The Princess And The Pirate

Você só pode estar brincando comigo!


Anteriormente:

– Quem são vocês? – perguntou o desconhecido.

Droga, eu tenho que parar com esse hábito de ter sempre uma espada apontada para meu pescoço!

~# ~

Atualmente:

Natsu Pov On

– Capitão! Temos que repor os suprimentos, aquela batalha ontem nos prejudicou muito. – falou Loke.

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– Além disso, cabeça de fósforo, precisamos de pessoas que assumam o lugar do Dan, Mikuno e Fedy porque eles foram levados pelos desgraçados da Sabertooth! – afirmou Gray.

Meu corpo estava todo enfaixado e doía pelos ferimentos que havia levado na batalha de ontem com os piratas da Saber. Aqueles malditos saquearam-nos à noite e levaram os homens que estavam de plantão, que faziam parte de sua tripulação, mas que estavam conosco apenas para obter informações. Dei um soco no mastro com força, fazendo meus machucados latejarem ainda mais.

– Qual é o lugar mais perto para nos abastecermos? – indaguei.

– Reino de Fiore, cidade Magnólia. Não sei ao certo, alguém sabe se estou olhando esse negocio do lado correto? – falou Gajeel olhando um mapa.

– Por Deus, espero que sim! Vamos para lá então. Andem logo. – ordenei.

Voltei à minha cabine com a cabeça doendo e meus machucados latejando. Se aquele maldito do Fedy continuasse sendo nosso médico eu já estaria melhor. Sting maldito, eu vou matá-lo por me fazer passar por isso! Tranquei a porta e cai na cama para tentar não sentir as dores.

~# ~

Acordei com um barulho alto e, preguiçosamente, levantei-me da cama e , sem ao menos colocar uma camisa, fui verificar o motivo do estrondo. Cheguei ao convés e vi uma cena muito cômica: a espada do Gray a alguns metros dele e três garotos franzinos apontando suas espadas para o moreno e Gajeel, que estavam de guarda à noite. Comecei a rir e meus machucados doeram, então a cada risada que dava um gemido de sofrimento escapava de meus lábios.

– Do que está rindo cabeça de fósforo? - indagou Gray nervoso.

– Vocês estão perdendo para esses garotos magricelas? - comecei a rir mais ainda com a cara de raiva que eles me lançaram.

Aproximei-me deles para melhor ver os três intrusos. O louro era muito magro e parecia que estava usando duas camisas para esconder sua magreza, o de cabelo azul era nanico e tinha um rosto de garota. Já o ruivo era assustador com sua expressão fechada e o olhar mortal.

– Está tendo problemas com esses garotinhos franzidos que mal largaram a fralda Gray? - provoquei-o.

Sinto a ponta afiada de uma espada em meu pescoço. Levando a sobrancelha ao ver que quem a empunhava era o magricela louro.

– Olhe aqui seu maldito, quem está chamando de franzino? E, para o seu governo, eu já tenho 17 anos. - ele falou cerrando os dentes.

Olhei incrédulo para o garoto e recomecei a rir.

– Qual é a graça, maldito? - rugiu enquanto seus amigos olhavam-me fixamente.

– A graça, garotinho, é que esse navio é meu e eu não permito turismo escolar por aqui. - falei.

– Quem disse que viemos aqui a passeio? Nós três queremos estrar para seu grupo de piratas. - falou o ruivo lançando-me um olhar que fez um frio percorrer minhas costas.

– Ora, e quem disse que eu quero vocês aqui?

– Eu. E, antes que tenha sua cabeça rolando pelo convés, é melhor nos aceitar. - falou o louro com um tom decidido na voz.

Isso é serio? Esses projetos de homem querem mesmo entrar? Ri em pensamento. Bem, se é isso que eles querem, vou fazer eles voltarem para o colo da mamãe sem nem pensar duas vezes.

– Ora garotinho, não seja tão agressivo... Sua mamãe não te ensinou bons modos não? - perguntei caçoando do loiro.

Ele lançou-me um olhar zangado, pior até do que o do ruivo, o que fez um frio passar por minhas costas novamente.

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– Nunca fale de minha mãe. E a educação que ela me deu, não deve ser aplicada a alguém como você. - ele respondeu, impressionando-me.

– Pare de rodeios cabelinho rosa, responda logo: vai ou não nos deixar entrar para sua tripulação? - perguntou o garoto de cabelo azul.

Dei uma risada desafiadora para os três. Esses garotos são muito atrevidos, mas estou precisando de marujos mesmo... e o quão bom pode ser para o meu humor ver eles engolindo o orgulho e tendo que lavar, reparar e arrumar o navio inteiro? Sorri maldosamente.

– É claro que vocês podem ser da minha tripulação...

Os três sorriam uns para os outros de forma vitoriosa e aliviada.

– Mas... - interrompi a comemoração deles, que me olharam receosos - vão ter que obedecer a todas as minhas ordens ou as de qualquer um com cargo superior.

Eles acenaram com a cabeça sorrindo. Garotos estranhos, eles tem...digamos um jeito de menina. Só espero que não tentem nenhuma gracinha enquanto tiverem no meu navio.

– Qual é o nome de vocês? - Gray perguntou.

Os garotos hesitaram um pouco e lhes lancei um olhar desconfiado. O louro percebeu e adiantou-se.

– Eu sou o Luk, o de cabelo azul é o Ley e o ruivo é o Eren, todos temos dezessete anos.

– Sou Gray, mas isso vocês já devem saber.

– Não sabíamos. - Ley confessou.

Quase engasguei com o ar que respirava. Como assim eles não sabiam quem nós éramos? Somos muito famosos e agora esses tres idiotas franzinos não sabem quem não somos? De qual vilarejo meia-boca do interior eles vieram? O ruivo, percebendo a cara de indignação que eu fiz, olhou-me de um modo assustador.

– Algum problema em não sabermos quem vocês são? - perguntou controlando a raiva.

– Eren, não comece. - advertiu o louro.

– Agora parem com essa confusão e vão logo dormir, amanhã vocês terão trabalho! Gray, mostre a eles onde vão dormir.

Natsu Pov Off

Lucy Pov On

Eu vou matar aquele desgraçado. Havia duas horas que eu estava limpando o convés sujo de sangue seco e pólvora, devido à última batalha que o barco sofrera, debaixo de um sol quente com duas blusas e a peruca para disfarçar o fato de eu ser uma menina. Era o meu primeiro dia a bordo do navio e eu já estava com vontade de cortar a cabeça do capitão, que eu nem lembrava o nome.

Além de ter dormido em uma rede e de ter sido jogada dela quando um cara veio me acordar, agora eu estava esfregando um mísero pano molhado, junto com Levy e Erza, por toda a extensão do extenso piso de madeira tentando evitar de ser pisoteada pelos homens que andavam por ele toda hora.

A embarcação saiu do porto, para meu grande alívio, antes do sol nascer e, desde então estou trabalhando junto com as meninas feito uma escrava. Sempre o capitão gritava para nós se divertindo: ''O convés já foi limpo? Eu acho que não!'' ''Os dormitórios estão um horror! Limpem-nos!'' ''Alguém aí já viu o estado da cozinha? Se não quiserem comer ratos no almoço, vocês terão que limpá-la!'' Eu já estava por aqui desse maldito que se acha.

Olhei para as meninas com fúria no olhar e elas retribuíram-me na mesma forma, assentindo como se aprovassem a minha ideia silenciosa. Joguei o pano dentro do balde e vi que havíamos terminado de limpar o local. Rumei para a cabine do capitão com o rosto demonstrando raiva e nenhum dos marinheiros mais antigos entraram em meu caminho para impedir-me. Ao invés disso eles afastaram-se de minha rota parecendo temer meu olhar. Sem nem antes bater na pesada porta de carvalho que me separava do capitão-mandão-folgado, abri-a com violência, surpreendendo o garoto de cabelos róseos que estava sentado calmamente em uma cadeira analisando um mapa precário e velho.

– Olha aqui seu desgraçado, eu não sou seu escravo! Então a menos que queira sua cabeça no mastro principal desse navio, é melhor parar de nos dar um trabalho atrás do outro! – esbravejei aproximando-me dele e, involuntariamente, encostei minha espada em seu pescoço.

Ele me olhou assustado, mas logo sua máscara de desdenha já estava no lugar. O garoto riu, o que atiçou ainda mais minha fúria.

– Você irá mesmo se dar o trabalho de limpar o rastro de sangue que deixarei quando você for pendurar minha cabeça no mastro? - disse dando um sorriso sarcástico.

– Valerá a pena me dar ao trabalho. - retruquei.

– Você está blefando garotinho. - respondeu com um ar superior.

Ele era meu capitão, mas mesmo assim deixava-me tão louca de raiva que eu acabava tomando atitudes automáticas. Sem pensar nas consequências dei um golpe seu pescoço esboçando meu melhor sorriso maldoso.

O berro que ele deu antes de cair no chão, pareceu percorrer todo o mundo, afastando até os pássaros que haviam por perto da embarcação.