Foi Na Mansão Dos Malfoy...

Quando tudo tende a piorar.


PDV Lyra

Na escuridão da floresta tudo parecia mais aterrorizante. De repente Canino soltou um latido que ecoou pela floresta, aquele som pareceu bater nas paredes da minha cabeça e ficar ecoando. Então alguma coisa começou e se mover quebrando os galhos como se fosse nos atacar.

-Ah meu Deus... O que é isso? –Falei com a voz esganiçada.

-Ah, não! - Exclamou Rony. - Ah, não, ah, não, ah...

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-Cale a boca. - Mandou Harry muito nervoso. - A coisa vai ouvir você.

-Me ouvir? - Exclamou Rony numa voz estranhamente aguda. -Ela já ouviu o Canino!

-Parou! –Falei de repente.

O som realmente havia parado como se a coisa tivesse apenas se aproximado e então esperasse que nós fôssemos.

-O que ela está fazendo? –Harry se perguntou.

-Será que foi embora? –Me perguntei.

Então um clarão apontou em nossa direção, como se alguém tivesse ligado uma lanterna bem na nossa cara, coloquei a mão na frente dos olhos incomodada, notei que os garotos fizeram a mesma coisa.

-É o nosso carro Harry! –Rony exclamou a voz carregada de alívio.

-E achamos que ele iria nos atacar. –Harry disse também aliviado.

-Olhe só para ele, a floresta o fez ficar selvagem... –Rony comentou enquanto analisávamos o carro.

Ele estava muito arranhado, alguns vidros quebrados, as laterais estavam sujas de lama, realmente muito selvagem.

-Vamos continuar procurando. –Falei virando para a floresta.

Mas dei de cara com a coisa mais feia que eu já vi na vida, uma aranha do tamanho de um cavalo, ela levantava as patas dianteiras na minha direção e batia as pinças fervorosamente.

-AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! –Gritei o mais alto que pude.

A coisa me pegou pelos pés e me carregou de ponta a cabeça.

-Ah! Me solta coisa feia! Solta! Solta! SOLTAAAAA! –Gritei raivosa.

Olhei para os lados de relance e notei Harry e Rony sendo carregados da mesma forma, a única coisa que se ouvia eram os latidos frenéticos de Canino tentando de libertar e meus gritos de raiva. Meus amigos estavam paralisados de medo.

As aranhas nos levaram até uma depressão no meio da floresta, lá estava tipo uma convenção de aranhas, tinha desde a mais minúscula até aquelas mutantes que nos trouxeram pelo pé, elas nos jogaram no chão, me afastei e fui em direção a Harry e Rony que estavam paralisados, esse último tinha a boca aberta e os olhos esbugalhados, canino se encolhia nos meus pés, como se visse em mim e única coisa que poderia protegê-lo delas.

Ao meu lado as aranhas começaram a falar... AH, qual é? Agora elas falam? Foi um pouco difícil de entender o que elas estavam falando. Acho que era Aragogue.

-Que é?! –Uma voz grossa gritou.

Gelei. Havia um conjunto de teias que formavam uma cúpula, de lá de dentro saiu uma aranha enorme. Ah, aquela era Aragogue! Ela tinha o tamanho de um filhote de elefante, os pelos que cobriam seu corpo eram esbranquiçados e seus olhos... Eram meio brancos, mais precisamente leitosos, como os olhos de um cego. A aranha era cega.

-Homens! –As aranhas falaram.

-Hagrid? –Aragogue perguntou.

-Estranhos. –As aranhas responderam.

-Matem-os. –Ele disse simples.

-Somos amigos de Hagrid. –Harry gritou.

-Hagrid nunca mandou homens a depressão antes. –Aragogue falou estranhando o fato.

-Ele está enrascado. –Harry falou.

-Enrascado? –A aranha falou, parecia preocupada, ela batia as pinças. –Mas por que os mandou?

-Na escola acham que Hagrid... fez alguma coisa com os alunos. –Harry tentou explicar.

-Acham que ele abriu a câmara secreta e o mandaram para Azkaban. –Falei por fim.

Aragogue começou a bater as pinças, irritada, todas as outras aranhas o imitaram fazendo assim o barulho ecoar pela escuridão.

-Mas isso foi há anos! - disse Aragogue preocupada. - Anos e anos atrás. Lembro-me muito bem. Foi por isso que o fizeram sair da escola. Acreditaram que eu era o monstro que morava na chamada Câmara Secreta. Acharam que Hagrid tinha aberto a Câmara e me libertado.

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-E você... Você não veio da Câmara Secreta? - perguntou Harry, ele parecia que ia desmoronar a qualquer momento.

-Eu! - exclamou Aragogue, batendo as pinças, zangada, ela pareceu um pouco ofendida também. - Eu não nasci no castelo. Vim de uma terra distante. Um viajante me deu de presente a Hagrid quando eu ainda estava no ovo. Hagrid era só um garoto, mas cuidou de mim, me escondeu num armário do castelo, me alimentou com restos da mesa. Hagrid é um bom amigo e um bom homem. Quando fui descoberta e responsabilizada pela morte da garota, ele me protegeu. Tenho vivido aqui na floresta desde então, onde Hagrid ainda me visita. Ele até me arranjou uma esposa, Mosague, e você está vendo como a nossa família cresceu, tudo graças a bondade de Hagrid...

-Então você nunca matou ninguém? –Perguntei surpresa.

-Nunca. –Aragogue falou rouca.

-Mas você sabe qual é o monstro da câmara secreta? –Perguntei.

Todas as aranhas começaram a mover as pinças fazendo uns cliques insuportáveis.

-A coisa que mora no castelo. - disse Aragogue - É um bicho que nós aranhas tememos mais do que qualquer outro. Lembro-me muito bem como supliquei a Hagrid que me deixasse ir embora, quando senti a fera rondando pela escola.

-O que é? - perguntou Harry.

Mais cliques altos, as aranhas rondavam ao nosso redor, olhei para os lados com medo enquanto Harry se focava na conversa.

-Nós não falamos nisso! - disse Aragogue com rispidez. - Não mencionamos seu nome! Eu nunca disse nem a Hagrid, mesmo ele tendo me perguntado muitas vezes.

Aragogue começou a escorregar lentamente para sua cúpula de teias. Acho que está na hora de ir.

-Então vamos embora. –Harry disse devagar se afastando enquanto as aranhas se aproximavam.

-Concordo plenamente. –Falei puxando Canino pela coleira.

-Ir embora? –Aragogue falou devagar. –Acho que não.

-Mas... –Olhei desesperada para os lados procurando uma saída.

-Meus filhos e minhas filhas não fazem mal a Hagrid, porque eu assim ordeno. Mas não posso negar a eles carne fresca quando ela entra com tanta boa vontade em nosso ninho. Adeus, amigos de Hagrid.

Olhei para Harry e só pensei em uma coisa a dizer.

-Ferrou!

---

Aranhas! Aranhas em cima, aranhas embaixo, aranhas nos lados, aranhas em todo lugar. Acho que se eu sobreviver a isso vou matar qualquer aranha que eu ver pela frente! Segurei a varinha como se disso dependesse a minha vida, o que realmente era o caso. Mas como Harry nasceu com a bunda para a lua, mais sortudo que ele somente outro dele então o Ford anglia azul desceu a encosta buzinando e com os faróis acesos passando por cima das aranhas e empurrando-as para trás.

Peguei canino pela barriga e o joguei no banco de trás entrando logo depois, então o carro roncou e saiu atropelando mais e mais aranhas, nós saímos da depressão rapidamente e fomos por um caminho, desviando de árvores e indo por vãos mais largos, obviamente aquele carro já havia andado por ali.

-Você está bem? –Harry perguntou, mas ele não falava comigo.

Somente naquele momento que eu notei a expressão congelada de Rony, ele continuava com a boca aberta em descrença, dei uma risadinha, agora estava muito mais tranquila, pois estávamos em segurança. Então o carro deu um solavanco empurrando todos para frente, estávamos na orla da floresta. Canino aranhava e latia para o vidro ansioso para que o abrissem e logo ele estava correndo com o rabo entre as pernas de volta para a cabana.

Harry saiu do carro seguido de mim, Rony demorou um pouco ainda, ele teve que recobrar a obediência de suas pernas.

-Harry vá buscar a capa sim? –Falei sem parar de olhar Rony que estava estático.

Ele deu dois passos e tropeçou, o peguei antes que ele caísse, então ele se dobrou e começou a vomitar violentamente na plantação de aboboras do Hagrid enquanto eu o ajudava segurando seu corpo.

-Tudo bem Rony. –O tranquilizei mexendo devagar nos cabelos dele e limpando o suor, dei um beijo na sua testa. –Já acabou.

Ele limpou a boca e suspirou me dando um abraço seguido de um “Obrigado Lyra”. Então olhou para Harry.

-Sigam as aranhas! Por que não “sigam as borboletas”? Nunca vou perdoar o Hagrid, poderíamos ter morrido. –Ron falou irritado.

-Ele imaginou que Aragogue não faria mal aos amigos dele. –Expliquei.

Rony ainda estava com os braços ao redor dos meus ombros, eu acho que se ele me soltasse desabaria.

-Este é exatamente o problema de Hagrid! Ele sempre acha que os monstros não são maus por natureza, e olhe onde é que ele foi parar! Numa cela em Azkaban! — Rony tremia sem parar agora. — Para que foi que ele nos mandou lá? Que foi que descobrimos? Eu gostaria de saber.

-Que Hagrid não abriu a câmara secreta. –Harry disse jogando a capa sobre nós. –Ele era inocente.

---

No dia seguinte fui até o quarto de Rose, ela estava daquele jeito meio autônomo de sempre, desde que Nate foi petrificado. Tentei conversar com ela, mas tudo o que ela respondia eram monossílabos.

-Rose o que está acontecendo com você? –Perguntei a balançando pelos ombros.

A garota ficou meio tonta de repente e me olhou como se estivesse vendo-me pela primeira vez.

-Lyra?

-Rose, o que está acontecendo?

-Rose será que nós poderíamos conversar? –Gina apareceu na porta. –Ah, Lyra.

-Não Gina, Rose está conversando comigo agora.

-É importante. –Gina falou de um jeito meio autônomo como a Rose, como se elas duas estivessem agindo como robôs.

Então a ruiva me puxou pelo braço e me empurrou para fora, a última coisa que vi foi Rose em cima da cama com uma expressão perdida e Gina puxar alguma coisa do bolso... Era o diário do riddle? Não, não pode ser.

No salão comunal eu encontrei Harry e Rony.

-Hey pessoal! –Chamei baixinho.

-Lyra! –Harry me olhou intensamente. –Eu acho que descobri algo.

-Sobre a... –Me aproximei e sussurrei baixinho. –Câmara Secreta?

-Isso! –Harry respondeu. –Aragogue falou que a garota morreu no banheiro... E se ela nunca tivesse saído de lá?

As coisas encaixaram rapidamente na minha cabeça.

-Tá de brincadeira? Murta-que-geme?

-Não custa tentar. –Rony deu de ombros.

-Mas gente, se ir até a cabana de Hagrid foi preciso todo aquele sufoco, imagine entrar no banheiro feminino que fica bem ao lado de onde aconteceu o primeiro ataque com dois garotos? Vai ser quase impossível! –Harry Falou.

Rony se jogou na poltrona concordando com a cabeça.

-Sorte de vocês que eu tenho uma quedinha por realizar coisas impossíveis! Então vamos dar um jeito! –Falei sorrindo.

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Harry, Rony e eu fomos até a aula de transfiguração, o professor que nós acompanhávamos era o Binns, professor de história da magia, vocês sabem, o fantasma... Enfim, eu acho que preferia ter ficado na outra aula. Mcgonagall chegou com uma notícia bombástica.

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-Exames? –Simas gritou. –Vamos ter exames?

Mcgonagall virou séria para ele.

-A razão de se manter a escola aberta é justamente vocês receberem educação, o que significa, sim teremos exames.

Virei para Harry e Rony que sentavam atrás de mim.

-Eu não consigo lembrar-me de nada que aprendemos esse ano... Sou a única? –Perguntei.

-Não. –Harry disse olhando os dois coelhos que tínhamos que transformar em chinelos.

-Dá para imaginar eu fazendo os exames com essa varinha? –Rony apontou para a varinha em sua mão que estava remendada com fita adesiva e de vez em quando soltava uma faísca.

Os dias passavam Rose toda vez que me via no corredor corria para o outro lado, ela estava me evitando? Pior, não era somente ela, Gina também! Evitavam-me como o diabo foge da cruz!

Três dias depois da noticia sobre os exames tivemos uma surpresa muito boa. Professora Mcgonagall levantou na hora do jantar.

-Tenho boas notícias. –Ela disse.

-Dumbledore vai voltar! –Alguém gritou.

-Pegaram o herdeiro de Sonserina! –Outra pessoa gritou.

-Os jogos de quadribol vão recomeçar! –Esse provavelmente foi Olívio.

Dei uma risadinha acompanhada de Harry.

-A Professora Sprout me informou que finalmente as mandrágoras estão prontas para serem colhidas. Hoje à noite, poderemos ressuscitar os alunos que foram petrificados. Não será preciso lembrar a todos que um deles talvez possa nos dizer quem ou o que os atacou. Tenho esperanças que este ano horrível terminará com o culpado capturado.

Eu olhei para Harry e Rony sorrindo de orelha a orelha, as mesas explodiram em gritos de viva.

-Nate e Hermione! –Falei os nomes como se fizesse uma carícia.

-Então, não vai fazer diferença nunca termos perguntado nada à Murta! -disse Rony. -Mione provavelmente terá todas as respostas quando a acordarem! E mais, vai endoidar quando descobrir que vamos ter exames dentro de três dias. Ela não estudou. Seria mais caridoso que a deixassem onde está até os exames terminarem.

Dei uma risadinha. Nesse momento Gina apareceu do lado de Rony, ela estava nervosa e tensa, parecia querer falar alguma coisa.

-O que aconteceu? –Rony perguntou se servindo de mais comida.

-Tenho que contar uma coisa. –Ela disse nervosa.

-Gina, fale logo. –Pedi.

Ela gaguejava tentando começar. Mas quando ela começava a falar Percy apareceu com uma expressão cansada.

-Se você já terminou fico com o seu lugar Gina, estou tão cansado.

Gina deu um pulo e saiu correndo assustada.

-Não! Percy seu idiota! Ela ia nos contar alguma coisa importante! –Falei irritada.

-Ah, isso, não tem nada a ver com a Câmara Secreta. - disse Percy na mesma hora, ele estava um pouco vermelho.

-Como é que você sabe? - perguntou Rony erguendo as sobrancelhas.

-Bem, se você faz questão de saber, Gina, hum, esbarrou comigo no outro dia quando eu estava... Bem, não importa, a questão é que ela me viu fazendo uma coisa e eu, hum, pedi a ela para não contar a ninguém. Devo dizer que achei que ela ia cumprir a promessa. Não é nada, verdade, só que eu preferia... -Percy nunca pareceu tão constrangido.

-Não Percy, eu tenho certeza que não era isso! –Falei séria olhando para Rose de longe, ela parecia confusa e então levantou da mesa correndo na mesma direção que Gina foi.