Cap. XXI - Dodói

A vida de Roy estava se resumindo a sair com os rapazes, trabalhar e ficar com Amy e não podia dizer que não gostava, mas queria mais, queria Riza.

E como Riza era teimosa, até o momento não tinha a menor noção de quanto ela gastava com Amy. Ela se recusava veemente a dividir as despesas.

Naquele dia, a loirinha parecia ansiosa, a todo momento olhava para o relógio. E assim que o expediente acabou, Riza pulou do cadeira.

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Os rapazes ainda conseguiram sair primeiro que a mulher, essa que corria arrumando as papeladas dentro das pastas.

- O que foi? Até parece que vai tirar o pai da forca... – Roy sorriu –

- Deu para notar?

- O que? Você olhando para o relógio a cada cinco minutos? Ou a sua impaciência?

- Riza deu um sorriso chocho – Esse tempo frio e seco fez a alergia da Amy atacar. Ela está com o nariz completamente entupido, a garganta arranhando e um pouco de febre.

Riza viu os olhos de Roy se arregalarem.

- O que foi?

- Ela não devia estar no hospital?

- Hospital? – Riza ergueu uma das sobrancelhas –

- Que tipo de alergia é essa? Não tem tratamento, não?

- Roy... – ela suspirou – Amy tem alergia a esse tempo seco... Se eu ficasse paranóica a cada vez que ela ficasse assim...

- Mas você está nervosa? Por que eu não posso ficar nervoso?

- Eu estou ansiosa, ela fica muito manhosa quando está assim. Só quer colo e a Kristen já deve estar saturada de mantê-la no colo.

- Por que eu não fui informado?

- Porque a alergia dela atacou essa madrugada.

- E você passou o dia todo comigo!

- E se eu falo você fica paranóico! – ela ri – Você teria pirado quando ela era bebê, céus... Ela tinha cólicas horríveis. Chorava duas, até três horas. Nenhum chá acalmava-a...

- Você cuidou dela sozinha?

- Eu tinha a Kristen, mas os primeiros seis meses eram as criadas da casa do interior.

- Onde exatamente você ficou?

- Sunset. Uma cidadezinha ao sul da Central.

- Hum... Eu... Você não se importa se eu for, não é?

- Não.

- Me dá uma carona?

- Melhor não.

- Riza...

- Não.

- Tudo bem, eu vou sozinho.

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Amy estava enrolada em uma coberta no colo de Kaio. Ela trazia nos lábios uma mamadeira com leite e nesquik. O narizinho estava vermelho e a respiração difícil.

Riza entrou e Kaio virou o pescoço sorrindo.

- Espero que não se importe, eu vim vê-la rapidinho e a Kristen comentou que precisava sair...

- Oh... Kaio...

Amy se levantou e sorriu.

- Mami!! – ela viu que outra pessoa entrou atrás da mãe – Loy!?

- Amy... – o sorriso do moreno se desfez ao ver Kaio – Oshiro.

- Mustang...

Riza suspirou e foi até Amy a pegando no copo.

- Como está, lindinha?

- Ruim, mami. – ela falou num tom manhoso –

- Você passou o dia no colo da Kris, aposto.

- Ela estava estudando figuras de linguagem ainda. Foi legal...

- Imagino... Comeu ou só ficou no leite?

- A comida não tem gosto, mami...

- Mas tem que comer. Vamos lá dentro comigo para eu me trocar e depois eu vou fazer uma sopinha.

- Não...

- Vai comer sim. – Riza virou para Roy e Kaio – Fiquem a vontade.

E deixou subentendido: Não se matem.

Kaio estava sentado no canto do sofá maior com um dos braços esticados e uma das pernas cruzadas daquele jeito masculino. E claro que trazia no rosto um sorriso que estava irritando o moreno.

- Você acha que está abafando, não é?

- Eu? – Kaio riu – Eu não acho, eu estou.

- Por isso que a menina é minha filha.

Roy sorriu

- Por isso a Riza estava bêbada.

Roy rosnou.

- Mas o pai sou eu e nada vai mudar isso.

- Ai Mustang, tenho vontade de rir... Você acha mesmo que significa alguma coisa para Riza? – ele suspira – Não foi para você que ela ligou hoje cedo para falar da Amy, não é você a primeira opção dela e não é você que ela chama quando não quer dormir sozinha.

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- Sua alegria vai durar muito pouco.

- Mas é comigo que ela dorme agarrada, não com você.

Naquele instante, faltou muito pouco para que Roy avançasse em cima de Kaio.

Muito pouco mesmo!

Aquele cara precisava de uma sova bem dada para aprender a não ser irritante.

Mas antes que isso viesse a acontecer, Riza voltou a sala e Amy correndo pulou no colo de Kaio.

- Hey... Eu não vou ganhar beijo?

- Eu tô dodói!

- E por isso não pode me dar um beijo?

- Mas você não quer ficar perto de mim porque eu tô dodói.

Roy sentiu um nó na garganta, não acreditava que Riza tivesse falado alguma coisa para Amy. E assim levantou o olhar para Kaio e o viu com aquele sorriso irritante enquanto acariciava os cabelos loirinhos da pequena.

- Quem te disse isso, Amy? Vem aqui, me dá um beijo! Eu só vim aqui para te ver.

O Mustang a viu levantar o olhar para Kaio e depois lhe olhar de volta. Parecia confusa.

- Eu já vou indo, bonequinha. – Ele beijou o alto da cabeça dela e a colocou no sofá –

- Vai não, Padrinho...

- Eu tenho que ir, depois eu volto. – ele sorriu –

Kaio caminhou até a cozinha e falou alguma coisa com Riza antes de sair. Depois que escutou a porta bater, Amy se enroscou na coberta e Roy caminhou até ela.

- Vem aqui, vem...

Roy a pegou no colo.

- Mas Loy...

- Eu não me importo com você estar doentinha.

- Não?

- Não. – ela deu uma fungada e Roy pegou um lenço e a ajudou a assoar o nariz – O que a sua mãe está fazendo?

- Sopa de letrinhas. Mas eu não quero comer, não tem gosto, Loy.

- Deve ser gostoso.

- É. Quando eu não tô doente. – ela riu –

Riza entrou na sala.

- Vai jantar com a gente, Roy?

- Se não for incomodar.

- Não tem problema, cozinhar pouco não tem tanta graça. Não quer ajudar, Amy?

- Naum... Tá frio, mami.

- Pegue o termômetro na mesinha e meça a temperatura dela, por favor.

- Tudo bem.

Roy se levantou, pegou a peça e colocou-a em Amy. Estava passando novela e Roy não tinha certeza se Amy podia assistir aquilo. As novelas desses tempos não eram de censura livre.

- Vamos ver um filme?

- É hora da novela, Loy.

- Você vê novela?

- Claro. Não é só porque não entendo que vou deixar de ver, é legal.

Amy estava com trinta e oito e isso fez Roy quase cair do sofá. Trinta e oito era um passo para trinta e nove!! Mas Riza apenas pegou um remédio em uma colher e deu a pequena que fez uma cara feia.

- Calma, assim você vai assustá-la.

Roy estava na cozinha pegando água para Amy e Riza terminava de cortar em cubinhos uma cenoura.

- Mas é que ela estava com trinta e oito!

- Roy, ela está um pouquinho doente, nada demais. Calma.

- Eu não estou acostumado com isso.

- Vai lá e fique com ela no colo... – Riza sorriu – Só isso já vai fazê-la sentir-se melhor.

X-X-X

Depois de muito custo, Amy comeu um prato de sopa e agora estava no sofá mostrando a Roy que já tinha escolhido as coisas de sua festa. Estava mostrando o álbum que a moça da loja tinha deixado com ela.

- Vem aqui, mami!

Ela bateu no lugar vago ao lado de Roy.

- Não... Mostre como vai ser sua festa ao Roy.

- Vem mami, eu tô dodói e você nem ficou comigo!

Aquilo era golpe baixo, aquele pequena era uma tratantezinha!

- Amy!

- Por favorzinho...inho,inho,inho! O Loy não morde!

Riza suspirou e caminhou até o sofá. Amy puxou-a pela manga da camisa e Agora Roy estava com o braço sobre o encosto e Riza nesse espaço, muito próxima.

- Vai ter pula-pula! Piscina de bolinha! E vai ter pônei!!!

- Mostre o tema, querida.

- Vai ser circo! Vai ter palhaços, Loy!

- Hum... Que legal e quando vai ser?

- 26 de abril!! Falta um mês! Você vai, né?

- Claro!

- Eu vou fazer CINCO aninhos! Eu já sou grande!

Depois de algum tempo, ela dormiu, no colo de Roy.

Ele a colocou na cama e voltou para sala. Riza tinha nas mãos uma pastinha branca com alguns papéis onde ela guardava o álbum.

- Então... Como ficou as despesas da festa?

- Nem vem, Roy. O meu avô já está pagando quase tudo, na verdade, a idéia dos pôneis e dos animais foi dele.

- Okay, e eu pago o resto.

- Não.

- Riza...

- Não precisa!

- Precisa sim! – Roy toma a pasta da mão dela e pega o orçamento final da festinha – E não fique com essa cara! Eu vou pagar e ponto!

- Argh!! Você é muito chato!

- Você não é a única responsável pela Amy.

- Que seja, quer um café?

- Claro.

Os dois foram para a cozinha e ficaram conversando, quando Roy foi embora, já passava das onze horas.

- Qualquer coisa me liga!

- Não se preocupe.

- Liga para mim! R-O-Y!!! E não K-A-I-O!

- Certo! Agora vaza! V-A-Z-A!

Ela riu e como isso fez bem ao moreno.

X-X-X

Na madrugada daquele dia, o mais importante jornal da central, chegava as bancas com uma noticia que abalaria as bases e causaria muito estardalhaço.

Continua...

Gente está aqui mais um cap!!!

Espero que gostem e afirmo que o próxio cap vai ser barra pesada para o Roy!!!

Ele vai quase matar um!!!

Mas sabe como é, sou sentimental, só posto no caso de coments...

Os biscoitinhos agradecem comigo a atenção!!

kiss kiss