Foi Na Mansão Dos Malfoy...

A procura as aranhas


PDV Lyra

Entrei na sala de transfiguração, Harry estava sentado olhando para o livro. Sentei atrás dele e empurrei meu corpo para frente sussurrando perto do ouvido dele.

-Conseguiu alguma coisa? –Perguntei.

-Nada! Parece que todas as aranhas do castelo fugiram! –Harry respondeu empurrando os óculos que escorregavam no nariz quando ele lia.

Depois que Dumbledore foi embora e Hagrid foi preso o caos se instalou no colégio, todo mundo ficava muito assustado e ninguém andava sozinho por aí, Harry, Ron e eu andamos pelos corredores procurando aranhas, mas como Harry falou, elas pareciam ter sumido do castelo, não víamos nenhuma.

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-Droga! –Praguejei me jogando para trás de novo.

Ao meu lado, lugar onde Hermione devia sentar apareceu Lilá Brown.

-O que você está fazendo? –Perguntei irritada.

-Ah, que droga, a marginal. –Ela falou esnobe.

-Vaza daqui galinha! –Empurrei-a com o pé a fazendo escorregar e cair de bunda no chão.

-Sua idiota! –Ela gritou.

-Para de cacarejar! –Todo mundo começou a rir. Inclusive a Sonserina que era com quem dividíamos essa aula.

Ela bufou e se sentou em outro lugar, nesse momento a professora Mcgonagall entrou na sala fazendo o lugar ficar silencioso.

Mais tarde era aula de poções, a aula predileta do Nate, estava muito melancólica quando desci para as masmorras. Chaguei lá acompanhada do Filch, o professor Snape já estava lá.

-Desculpe o atraso professor. –Falei entrando de cabeça baixa.

-Menos cinco pontos para a Grifinória. –Ele disse sem se importar.

A aula passou normalmente, quando Draco decidiu abrir a boca, sempre sai besteira.

-Professor? - perguntou Draco em voz alta. - Professor, por que é que o senhor não se candidata ao lugar de diretor?

-Vamos, Malfoy. - respondeu Snape, embora não conseguisse esconder um sorrisinho. - O Professor Dumbledore foi apenas suspenso pelo Conselho. Quero acreditar que estará de volta logo, logo.

-É claro! - disse Draco, rindo. - Acho que o senhor teria o voto do meu pai, professor, se quisesse se candidatar, vou dizer ao meu pai que o senhor é o melhor professor que temos professor...

-Vou dizer ao meu pai que o senhor é o melhor professor que temos professor... –Repeti com uma imitação pobre da voz do Draco, somente para mim mesma.

-Disse alguma coisa senhorita Anderson? –Snape perguntou. Toda a turma olhou.

-Eu? Disse sim. –Falei. Toda a turma voltou a olhar para o professor esperando a resposta dele.

-E gostaria de compartilhar conosco? –Ele perguntou devagar e sarcasticamente. Toda a turma voltou a olhar para mim, como um jogo de ping pong.

-Nem um pouco. Estou bem guardando isso para mim mesma.

Algumas pessoas se atreveram a rir, a maioria tentava segurar o riso.

-Está zombando de mim? –Ele perguntou devagar... Ameaçadoramente.

Olhei ao redor, as pessoas esperavam uma resposta engraçadinha ou até algo sarcástico, alguma coisa para tirá-las desse clima ruim que o colégio tinha se instalado, tirando os sonserinos que querem apenas ver eu me dando mal. Suspirei tristemente, já bastavam os cinco pontos que eu perdi por ter chegado atrasada.

-Não professor. Perdoe-me por ter dado essa impressão. –Falei com toda a sinceridade possível. –Só pensei alto que essa é a aula predileta do Nate e ele não está aqui para apreciar.

Isso pareceu desarmar toda a sala, o professor Snape não pareceu nem mudar de expressão.

-Continuem a poção. –Ele falou.

Uns minutos depois a sala voltou aquele clima normal, alguns alunos estavam conversando pois já tinham terminado a poção.

-Fico surpreso que os sangues-ruins não tenham feito as malas. – Draco falou para os amigos, a voz se sobrepondo ao barulho. -Aposto cinco galeões que o próximo vai morrer. Pena que não tenha sido a Granger...

Aquela havia sido a gota d’água. Naquele momento a sineta tocou fazendo todos os alunos saírem da sala notei Rony tentando avançar em Draco, mas Harry o segurou, a diferença era que Harry não estava perto de mim.

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-Vamos logo, tenho que levar vocês a aula de herbologia. –Professor Snape falou.

Fui até o loiro que ria com os amigos enquanto arrumava o material, levantei a mão e deu uma tapa no rosto dele, ninguém notou por causa do tumulto da saída.

-O que? –Ele se perguntou surpreso colocando a mão no rosto que já ficava avermelhado.

Pansy estava com a mão na boca, impressionada, Crabbe e Goyle tinham cara de bobos, nada diferente do normal, mas eles não ousavam se aproximar de mim, lembravam-se daquele primeiro dia no trem. Virei as costas e saí andando vitoriosa.

-Belo tapa. –Rony falou se aproximando.

-Sorte sua que ninguém viu! –Harry disse.

-Eu queria mesmo era dar um soco, mas isso deixaria muita marca. –Falei.

Eles riram.

O professor nos levou até as estufas, professora Sprout esperava por nós, a aula foi tranquila e quando estávamos no final aquele garoto Lufano que falou do Harry veio até nós.

-Eu só quero dizer, Harry, que lamento muito ter suspeitado de você. Sei que você nunca atacaria Nate Kepner e Hermione Granger e peço desculpas por tudo que disse. Estamos todos no mesmo barco agora, e, bom...

Ele estendeu a mão e Harry a apertou.

-Fico feliz que tenha notado isso. –Falei irritada, somente aquilo não vai me deixar satisfeita.

-Aquele tal de Draco Malfoy parece muito satisfeito com tudo isso, não é? Sabe, eu acho que ele bem poderia ser o herdeiro de Sonserina. Vocês acham que foi Malfoy? –perguntou.

-Não! –Eu e Harry respondemos juntos.

Nossa certeza pareceu deixar ele surpreso. Concentrei-me na minha árvore e segundos depois Harry me cutuca na cintura, solto um risinho involuntário.

-Para com isso, tenho cócegas. –Falei irritada.

Ele apontou para a janela onde uma listra de aranhas subia e ia para fora.

-Mas não podemos segui-las... –Rony disse.

-Parece que estão indo para a floresta proibida. –Harry comentou.

Quando acabou a aula Harry me puxou para falarmos nos três. Fomos mais devagar que os outros para a aula de defesa contra as artes das trevas.

-Teremos que usar a capa de invisibilidade de novo. –Harry comentou.

-Podemos levar Canino, ele está acostumado a entrar na floresta com Hagrid. –Sugeri.

-Certo! - concordou Rony, que revirava a varinha nos dedos, nervoso. -Hum... Não dizem que tem... Não dizem que tem lobisomens na floresta?

Ele disse nervoso enquanto sentávamos no fundo da sala.

-Pode ficar tranquilo Ron. –Disse meio amargurada. –Não tem lobisomens lá.

-Como você sabe? –Ele perguntou.

-Dumbledore me contou. –Menti. Sabia que o único lobisomem daquela floresta estava na Ala hospitalar... Petrificado.

-Mas também tem coisas boas, como centauros e unicórnios... –Harry tentou.

No ano passado Harry e eu estivemos na floresta proibida, Harry não parecia querer repetir a experiência, mas parecia algo incrível para mim. Naquele momento Lockhart entrou na sala, animado e bem-humorado.

Começou a pedir que todos ficassem animados que o culpado já tinha ido embora, que o ministério não prenderia Hagrid sem ter cem por cento de certeza que ele era culpado. A animação desagradável de Lockhart, suas insinuações de que sempre achara que Hagrid não prestava sua confiança de que a história toda agora chegara ao fim me davam nos nervos!

-Será que o senhor poderia começar a aula? –Perguntei me segurando para não mandá-lo a merda.

Uns minutos depois Harry passa um papel para mim com alguns rabiscos, somente quatro palavras, um sorriso se alastrou pelo meu rosto.

Vamos hoje a noite!

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-Ah cara, eu to com um sono que não é meu. –Falei fingindo bocejar.

-É mesmo, já está tarde. –Fred falou.

Rose estava sentada ao lado de Gina que volta e meia a olhava confusa, como se estivesse se perguntando por que a amiga estava tão calada, acredite Gina, eu também me pergunto isso. Ela não estava muito bem, mas decidi dar espaço depois de tudo o que aconteceu com Nate.

Logo todos os alunos tinham ido para os seus dormitórios deixando-me sozinha com Ron e Harry.

-Vamos rápido. –Harry falou.

Harry tirou a capa de cima do sofá, ele havia trazido a mesma para o salão comunal logo cedo e passou o tempo inteiro sentado em cima dela. Logo estávamos saindo as escondidas pelos corredores, foi tão difícil quanto a última vez, com tantos professores fazendo ronda.

Chegamos a casa de Hagrid que estava vazia e triste, quando Harry abriu a porta Canino começou a latir animado. Harry deu um pouco de quadradinhos de chocolate dos gêmeos, faria o maxilar do cão de caça travarem e assim ele não faria barulho, eu deixei a capa na cabana, pois não precisaríamos dela na floresta.

-Vamos dar um passeio Canino. –Harry falou puxando o grande cão pela coleira.

Harry e eu pegamos as varinhas, falei para Rony deixar a dele no bolso para não causar nenhum efeito indesejado.

-Lumus! –Sussurrei ao mesmo tempo Harry.

Não foi difícil achar as aranhas e logo nos colocamos a segui-las, cada vez mais para dentro da floresta... Para a escuridão.