Olhos

Capítulo XIII: Olhos amendoados


OLHOS

Escrita por Coffee

Capítulo XIII: Olhos amendoados

Jiraiya sobre Tsunade

Ele percebe que há algo errado quando chega a conclusão que as últimas mulheres com quem dormiu são todas loiras de cabelos cumpridos, seios avantajados e olhos castanhos. Essa constatação primeiramente o deixa intrigado, posteriormente, o abate.

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Porque imediatamente ele sabe o motivo: sua ex-companheira de time, a única mulher que o deixa envergonhado, o dá lição de moral e faz com que seu coração (tão, tão esquecido) acelere.

Tsunade.

Jiraiya sabe que ela não pertence a ele. Nunca pertenceu. Ela não sente por ele nada mais que uma forte amizade, o coração dela pertence a outro alguém que se foi há muito tempo. Tsunade é uma mulher marcada pelas cicatrizes do tempo, de lutas e da morte.

Ele não tem o direito de cobrar ou exigir nada dela. Nenhuma reciprocidade, nada além da grande amizade que eles conservam durante anos.

Mas seu coração parece não entender disso. Nem a sua mente. Por que volta e meia ele se pega pensando nela. E o pior de tudo: não somente nos peitos dela, são pensamentos sentimentais como o sorriso, os olhos amendoados, a mulher extraordinária que ela é...

Maldição.

Dentre tantas. Por que ele tinha que se sentir daquele jeito justo por ela?

Por um alguém que jamais poderia o corresponder?

Ele tentava se convencer que a amizade dela era o suficiente. Mas não era. Porque ele não queria viajar por aí sozinho, não queria escrever livros para lembrar-se dela. Queria que ela viajasse com ele, queria que ela o desse inspiração real para escrever.

Não queria ficar imaginando o toque, o cheiro, o calor dela. Queria sentir. De verdade.

Mas aquele sentimento era tão absurdo que ele se contentava com visitas esporádicas, conversas regadas de saquê, e com os sorrisos dela.

Era algo tão... Estranho, que, embora ele fingisse dar em cima dela, jogasse uma cantada ou outra, ele não tinha coragem de realmente tentar nada.

Por que ele conhecia a história dela. Sabia do seu sofrimento e da sua dor.

E ele jamais iria brincar com isso.

Ele a respeitava. E a amava demais.