Júnior - J&of

Cap II: A festa


POV Julie

Estávamos todos no carro do Daniel, ouvindo uma rádio qualquer. Passava uma música bem agitada. Ajudava a entrar no clima da festa. Eu estava ansiosa. Esperava por aquela festa há dias e, além disso, morria de saudades da minha prima Bia que eu não via a um bom tempo. Daniel parecer ler minha mente ao perguntar sobre ela.

– Julie. Aquela sua prima Bia... Ela vai à festa?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vai... Por que quer saber? – perguntei com um pouco de ciúme na voz. Eu tenho que controlar esse meu ciúme. Mas acho que ele não percebeu. Ainda bem.

– Não... Por nada. Só curiosidade mesmo. É que você me disse que não via ela há uns meses e que estava com saudades... E como a Thalita é sua prima também, eu deduzi que a Bia também fosse.

– Só por isso? – eu quis saber.

– É... Por que está me perguntando isso?

– Ahn... – fiquei nervosa. – Por nada ué. É que você nem conhece direito a Bia... Que eu não... Não... Ah, sei lá... Só não entendi o porquê da sua pergunta.

– Julie... Eu conheço muito bem sua prima. Lembro que ela brincava com a gente quando nós quatro éramos crianças. Nós dois, Martim e Félix. – Daniel disse arqueando a sobrancelha.

A cada minuto eu ficava cada vez mais nervosa. Eu sentia que se falasse mais alguma coisa, eu iria me “embananar” toda e acabar falando demais. Tentei ao máximo disfarçar.

– É... Mas era só de vez em quando. Eram muito raras as vezes que vocês se viam. E também, já tinha um bom tempo que vocês não se viam, então... Eu pensei que você nem se lembrasse dela. – disse. Não foi exatamente a melhor resposta.

– É. Está certo. Eu não convivi tanto assim com ela. Mas eu não tenho uma memória tão ruim assim. Eu normalmente me lembro de muitas coisas.

– Ainda bem. É bom ter boa memória. Né? – “É bom ter boa memória”?! Mas, que merd* de resposta é essa, Julie? WTF! Ai... Eu me odeio. Ele deve está rindo internamente de mim agora.

Felizmente o passeio já estava acabando e já estávamos chegando à casa da Thalita. Pelo jeito a festa já está “bombando”, porque a frente da casa estava bem movimentada. Descemos do carro eu, Martim e Félix enquanto Daniel achava uma boa vaga para estacionar.

– Ah, Julie. – Martim me chamou. Olhei para ele. – Não tive tempo de dizer... Você está... Está bem bonita. Não que você já não fosse. – ele me disse corando um pouco.

– Obrigada.

– Eu também achei, Juh. – Félix disse também.

– Obrigada então.

– Vamos. Já estacionei o carro. – Daniel apareceu. Ele estranhou as expressões envergonhadas dos três. – O que aconteceu?

– Na-nada. – eu disse. Quis me socar por gaguejar. – Vamos entrar logo.

Entramos. Segundos depois pude ver várias pessoas totalmente bêbadas. Andei um pouco mais e vi Thalita com seu namorado.

– Thathá. – chamei minha prima pelo apelido de infância.

– Juh. Que bom que veio. – fui até ela e nos abraçamos. – Achei que você não viesse.

– Lógico que eu vim. Não perderia essa festa por nada. E a Bia? Ela já está ai?

– Já. Ela ta lá na pista dançando. Ah, você conhece meu namorado né?

– Conheço. Como vai Cadu?

– Vou indo.

– E vocês conhecem meus amigos né?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Claro. – Thalita respondeu. – Espero que aproveitem a festa. – ela disse e eles assentiram.

Fui até a pista e a Bia estava mesmo dançando.

– Bia. Que saudade. – eu disse a abraçando.

– Oi, Julie. Que saudade também.

– Você se lembra dos garotos? Daniel, Martim e Félix.

– Lembro. Como vai? Há quanto tempo?

– Oi. – eles responderam e uníssono.

Percebi o olhar da Bia para o Félix. Mas ele nem percebeu. Senti o interesse da Bia nele.

– Então vamos aproveitar a festa? – eu disse.

E lá fomos nós. Dançamos, comemos tudo o que tinha na festa e bebemos. Bebemos muito. Não sei como eu agüentei. Os garotos também beberam muito. Fiquei com medo pelo Daniel porque ele estava de carro e agora estava totalmente embriagado. Thalita me disse que pediria para o motorista da família levar a gente pra casa. Tomara.

POV Narradora

Julie, Daniel, Martim e Félix, depois de algumas horas, já não estavam mais em si. Não falavam coisa com coisa, não conseguiam ficar em pé. Dito e feito... No fim da festa o motorista foi dirigindo o carro de Daniel e levou os quatro para a casa da Julie. Por incrível que pareça eles foram andando até dentro de casa. Beberam tanto que quando dormissem entraria em coma alcoólico e não lembraria de nada pela manhã.

De manhã...

POV Julie

Acordei ouvindo o canto dos pássaros. Tentei abrir os olhos, mas a luz do dia me cegava. Minha cabeça doía. Com certeza eu não devia ter bebido demais. Ainda de olhos fechados tentei me espreguiçar, erguendo os braços e os estendendo. Mas ao fazer isso percebo que o espaço da minha cama está reduzido. Será que o efeito da bebida ainda não acabou e eu estou delirando?

Abri um pouco os olhos, me acostumando com a claridade. Espera... Tem alguém deitado na minha cama. Sentei-me na cama. Abri melhor os olhos. Percebi que Daniel, Martim e Félix dormiam na mesma cama comigo. Daniel do meu lado direito, Martim do esquerdo e Félix na ponta. Olhei pra mim. Eu vestia apenas a lingerie rosa-bebê que havia vestido ontem. Fiquei confusa. O que aconteceu aqui? Será que eu fiz um “ménage à trois” com quatro pessoas? Tá, isso que eu disse foi idiota e insano (que vergonha), mas eu estou desesperada. A única coisa que conseguir fazer foi isso:

– AAAAAAAAHHHHHHHH... – sim, eu gritei. Devo ter acordado o bairro todo.