussurrar sobre as arvores de cerejeiras – Tem um bosque inteiro de diversas árvores de cerejeira que atraem muitos casais para a região na primavera, é conhecido como o bosque que junta almas separadas.

- Como chama o bosque? – perguntou.

- Como chama? – murmurou Sasuke para si mesmo.

Ele não se lembrava do nome do lugar. A única coisa que se lembrava era de cortar caminho por ali para voltar para casa e também que fora ali que havia conhecido Sakura, naquele lugar que eles chamavam de mar de sakuras, mas este não era o nome do bosque.

- Bosque Sakura Kimi e. – disse Sakura ao lado de seu esposo – Nos conhecemos lá.

Logo se pôde ouviu o pequeno homem na frente do computador gargalhar olhando Sasuke e então se virando para seu chefe, ele fez um sinal positivo com a cabeça. O chamado Alan avançou dois passos saindo das sombras, enquanto estendia a mão direita para apertar a de Sasuke, que soltou rapidamente a de Sakura para apertar a dele.

- Típico dos homens não se lembrarem de coisas como essas, que mulheres consideram importantes não é? – disse sorrindo apertando a mão de Sasuke com força – Que tipo de crianças vocês desejam adotar?

- De preferencia uma japonesa. – disse Sasuke olhando Sakura confirmar balançando a cabeça positivamente.

- Se possível entre 2 e 7 anos. – disse Sakura voltando a segurar no braço de Sasuke – Nós dois trabalhamos muito e um bebê muito pequeno seria complicado, mas também não queremos um já grande demais.

- Entendo. – disse o homem chamado Alan pensativo – Crianças maiores são mais baratas, entretanto as crianças japonesas são mais caras, porque são muito difíceis de conseguirmos. Preferencia por algum sexo?

- Menina. – disse Sakura sorrindo levemente – Eu sei que seria impossível achar uma parecida comigo, entretanto se acharmos uma um pouco parecida com Sasuke seria já muito bom.

- Duck! – chamou o homem novamente – Mostre o que temos com essas características aos Uchihas e seus respectivos preços.

- Certo. – disse o homem se voltando novamente para o computador.

Logo Sasuke e Sakura se aproximaram do computador e o tal Duck abriu outro programa onde digitou o sexo e a idade que eles haviam dito anteriormente. Não demorou muito para surgiu na tela a foto de uma menina com cabelos e olhos negros, que segundo o computador tinha 3 anos. Sakura soltou um suspiro chocado colocando a mão em frente à boca.

- Para mim todos os asiáticos são iguais. – disse o tal Duck olhando a menina – Talvez com exceção de você agora, você usa lentes e pinta os cabelos, certo?

- Não. – disse Sakura forçando um sorriso

- Incrível. – disse ele voltando seu olhar para o computador – Posso passar para a próxima?

- Sim. – disse Sasuke pensativo – o formato do rosto dela não pode lembra nenhum de nós.

A próxima imagem foi de uma menina de 7 anos de cabelos negros e olhos muito pequenos que pareciam pretos também, mas era difícil dizer. O nariz dela era ainda muito pequeno, mas o rosto era grande e redondo, a menina parecia ser acima do peso e o preço se comparado o da menina de 3 anos estava muito barato.

- Não. – disse Sasuke rapidamente.

- Ela esta no sistema a 5 anos e ninguém nunca a quis. – disse o homem e Sakura sentiu uma pontada de dor no seu coração.

“Como crianças eram tratadas assim?”, “Sua filha estaria no meio delas também?” Sakura não conseguia deixar de se perguntar estas coisas várias vezes. Em seguida apareceu uma menina de 4 anos, ela tinha o cabelo cortado bem curto e era muito fofa. Sakura sentiu seu coração apertar, pois ela lembrava-lhe um pouco de Aya, com exceção dos olhos que eram levemente azuis. Que defeito Sakura colocaria na criança para poder ver mais crianças ali?

- Não, ela pareceria mais filha do Dobe que minha. – disse Sasuke fazendo uma careta – Eu não gostaria que as pessoas pensassem que minha esposa teve um caso com aquele idiota.

- Eu nunca vou entender a rivalidade de vocês dois. – disse Sakura feliz por Sasuke conseguir fazer aquilo seguir em frente.

- Não tente entre a rivalidade entre dois homens. – disse o tal Duck sorrindo – Mas infelizmente só temos estas três meninas que se encaixam no que vocês desejam.

Sakura respirou aliviada e por dentro de si, ela sentiu uma pequena chama de esperança se espalhar pelo seu coração, talvez Aya só estivesse perdida em algum lugar mesmo.

- Podemos ver entre as asiáticas então? – pediu Sasuke e Sakura quis brigar com ele por insistir nisso.

- Claro. – disse Duck mudando uma opção na barra de busca – Temos muitas chinesas.

- Certo. – disse Sasuke olhando a menina de 2 anos que apareceu na tela e que certamente era chinesa – Muito chinesa. – disse e então o homem passou para a próxima menina.

Isto se seguiu por um bom tempo e eles tiveram que arrumar desculpas em inúmeras chinesas. Separaram uma menina de 5 anos coreana fingindo um leve interesse pela mesma e ao final apareceu algumas meninas com os dados descritos como “Desconhecido” em nome, e país, já na idade estava 4 ou 5 anos. Sakura olhou ternamente para a menina que parecia muito assustada na imagem.

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- Desta em diante não sabemos de que países são. – disse o tal Duck.

- Ela parece ser da indonésia. – disse Sakura recebendo um olhar espantado do homem – A pele é levemente mais escura para ser uma chinesa, japonesa ou coreana e os olhos são maiores.

- Como vocês conseguem? Eu jamais iria saber diferenciar vocês asiáticos. – disse ele passando para a próxima foto.

Sakura sentiu a força de suas pernas serem drenadas ao ver a foto. Na tela do computador apareceu uma menina de cabelos pretos, olhos negros e a pele dela era tão branca quanto à de Sakura. Na fixa estava escrito aproximadamente 4 anos e no lugar do nome e país estava a palavra “desconhecido”. O olhar da menina era confuso e ela tinha os olhos brilhando como se estivesse prestes a chorar. Sakura sentiu seu coração se despedaçar e teve vontade de chorar. Sasuke se virou para olhá-la, como um pedido mudo, para que ela se controlasse.

- Parece com aquela coreana que vocês selecionaram. – disse o Duck olhando a imagem na tela que no local do valor estava “negociar” – Acho que talvez ela seja uma coreana não?

- Talvez. – disse Sasuke parecendo pensar sobre.

- Ela... tem o formato do rosto bem japonês. – disse Sakura sentindo seus olhos se encherem de lágrimas.

- É mesmo? – questionou o homem olhando mais de perto – Ela parece o que vocês procuram.

- Você pode colocar a imagem dela e da outra menina lado a lado para vermos? – perguntou.

- Claro.

Sasuke sentindo seu coração acelerar, por um momento tinha pensado em desistir de procurar ali, mas algo dentro dele disse para não deixar de procurar mais por ali e esse sentimento dentro dele estava certo. Duck dividiu a tela entre a imagem da menina coreana e da pequena Aya de Sasuke e Sakura.

- As duas se parecem com você cara.

- Sim. – disse Sasuke parecendo pensar que desculpa ele devia usar agora?

- O nariz arrebitado dela é fofo não é? – disse Sakura apontando para a imagem de Aya.

- Isso é verdade. – respondeu Duck como se a pergunta tivesse sido para ele – Se eu fosse vocês ficaria com a mais nova. Ela se lembrará de menos coisas do passado quando crescer.

- Acho que ele está certo. – disse Sakura rapidamente, encontrando na fala do homem a desculpa perfeita para escolher sua própria filha.

- Certo. – disse Sasuke suspirando pesadamente como se tudo aquilo fosse entediante – Preferia um menino, você sabe.

- Mas... – disse Sakura olhando-o confusa, foi então que ela notou o jogo por trás da reclamação de Sasuke – Nós já discutimos isso! Eu quero uma menina! Então vamos ter uma menina! Será que você tem que sempre discordar de mim? Nós vamos ficar com essa linda menininha e para de ser turrão.

- Certo. – murmurou Sasuke fechando a cara – Faça como quiser. O dinheiro da herança é seu mesmo.

- E irei fazer mesmo. – disse cruzando os braços em frente ao peito – Os incomodados que se mudem.

- Ei! Calma aí. Por que isso tem sempre que acontecer? – se questionou ele indo em direção a uma impressora ao lado do computador – A menina está selecionada como sem preço.

- Certo. – disse o tal Alan pegando o papel – É a recém-chegada. Estão dispostos a pagar quanto pela menina?

- O que for pedido por ela. – disse Sakura virando a cara de maneira desafiadora para Sasuke.

- Certo. Irei falar agora mesmo com o meu superior para acertar o valor do pagamento, a entrega da menina e os novos documentos dela com o nome da família Uchiha. Que nome vocês querem para ela?

- Hanna. – Disse Sakura olhando brevemente para Sasuke.

- Podemos resolver isto logo? – pediu Sasuke olhando para o seu relógio de pulso – Eu tenho que voltar esta semana para o Japão.

- Podemos marcar assim que eu falar com meu superior sobre o local de troca da mercadoria e o preço. – disse o tal Alan.

- Certo!

Então o homem de cabelo castanho claro, chamado Alan, pegou o celular e se retirou do local dizendo que voltaria em breve para dizer o valor da menina. Sasuke e Sakura suspiraram um pouco mais aliviados e esperaram pacientemente e quando o homem voltou com o preço Sasuke fingiu uma negociação, então eles logo saíram do restaurante. Alan disse que seria mandado amanhã às 11 horas da manhã o local da troca. Agora a questão era como eles iam arrumar todo aquele dinheiro para comprar sua própria filha de volta.