Be Your Hero

Tem algo estranho por aqui


P.O.V Piper

Algo estava extremamente estranho. Eu não me sentia segura naquela ilha, eu não me sentia feliz por Circe nos hospedar. Eu sentia como se estivesse em uma armadilha e a qualquer momento caindo em um alçapão. E o principal, eu não conseguia acreditar que aqueles garotos eram inimigos.

– O que foi querida? - perguntou a melodiosa voz de Circe ao meu lado.

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– Nada... É só que, bem, eu sinto como se houvesse alguma coisa errada. - falei tentando ocultar o máximo possível da minha opinião.

O sorriso dela demonstrou nervosismo.

– Como assim? Não está feliz em ter se livrado daqueles garotos?

Piper, sou eu, Afrodite.... Sua mãe. Não conte a Circe o que sente, tente sair da hipnose, tente se lembrar.

– Provavelmente não é nada. Talvez eu só precise daquela comida que me faz sentir melhor.

– Ambrósia? - perguntou ela desconfiada.

– Isso. É só uma dor de cabeça.- fingi.

Circe não respondeu, ela apenas se virou e tirou de dentro de um baú um potinho de plástico e me entregou.

– Sugiro que você se deite e coma apenas um pouco. - ela falou saindo do quarto.

Deitei na cama e comi um pedaço. O gosto de chili que o meu pai fazia invadiu a minha boca. Eu queria comer mais e mais, mas não foi necessário.

Piper! Piper cadê você?!

Eu me lembrava de Jason gritando por mim ao longe.

Rainha da beleza? Que raios é isso?

Me lembrei de ter perguntado isso dentro de um ônibus com as meninas perto de mim e encarando um garoto latino, acho quer seu nome era Leo.

Pipes, quando Dyllan foi falar com você, Jason ficou extremamente irritado.

Eu me lembrei da conversa entre nós três sobre os garotos após sair do ônibus junto com os netunos.

Os Representantes tem que se conhecer para assim ajudar os dois acampamentos - Annabeth diz.

Eu relembro quando tivemos que mostrar a eles o nosso acampamento.

O que você tem contra o céu? - Pergunta Jason.

Me lembrei do meu medo de altura por causa da minha mãe e depois de que na realidade, ela era uma deusa...Afrodite, a deusa do amor.

Vocês formam um casal fofo – diz Afrodite – Quer disse, todos formam um casal fofo.

Jason e eu, Annie e Percy e Reyna e Leo. Então nós éramos para ser um casal? Era por isso que eu sentia aquilo perto de Jason?

Vocês só viveram um dia perto da gente, por que se importariam?

– Piper, minha filha – diz Afrodite – Você sabe o porquê. Você é a minha filha, você pode sentir.

Então, eles eram apaixonados por nós nos conhecendo apenas um dia? Então Circe mentiu sobre eles?

– Vocês sofrem dois feitiços – Começa Leo – o primeiro, é que, em qualquer lugar que vocês iriam, estaria lotado de monstros poderosos, que pode acabar com vocês. Sim, semideuses não tem um lugar em que conviva com paz, mas o caso de vocês é diferente, vocês não lutariam com um ou três monstros, mas sim, com milhares...E como se não bastasse isso, vocês poderiam passar para o lado deles, serem nossas inimigas, assim, não mataríamos só monstro, mas sim, outros semideuses, quer dizer vocês...

Sofremos dois feitiços? E um deles é que poderíamos morrer por causa de monstros? Nós passamos para o outro lado?

Vocês são as únicas que podem quebrar os dois feitiços.

Nós estávamos numa missão. Se estamos aqui significa que Circe é a vilã, e se os meninos foram transformados em roedores por nós significa que mudamos de lado. Fomos enganadas e agora corremos perigo.

Antes de passar a mão no cabelo do MEU Jason trata de tingir melhor esse seu cabelo, coisa oxigenada.

A cena de eu puxando uma loira aguada pelos cabelos me invade a mente. E se eu usei o pronome possessivo MEU então... Eu gostava dele. Eu enganei quem eu estou apaixonada. Como consertar a situação? Como fomos parar naquela situação?

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O barco chacoalha mais uma vez e o camarãozilla puxou-me para água. Junto com Annabeth, mas quando sinto o impacto da água, não sei o que acontece depois. Pois eu apago.

Eu havia sido sequestrada por um camarãozilla junto com Annie. A lembrança voltou por completo até eu entender como vim parar aqui.

– Piper? Piper cadê você? - ouvi a voz de Reyna me chamar.

– Aqui!

Reyna abriu a porta e me olhou com compaixão.

– Está melhor? Circe me falou que estava com dor de cabeça.

– Na verdade, preciso que me ouça... Acho que talvez tenhamos cometido um erro. - falei pra ela.

Reyna esbugalhou seus olhos tentando sincronizar a informação na sua mente.

– Você... Você está fazendo aquilo, não é?

– Aquilo? Como assim?

– Deuses, Circe me avisou sobre isso,mas eu não acreditei. Você está tentando usar sua voz em mim. Como pode?! - ela dizia me olhando com ódio.

– Não é nada disso. Não é o que pensamos. - falo segurando suas mãos com força. - Por favor, acredite em mim, Circe não nos salvou, ela nos raptou.

– Circe disse....

– Circe mentiu, ela supostamente nos amaldiçoou, ela nos enganou, nos manipulou e agora estamos em perigo. - falei já gritando.

Não pude continuar com meus argumentos sobre estarmos em perigo, pois a porta explodiu e Luke estava entrando com guardas ao seu lado, seu sorriso de escárnio era evidente para mim. Eles ouviram, eles sabem quem eu não estou sob o poder de Circe, não mais.

– Piper McLean, você foi hospedada por Circe e jurou lealdade a ela. Você é acusada de caluniá-la em público e desonrar seu juramento. - ele fala e guardas me seguram pelos braços impedindo que eu me movimente.

– E eu tenho certeza de que você é um de seus subordinados também. - falei tentando não cuspir em sua cara.

– Você vai para a nossa área de isolamento, quem sabe desse jeito você perceba qual é a verdade.

– Eu já descobri. Circe nos amaldiçoou e você é apenas um semideus revoltado que acha que sabe de tudo.

Sua expressão passou de escárnio para raiva, muita raiva.

– Levem-na!

Os guardas me empurraram pela porta contra a minha vontade. Eu esperniava, eu precisava salvar as meninas e os garotos, mesmo que isso significasse fim de linha pra mim.

– Reyna me escute. Circe nos enganou. Estamos em perigo, por favor, tente se lembrar. Lembre da missão, de tudo o que aconteceu até chegarmos aqui. Lembre-se dos meninos. - eu gritei enquanto me carregavam para fora do quarto.

Os guardas me carregavam firmemente pelo SPA e como último desespero, eu usei minha voz.

– Soltem-me! - falei usando todo o meu poder - Deixem-me livre. Luke e Circe pedem que façam isso!

Eles ficaram confusos por um tempo, tempo suficiente para que eu me soltasse e andasse mata a dentro. Eu estava cansada por ter usado o charmspeak, mas me recusava a parar enquanto não estivesse salva.

Eu corri até chegar em uma clareira já no meio da floresta. Teria que ficar ali até que bolasse um plano e convencer Reyna e Annie de que precisávamos continuar a missão, salvando antes os meninos.

Escalei uma árvore e me sentei em um de seus galhos.

O X da questão era... Como convenceria minhas amigas de que estavam em perigo e como fazer com que os meninos saíssem da fase porquinho-da-Índia?

O pôr-do-sol se aproximava cada vez mais, meu estômago roncou e apesar de não ter comida, água, abrigo decente ou amigos perto de mim, eu sabia que conseguiria sair dessa. Agora eu era uma fugitiva e eu iria salvar meus amigos da garras de Circe.

Eu juro que entreguei-me de corpo e alma a você. Oh, grande Deusa.

O juramento havia sido quebrado por mim. Provavelmente eu fosse morrer. Mas morreria pelos meus amigos e pelo amor. Eu seria uma verdadeira filha de Afrodite, uma guerreira.